Na semana passada, pudemos falar um pouco sobre os 2 grandes desafios iniciais na vida de um investidor.
- Perder o medo de enviar a primeira TED para a Corretora
- Estruturar uma carteira de Fundos Imobiliários
Após superar estas fases, tudo agora parece bem simples. Ledo engano.
Sabemos que uma carteira não é, necessariamente, algo plenamente estático. Há de se ajustar as velas ao longo da viagem, mas, claro, não é uma premissa obrigatória válida para todos.
De tempos em tempos, já vi o mercado “premiar” o preguiçoso. Parece estranho dizer isso, mas é verdade.
Simplesmente “Comprar e não fazer nada” pode ser, sim, uma boa estratégia.
Por outro lado, a diligência com seus investimentos é, via de regra, a escolha mais adequada. Cuidar minimamente de seus recursos pode fazer com que fique “acima da média” ao longo de sua vida financeira por maior parte do tempo.
Mas onde quero chegar com esta saudável “provocação”?
Uma das perguntas que meus alunos me fazem com certa frequência é:
“OK, montei minha carteira inicial. Onde devo reinvestir?”
Primeiro, entenda que “nada”, absolutamente “nada”, em investimentos há de ter regras plenas e absolutas.
Não quero passar a impressão de ser dogmático, mas o que eu defendo sempre, é que todo investidor deve criar métricas como forma de melhor se orientar e controle de risco interno da carteira.
- % Alocação de FIIs na sua carteira global
- % por FII
- % por Setor (Corporativo, Logístico, Shopping e outros)
- % mono e multi locatário
- % Tipos (Tijolo, Papel, FOF, Desenvolvimento)
- Bandas mínimas e máximas
Enfim, há vários parâmetros que podem ser colocados, desde que tragam a devida segurança e conforto para o dia a dia.
O “teste de travesseiro” (sono tranquilo) continua sendo o melhor de todos os controles de risco que já vi até hoje ao longo destes quase 20 anos investindo no mercado.
Diante disso, volto, então, ao ponto se há alguma forma de se criar uma política de reinvestimentos, isto é, como o investidor deve buscar alocar a renda mensal e os novos aportes.
As métricas são feitas para serem seguidas.
A opção de não tomar decisões com base no que foi proposto é uma maneira de se auto-boicotar.
Então veja, muitos investidores insistem na ideia de que a renda de um Fundo Imobiliário deve ser investida nele mesmo.
Honestamente, não creio que seja uma premissa a ser seguida.
Uma das “mágicas” de uma carteira de Fundos Imobiliários é a recorrência da renda, oferecendo ao investidor a possibilidade de alocar o capital nos ativos que estejam mais interessantes no mês, ou no período que o investidor se propôs a alocar.
Ora, porque ignorar um dos pontos mais fortes dos FIIs?
Perceba, então, que chego em um ponto puramente simples:
O reinvestimento deve ser feito nos melhores FIIs do mês, portanto, naqueles que tiverem uma renda projetada melhor.
Você já tem uma carteira formada, portanto presume-se que os ativos ali presentes estão aptos a receberem capital, correto?
Mais renda, mais juros compostos.
Um círculo virtuoso que funciona há dezenas de anos.
Tenha um controle mínimo de Riscos e Métricas. Siga seu plano!
ESPERO POR VOCÊ!
É daqui a pouco! Te espero por lá.