Na busca pela diversificação de investimentos de forma geográfica, muitos investidores da bolsa de valores brasileira têm procurado investir no exterior, principalmente nos EUA. Da mesma forma, investidores estrangeiros também buscam por investimentos em outros países, como no Brasil, o que costuma ser feito pelo EWZ.
Isso porque o EWZ foi criado para ser um instrumento de fácil acesso aos investidores estrangeiros ao mercado de capitais brasileiro. Mas, para entender como ele funciona, é preciso, em primeiro lugar, compreender melhor o que ele é e quais são suas principais características.
O que é EWZ?
O EWZ IShares MSCI Brazil é o principal ETF (Exchange Traded Fund) brasileiro negociado no mercado de capitais norte-americano, nos Estados Unidos. Também conhecido popularmente como “Ibovespa dolarizado“, o EWZ é o fundo de índice mais líquido do mundo ligado a ações de companhias brasileiras.
Basicamente, o objetivo do EWZ é disponibilizar ao mercado internacional aos investidores estrangeiros uma “cesta” de ações das principais empresas brasileiras reunidas em um mesmo papel. Ou seja, esse ETF acaba sendo visto como uma alternativa para que os estrangeiros consigam investir em empresas brasileiras por meio de um único ativo.
Em outras palavras, ao investir no EWZ IShares MSCI Brazil, o investidor estrangeiro não precisa abrir uma conta em uma corretora de valores brasileira. E não só isso, como não é necessário ter qualquer tipo de relação com as companhias de capital aberto no Brasil, bastando adquirir uma cota do ETF para se expor ao mercado de capitais brasileiro.
Isso acontece da mesma forma que a negociação do famoso IVVB11 (iShares S&P 500). Afinal, este é um ETF negociado na bolsa brasileira que replica o desempenho do índice norte-americano S&P 500, sendo um prático instrumento de investimento para brasileiros que desejam expor seus investimentos ao mercado acionário dos EUA.
E como pode ser observado, tanto o IVVB11 quanto o EWZ são considerados fundos de índices que funcionam de forma passiva. Então, para entender melhor como eles funcionam é preciso, em primeiro lugar, compreender o que é e como funciona um ETF.
O que é um ETF?
Como foi colocado, para compreender melhor o funcionamento do EWZ é fundamental saber o que é um ETF. Sendo a sigla para Exchange Traded Fund, os ETFs são, basicamente, fundos de investimentos negociados na bolsa de valores.
Assim, não representa uma empresa ou um ativo específico, como a maior parte dos outros investimentos na bolsa. Na verdade, eles representam uma cesta com a participação de diversos ativos que, em conjunto, determinam a sua performance ao longo do tempo.
Além disso, vale ressaltar ainda que a maior parte dos ETF possuem gestão passiva. Ou seja, o gestor não seleciona e investe nos ativos do fundo com base em suas análises, mas com base em uma metodologia pré-determinada de investimento, que está normalmente atrelada à composição de algum índice de mercado.
No caso do EWZ, a gestão do fundo deve adquirir os ativos do índice IShares MSCI Brazil, criado e calculado pela gestora norte-americana BlackRock, em suas devidas proporções. Este índice, por sua vez, possui em sua composição os principais ativos brasileiros negociados na bolsa brasileira, a B3 (Brasil, Bolsa, Balcão).
Como funciona o EWZ?
Depois de entender o que é um ETF, os investidores conseguem compreender melhor como funciona o EWZ na prática. Por ser um fundo de índice, a composição das ações do EWZ é feita de forma passiva, sempre replicando a composição de um índice de mercado.
No caso do EWZ, como foi colocado, o índice usado como referência é o MSCI Brazil 25-50 Index. Contando com cerca de 60 empresas, esse Índice cobre aproximadamente 85% do valor de mercado total das empresas negociadas na B3.
Assim, por representar grande parte do market cap (valor de mercado) das companhias com capital aberto na B3, o EWZ consegue ter uma relação próxima com o Ibovespa. Abaixo, um pouco mais sobre qual a relação entre o Ibovespa e o EWZ.
Qual a relação entre o Ibovespa e o EWZ?
Para que o EWZ tenha sua performance atrelada aos ativos brasileiros, a gestão do fundo adquire ativos lastreados nas ações de companhias do Brasil. Entre elas, obviamente, aquelas com maior relevância no mercado de capitais nacional.
