Tenho dois filhos e um deles é “chocolateiro” igual a mim.
Como eu precisava ir ao shopping center esta semana para avaliar uma nova webcam para transmitir nossas Lives às quintas feiras, ele me pediu para comprar umas “trufas” para ele.
Nada sofisticado. Aquelas trufas já bem conhecidas de algumas franquias presentes no mercado brasileiro.
Chegando lá, elas estavam sendo vendidas pelo preço de R$ 2,25.
Daí, logo me lembrei de que elas custavam R$ 1,50 há bem pouco tempo atrás. Um aumento na ordem de 50% em “meses”.
No mesmo instante, pensei: “Puxa, isso dá um artigo para o Fiikipedia!!”
Qual a relação de tudo isso com os Fundos Imobiliários?
Está chegando o final do ano e entendo que existem dois exercícios relevantes que devem ser feitos por um investidor ancorado em uma visão sólida de longo prazo.
O primeiro exercício, o qual acho essencial ser feito, é avaliar a rentabilidade total (nominal) de sua carteira nos últimos 12 meses.
A partir daí, busque o percentual acumulado da inflação.
Neste momento, você pode usar apenas o IPCA, ou mesmo uma média simples entre IPCA e IGPM. Prefiro esta segunda alternativa.
Calcule, agora, sua Renda Real subtraindo o Percentual Nominal da Inflação (média) Acumulada.
Pronto!
É aí que entra, de novo, a historinha das trufas do meu caçula:
- Investir é acumular patrimônio de forma eficiente.
- Investir é vencer a inflação, com consistência, ano após ano.
- Investir é ampliar seu poder de compra. Não basta mantê-lo.
Independentemente da fase de sua vida financeira, por “prudência”, reinvista sempre essa “diferença”.
Você deve enriquecer, seja pela valorização de suas cotas ou pela quantidade a mais que foi acumulada. Não há outro caminho.
Acredite: não só as trufas irão mudar de preço pelos próximos anos.
Os Fundos Imobiliários são instrumentos extraordinários para este tipo de planejamento. Eles te educam por natureza. Está em seu DNA.
É relativamente simples enxergar o que é Real, o que é Nominal e como gerenciar estas distorções no tempo.
Se 1 cota compra 100 trufas hoje… no futuro… garanta que seus investimentos consigam comprar 100 trufas de alguma forma…
Traduzindo:
- Fundos de Tijolos: procure selecionar ativos onde você consiga visualizar perenidade, e que, no futuro, esta mesma 1 cota seja capaz de continuar comprando 100 (ou mais) trufas.
- Fundos de Papel: é certo que você irá comprar 100 trufas no futuro, porém, a quantidade de cotas será maior, sobretudo se você “reinvestiu a parte” da inflação, claro.
Perceba como todo este universo de investimentos em Fundos Imobiliários não é tão linear quanto gostaríamos que fosse, não é mesmo?
É simples, mas longe de ser simplório.
Obviamente, tudo irá se resumir à sua disciplina “durante o jogo”.
E por fim, porém não menos importante, o segundo exercício consiste em reavaliar a composição geral de sua carteira de FIIs.
É hora de rever suas alocações. Particularmente, acho que refletir sobre suas escolhas uma ou duas vezes ao ano é uma medida “saudável”.
Longe de querer ter bola de cristal para o futuro, mas procure ajustar as velas quando assim for necessário.
Sem pressa, sem atropelos, mas com atitude.
Lembre-se que sua Vida Financeira é finita. Não se engane!
Revisões macro estratégicas são importantes, pois, acima de tudo, ratificam suas escolhas e trazem ainda mais segurança em sua jornada.
Simplesmente não fazer nada é também uma alternativa.
O fim do ano se aproxima e o momento é propício para isto.
Espero por você!
Além disso, temos Relatórios e Radares bem completos publicados semanalmente, trazendo os destaques dos principais fundos imobiliários negociados no mercado brasileiro.