FIDC, ou Fundo de Investimento em Direitos Creditórios, é uma modalidade de investimento que tem ganhado popularidade no mercado financeiro nos últimos anos. Ele nada mais é do que um tipo de investimento de renda fixa com baixa classificação de risco.
No entanto, mesmo com baixo risco, o FIDC, pode oferecer, a médio ou a longo prazo, uma rentabilidade superior ao CDI (Certificado de Depósitos Interbancários). Neste artigo, exploraremos mais sobre o ativo!
O que é FIDC?
O FIDC (Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios) é um tipo de ativo de renda fixa que consiste na conversão de dívidas de diversos tipos, como aluguéis, cartões e outros, em títulos que são repassados a investidores, os quais recebem altas rentabilidades.
Em resumo, quando um investidor aplica em um FIDC, ele está antecipando os pagamentos que a empresa espera receber. Em troca, o investidor recebe seu dinheiro de volta com uma taxa de juros, o que significa que ele terá lucro.
Uma das principais características do FIDC é que ele normalmente investe em recebíveis de uma empresa, como contratos de aluguel, cheques, duplicatas a receber e outros. O objetivo do fundo é adquirir uma carteira de crédito, visando a diversificação de investimentos e a rentabilidade.
Ao comprar carteiras de crédito, o fundo pode investir em crédito privado e obter uma rentabilidade potencialmente superior a outras modalidades de investimentos de renda fixa. No entanto, é importante destacar que o investimento mínimo em um FIDC é de R$ 25 mil e esse tipo de ativo não possui a garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
Por essa razão, é fundamental que o investidor avalie cuidadosamente os riscos do FIDC antes de decidir aplicar seu dinheiro nesse tipo de fundo.
Como funciona o FIDC?
O FIDC é um fundo de investimento composto por diversos cotistas, onde cada um detém uma parte do fundo. Pelo menos 50% dos recursos devem ser destinados a direitos creditórios, enquanto o restante pode ser investido em renda fixa convencional.
Ao investir em FIDC, o investidor não adquire diretamente os direitos creditórios, mas sim uma fração do fundo que os detém. A escolha dos direitos creditórios que farão parte da carteira FIDC é feita pelo gestor do fundo.
Existem diferentes tipos de FIDC, como aberto ou fechado, com duração definida ou indeterminada:
- No FIDC aberto, os investidores podem sacar seu dinheiro a qualquer momento, seguindo as regras de liquidez do fundo. Geralmente, esse tipo de FIDC não possui prazo de duração determinado.
- No FIDC fechado, as cotas só podem ser resgatadas no final do prazo de duração do fundo, de acordo com o regulamento. Nessa modalidade, o fundo costuma ter um prazo de duração definido.
É essencial que o investidor analise com cautela os riscos do FIDC antes de investir, especialmente por não haver a garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). No entanto, investir em FIDC pode ser uma opção interessante para quem busca diversificação de investimentos e rentabilidade potencialmente superior a outras modalidades de renda fixa.
Como funciona a composição do FIDC?
A estrutura do FIDC é composta por quatro figuras principais, que trabalham em conjunto para garantir o sucesso do investimento. São elas:
- Cedente: empresa titular dos Direitos Creditórios que serão investidos no fundo.
- Estruturadores: instituição responsável pelo andamento de todo o processo do FIDC, desde a seleção dos direitos creditórios até a distribuição das cotas.
- Custodiante: instituição financeira que gerencia os valores a receber e é responsável pela custódia do Fundo.
- Administrador: responsável direto pelo FIDC, que tem como função a gestão do fundo, distribuição de cotas, realização de assembleias, entre outras atividades.
Além dessas figuras, o FIDC conta com os Cotistas, que são os investidores do fundo e que aportam capital para investir nos direitos creditórios selecionados pelos estruturadores.
Juntos, esses elementos formam a estrutura do FIDC e trabalham em conjunto para garantir o melhor resultado para os investidores. A simplificação do processo é uma das principais vantagens dessa estrutura, permitindo ao FIDC ter menos burocracia e operações mais ágeis em relação aos demais investimentos do segmento.
Quais são os tipos de cotas de FIDC?
Os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) possuem diferentes tipos de cotas, que se diferenciam de acordo com as suas características de rentabilidade e liquidez. Conheça os principais tipos de cotas de FIDC:
- Cotas sênior: são as cotas que possuem prioridade no recebimento dos pagamentos devidos pelos devedores, em relação às demais cotas. São consideradas as mais seguras e, por isso, possuem menor rentabilidade.