Dessa forma, a sua composição do EWZ acaba ficando próxima do Ibovespa. Afinal, este índice brasileiro também representa o desempenho das maiores e mais negociadas companhias da B3.
Por ter seus fundos aplicados, em sua maioria, em ativos que compõem o IBOV, pode-se dizer de certa forma que o EWZ acompanha os movimentos do Ibovespa. Portanto, caso o IBOV esteja em alta, o EWZ também estará. Por outro lado, se o movimento for de baixa no mercado nacional, o ETF também deverá estar em baixa.
Por isso, muitos investidores brasileiros consideram a negociação do EWZ como um indicador de referência para o próprio Ibovespa quando o mercado brasileiro está fechado. Afinal, durante os feriados nacionais, quando a bolsa de valores fica fechada, as negociações do EWZ continuam no exterior.
Contudo, é preciso destacar que os movimentos não acontecem de forma exatamente igual, afinal a carteira do EWZ é cotada em dólar norte-americano, e não em reais. Logo, variações no câmbio do dólar têm influência direta sobre a cotação do EWZ. Não é à toa que esse ETF também é conhecido como Ibovespa em dólar.
Então, se houver uma valorização do dólar, a cotação do ETF será pressionada para baixo, já que os ativos brasileiros, cotados em reais, valerão menos. No mesmo raciocínio, se houver uma desvalorização do dólar, o EWZ tende a ter o seu valor apreciado.
Ativos do EWZ
Quanto aos ativos do EWZ, é preciso que os investidores entendam que, ao contrário do Ibovespa — que replica o desempenho das ações brasileiras — o EWZ se expõe aos ativos do Brasil por meio dos chamados ADRs (American Depositary Receipts) das empresas mais relevantes do mercado acionário brasileiro, e não as suas ações.
Basicamente, esses ADRs são certificados de ações emitidos por instituições financeiras americanas com lastro em títulos de valores imobiliários internacionais. No caso do EWZ, obviamente, os ADRs são lastreados em títulos de valores mobiliários brasileiros.
De forma simplificada, são como as ações de empresas do Brasil negociadas nos EUA. Assim como os BDRs (Brazilian Depositary Receipts), que são certificados de companhias americanas negociados na B3.
Adquirindo os ADRs de empresas como Vale, Itaú, Petrobras, Bradesco e tantas outras, o EWZ consegue chegar próximo de uma réplica do desempenho do principal indicador da bolsa de valores nacional, o índice Bovespa (Ibovespa).
E para determinar quais serão esses ADRs adquiridos, a gestão do fundo passivo precisa acompanhar a composição do seu índice de mercado de referência, o MSCI Brazil. Abaixo, um pouco mais sobre o índice MSCI Brazil.
Índice MSCI Brazil
Já foi possível compreender que o Índice MSCI Brazil é um índice de mercado que possui em sua composição os principais ativos do mercado acionário do Brasil. No entanto, é preciso ressaltar que um índice não possui, de fato, os ativos, sendo apenas uma carteira teórica.
Em outras palavras, não é possível investir no MSCI Brazil Index, apenas acompanhar sua performance ao longo do tempo. Já para aqueles que desejam investir nele, a alternativa é alocar recursos no EWZ. Afinal, ele é um ETF criado justamente para adquirir os ativos da carteira teórica do Índice MSCI Brazil.
Criado pela MSCI Inc — companhia norte-americana do ramo financeiro — em 2001, o índice possui o objetivo de cobrir a performance das principais large caps e mid caps brasileiras que negociam na B3. Com isso, o índice é capaz de atingir cerca de 85% do mercado acionário do Brasil em sua composição de ativos.
Quais são as principais características do ETF EWZ?
Ao pesquisar mais sobre o principal fundo passivo de composição brasileira negociado nos EUA, os investidores procuram saber quais são as principais características do ETF EWZ. Entre elas, a taxa de administração do fundo, sua composição e rentabilidade.
Portanto, abaixo as principais características do EWZ:
Taxa de administração do EWZ
Por ser um fundo de investimento, o EWZ cobra uma taxa de administração dos seus cotistas. Afinal de contas, ao adquirir uma cota, o investidor passa a ter por trás uma equipe responsável pela gestão do ETF e pela alocação dos recursos nos ativos do Índice MSCI Brazil.
Por ter essa estrutura, obviamente, o fundo ETF cobra uma taxa de administração de seus cotistas. No entanto, é preciso reconhecer que os fundos passivos, como o EWZ, possuem uma taxa muito baixa comparada aos outros fundos de investimento.
Afinal de contas, como foi colocado, a sua gestão de recursos é passiva, e não ativa. Ou seja, não há uma estrutura de análise responsável por estudar os ativos, fazer valuation de empresas e por encontrar oportunidades de investimento.
Na verdade, o trabalho é resumido na alocação dos recursos nos ativos que compõem o índice de referência do EWZ. No caso, o Índice MSCI Brazil. Por isso, a taxa de administração do EWZ é baixa, sendo de 0,59% ao ano.
Composição do EWZ
Conforme foi explicado, a carteira do fundo de ativos brasileiros é formada, é claro, por companhias nacionais que possuem capital aberto na bolsa de valores do Brasil, a B3 (Brasil, Bolsa, Balcão). No caso, estão na composição do EWZ as maiores e mais negociadas empresas.
Ademais, como o EWZ é referenciado pelo índice MSCI Brazil 25/50, 95% das ações em sua carteira seguem a composição desse índice. Sendo que os 5% restantes podem ser investidos em outros ativos, como:
- Caixa e equivalentes;
- Contratos futuros;
- Opções de ações;
- Swaps.
Apesar da liberdade da gestora nesses 5% do patrimônio do fundo, 95% dele é alocado em ADRs das principais empresas de capital aberto no Brasil. Entre as principais ações brasileiras que estão na composição do EWZ são:
- Vale (VALE3);
- Itaú (ITUB3);
- Bradesco (BBDC3);
- Petrobras (PETR3);
- B3 (B3SA3);
- Ambev (ABEV3);
- Weg (WEGE3);
- Magazine Luiza (MGLU3);
- Suzano (SUZB3).
Abaixo, a composição do índice de referência do EWZ atualizada em março de 2021 com o percentual de alocação em cada um desses ativos — os quais representaram, em conjunto, 58% do índice:
Por fim, abaixo um gráfico produzido pela MSCI para demonstrar o percentual de cada setor brasileiro na composição do principal índice brasileiro no exterior. Nota-se uma concentração elevada no setor financeiro e de materiais básicos.
Rentabilidade do EWZ
Outra dúvida frequente dos investidores é sobre a rentabilidade do EWZ. Afinal de contas, quando se trata de investimentos, todos estão interessados em saber o quanto terão de retorno com base no risco assumido.
E apesar de resultado passado não garantir resultado futuro, observar o histórico do EWZ em termos de rentabilidade não deixa de ser importante. Afinal, ela demonstra qual foi o desempenho dos principais ativos brasileiros em dólar, no exterior.
Abaixo, um gráfico que demonstra a rentabilidade do índice do índice de referência do EWZ, o MSCI Brazil, de março de 2006 a março de 2021 e em comparação com outros indicadores, como o índice dos mercados emergentes (MSCI Emerging Markets):
Como pode ser observado, em um período de 15 anos, o MSCI Brazil 25/50 deixou a base 100 para atingir 148,85 pontos em março de 2021. Com um retorno bruto de 48,85%, o índice entregou uma rentabilidade média anualizada de 2,67% em dólar.
Essa rentabilidade dolarizada de 2,69% já considera a grande recuperação da bolsa brasileira após a crise do coronavírus de 2020 e 2021. Por isso, é um retorno considerado muito baixo, sobretudo em comparação com a performance do índice de mercados emergentes, o qual possui risco semelhante e média de retorno anualizado de 6,3%.
Esse baixo retorno é explicado, entre muitos fatores, pela recessão que o país passou ao longo dos anos de 2014 e 2016 e também devido à apreciação do dólar a partir de 2011. Afinal, a depreciação do real contribui para a queda da cotação do EWZ, que é dolarizada.
Por fim, abaixo o retorno acumulado do ETF EWZ em relação ao índice iShares MSCI Brazil. Como pode ser observado, a performance ficou abaixo do índice, devido principalmente à taxa de administração que existe:
Vantagens e desvantagens do EWZ
Depois de compreender o que ele é, como ele funciona e quais são suas principais características, o próximo passo é saber quais são as vantagens e desvantagens do EWZ como investimento.
Vantagens do EWZ
Primeiramente, é preciso ressaltar quais são as vantagens do EWZ como investimento. Isto, é claro, considerando a sua estruturação como um ETF (Exchange Traded Fund) e como um veículo facilitador de investimento de estrangeiros no mercado acionário brasileiro.