- Cotas subordinadas: são as cotas que possuem menor prioridade no recebimento dos pagamentos e, por isso, possuem maior risco. Entretanto, possuem maior rentabilidade do que as cotas sênior.
- Cotas mezanino: são cotas híbridas, que combinam características das cotas sênior e subordinadas. Possuem um nível intermediário de prioridade no recebimento dos pagamentos e, consequentemente, um nível intermediário de rentabilidade e risco.
- Cotas de performance: são cotas que possuem rentabilidade variável, dependendo do desempenho da carteira do fundo. Quando a carteira apresenta bons resultados, a rentabilidade das cotas de performance é maior do que as demais cotas.
Quais são as vantagens e desvantagens do FIDC?
O FIDC é uma opção de investimento que pode trazer benefícios e desafios para os investidores. A seguir, destacamos algumas vantagens e desvantagens do FIDC:
Vantagens do FIDC:
- Diversificação de carteira de investimentos;
- Potencial de rentabilidade superior a outros investimentos em renda fixa;
- Possibilidade de investir em ativos que não estariam disponíveis individualmente;
- É possível negociar no mercado secundário.
Desvantagens do FIDC:
- Investimento restrito a profissionais qualificados;
- Não é assegurado pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito), o que significa que o investidor corre o risco de perda do capital investido;
- Valor mínimo para o investimento inicial é relativamente alto (geralmente R$25 mil ou mais), o que pode dificultar o acesso ao investimento para pequenos investidores;
- Baixa liquidez, já que as cotas só podem ser resgatadas no prazo determinado pelo fundo;
- Pouca transparência: A escolha dos direitos creditórios que compõem a carteira do FIDC é de responsabilidade do gestor do fundo, o que pode dificultar a avaliação dos riscos envolvidos no investimento;
- Complexidade: O FIDC é um investimento mais complexo do que outros produtos de renda fixa, o que pode exigir maior conhecimento por parte do investidor para entender seu funcionamento e avaliar os riscos.
Em resumo, o FIDC pode ser uma opção interessante para diversificar a carteira de investimentos e buscar rentabilidade acima da média. No entanto, é importante avaliar os riscos envolvidos no investimento e estar atento às taxas e à transparência do fundo.
Quem pode investir em FIDC?
Investir em FIDC é uma opção voltada para investidores qualificados ou profissionais, o que torna esse tipo de ativo restrito para investidores iniciantes. Os investidores qualificados devem possuir um patrimônio investido superior a R$1 milhão e ter assinado um termo por escrito.
Já os investidores profissionais devem ter um patrimônio ainda maior, superior a R$10 milhões. Além disso, o valor mínimo para investir em FIDC é de R$25 mil, um valor considerado relativamente alto para muitas pessoas.
É importante destacar que o investimento em FIDC não é assegurado pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) e que as cotas de FIDC não possuem liquidez diária, ou seja, não é possível resgatar o dinheiro investido a qualquer momento. Além disso, os riscos envolvidos nesse tipo de investimento devem ser analisados com cautela pelo investidor, principalmente no que se refere aos riscos de crédito e de mercado.
Dessa forma, é fundamental que o investidor pessoa física esteja atento ao regulamento e ao prospecto do fundo antes de tomar qualquer decisão em relação a essa aplicação financeira.
Qual é a Rentabilidade do FIDC?
Muito embora os FIDCs sejam investimentos de renda fixa, sua rentabilidade pode ser muito atraente para o investidor.
Como a divisão é feita em cotas, os donos da cota sênior tendem a receber primeiro, enquanto os donos da cota subordinada recebem em segundo lugar.
Dessa forma, o segundo grupo tende a possuir uma rentabilidade mais elevada que o primeiro, uma vez que deve arcar com um maior risco e maior prazo para recebimento.
É possível que esse investimento possua uma rentabilidade ainda maior do que previsto, o que faz com que o lucro do investidor cresça ainda mais.
A remuneração pode ser feita de acordo com o CDI, algum índice de inflação (como o IPCA ou o IGP-M) ou de acordo com uma rentabilidade prefixada.
Tributação do FIDC
Do contrário de investimentos como ações e fundos imobiliários, os Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios possuem tributação de acordo com a tabela regressiva de imposto de renda (IR).
Como é padrão nesse tipo de tributação, o percentual varia de acordo com o tempo que o investidor leva para o resgate:
Período | Tributação |
Até 180 dias | 22,5% |
De 181 a 360 dias | 20% |
De 261 até 720 dias | 17,5% |
Mais de 720 dias | 15% |
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