Portanto, abaixo os principais pontos positivos e vantagens do EWZ:
Diversificação geográfica
Uma das principais vantagens do EWZ como investimento é a sua capacidade de ser uma forma de diversificação geográfica de investimentos. Afinal, seus ativos são empresas brasileiras que atuam majoritariamente no mercado nacional brasileiro.
Assim, aquele investidor estrangeiro que deseja ter seus recursos diversificados geograficamente pode adquirir cotas do EWZ. Assim, parte do seu patrimônio estará sujeito à performance das ações brasileiras, ao desempenho operacional das empresas e, claro, ao lucro líquido que elas entregarão aos seus acionistas.
Maior potencial de retorno
Outro ponto positivo do investimento no EWZ é o seu maior potencial de retorno. Isto porque, como se diz no mercado, “quanto maior o risco, maior o retorno esperado”. E no caso desse fundo, é possível dizer, sim, que seu risco é mais elevado.
Isso porque o ETF iShares MSCI Brazil está atrelado a um mercado emergente, o brasileiro. E de maneira geral, esses mercados são mais arriscados devido ao cenário econômico, político, fiscal e regulatório ser instável, afetando as empresas com maior intensidade positiva e negativamente.
No caso do Brasil, esse risco é considerado elevado, já que todos esses âmbitos descritos acima são extremamente instáveis. E com o maior risco, vem também a maior expectativa de retorno, a qual pode ser confirmada, ou não.
Alta praticidade
Outra vantagem do EWZ é a sua alta praticidade para aqueles que desejam ter recursos investidos em ativos brasileiros. Afinal de contas, em primeiro lugar, não é necessário abrir conta em uma instituição financeira no Brasil para adquirir os ativos.
Mas, além disso, a maior vantagem é não precisar analisar e escolher cada ativo individualmente, o chamado stock picking. Isto porque, ao adquirir uma cota do fundo ETF iShares Brazil o investidor estrangeiro já está se expondo diversificadamente às maiores companhias brasileiras de capital aberto.
Desvantagens do EWZ
Apesar das vantagens elencadas, não há como negar que também existem desvantagens do EWZ como investimento. Neste sentido, é preciso que os investidores tenham ciência desses pontos negativos para não se decepcionar com expectativas falsas.
Por isso, abaixo as principais desvantagens do EWZ:
Exposição exclusiva ao mercado brasileiro
Apesar de ser algo comum aos investidores do Brasil, a exposição exclusiva ao mercado brasileiro é vista como uma grande desvantagem do EWZ pelos investidores estrangeiros. Isso porque, como foi colocado, o ambiente de negócios no país é extremamente desafiador para as companhias.
Esse fato é derivado de um cenário econômico, fiscal, político e regulatório instável, com muita intervenção e regulação estatal e com muitos escândalos políticos. Obviamente, esses fatores recaem sobre as empresas, cujas gestões precisam driblar crises e mudanças regulatórias com frequência.
Tudo isso contribui para um elevado incremento de risco para o investimento nas empresas brasileiras, entre elas, é claro, aquelas com capital aberto e que participam da composição do EWZ. Assim, muitos investidores possuem preferência por ETFs de mercados emergentes mais amplos.
Entre esses índices, o MSCI Emerging Markets Índice (MSCIEF), o qual possui em sua carteira teórica não só ativos do Brasil, mas de outros países, como da China, da Coréia do Sul e da Índia. Sendo o principal ETF desse índice o iShares MSCI EM UCITS ETF.
Dependência do real
Outra desvantagem do EWZ como investimento é a sua dependência do câmbio do real. Afinal de contas, a sua cotação no exterior, na bolsa de Nova York (NYSE), é cotada em dólar.
Assim, caso haja uma depreciação do real devido a uma apreciação da moeda norte-americana, o desempenho do ETF será afetado negativamente. E, no longo prazo, espera-se que esse seja o movimento macro entre as duas moedas, devido ao diferencial de inflação do Brasil em relação aos Estados Unidos.
Além desse diferencial de inflação, não há como negar também a instabilidade no câmbio brasileiro, evidenciada pela alta volatilidade da cotação da moeda. Sendo que quanto maior essa volatilidade, maior o risco.
Maior risco
Por fim, outra desvantagem do EWZ, a qual já foi evidenciada algumas vezes anteriormente, é o maior risco desse ETF. Isso porque, por estar atrelado ao desempenho das companhias brasileiras e da taxa de câmbio, as cotações desse Exchange Traded Fund costumam apresentar alta volatilidade.
E não só alta volatilidade, a qual demonstra a intensidade das variações positivas e negativas das suas cotações, mas também há uma grande incerteza com relação à performance futura do ETF. Afinal, ela dependerá do desempenho da economia brasileira no futuro, altamente dependente do cenário político, que é altamente incerto.
Vale a pena investir no EWZ?
Depois de entender melhor sobre seu funcionamento, de conhecer suas principais características e vantagens e desvantagens, muitos investidores podem terminar com uma importante dúvida. Isto é, vale a pena investir no EWZ?
É preciso, nesse sentido, dividir os investidores desse ETF em dois grandes e simples grupos, sendo eles:
- Investidores estrangeiros;
- Investidores brasileiros.
No caso dos estrangeiros, é possível dizer que sim, em alguns casos pode valer a pena investir no EWZ. Afinal, o ETF de certa forma oferece um maior potencial de retorno futuro, com base no seu risco mais elevado.
Assim, o fundo ETF pode ser um ótimo veículo para aqueles que desejam expor o capital no mercado acionário brasileiro de maneira rápida e prática. Isto já que não será necessário analisar e escolher os ativos individualmente, mas apenas adquirir uma cota do fundo passivo através da Bolsa de Nova York (NYSE).
Por outro lado, esse investimento, no âmbito dos brasileiros, não faz muito sentido e por não valer a pena. Isso porque o ETF é apenas negociado na NYSE, e não no Brasil. Com isso, o investidor brasileiro teria que abrir uma conta em uma corretora no exterior para alocar recursos em um fundo que investe no Brasil.
Nesse caso, a melhor alternativa para realizar esse investimento passivo em companhias brasileiras seria adquirir cotas de ETFs brasileiros que investem nas maiores empresas da B3. Entre eles:
Diferente do EWZ, esses ETFs acima — bem como os demais fundos passivos negociados na B3 — possuem cotação em real, e não em dólar. Todavia, este fato não pode ser considerado uma desvantagem, já que, apesar do EWZ ser cotado em dólar, sua performance também está diretamente ligada ao câmbio do real.
Como investir no EWZ?
Depois de avaliar as vantagens e desvantagens do principal ETF brasileiro no exterior, alguns investidores podem se interessar em saber como investir no EWZ, mesmo sabendo da opção de investimento em fundos passivos na B3.
Neste caso, apesar da maior complexidade em relação ao investimento direto na bolsa B3, o processo também não deixa de ser simples. Será necessário, assim como no Brasil, abrir conta em uma corretora de valores, mas no exterior, nos Estados Unidos.
Depois de abrir a conta na corretora americana, o investidor deverá realizar uma remessa de recursos para o exterior, transformando seus reais em dólares, com base na cotação do dia e levando em conta o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Por fim, com os recursos dolarizados disponíveis na corretora, o próximo passo é acessar o home broker e, finalmente, adquirir as cotas do ETF EWZ. Depois, basta esperar os resultados e as distribuições de dividendos pelo fundo.
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O que é o EWZ?
O EWZ é o principal ETF (Exchange Traded Fund) negociado no exterior que investe em ativos brasileiros. No caso, o também chamado de iShares MSCI Brazil ETF aloca seus recursos entre as maiores e mais negociadas companhias com capital aberto na bolsa brasileira, a B3.
Como o EWZ funciona?
O EWZ funciona como um fundo ETF passivo que adquire os ativos da carteira teórica do índice MSCI Brazil 25/50 Index. Sendo este último um índice de mercado que representa o desempenho médio, ponderado e acumulado das maiores e mais negociadas empresas do mercado de capitais brasileiro.
Como investir no EWZ?
Para investir no EWZ é preciso que o investidor acesse a Bolsa de Valores de Nova York (NYSE). Para isso, basta criar uma conta em uma corretora norte-americana, realizar uma remessa de recursos e, por fim, adquirir cotas do ETF por meio do home broker.
Qual a relação entre o EWZ e o Ibovespa?
A relação entre o EWZ e o Ibovespa é que ambos possuem desempenho atrelado às maiores empresas brasileiras com capital aberto no Brasil. Então, por terem em suas composições as mesmas companhias, a performance desse ETF e do índice Bovespa se torna bastante próxima, quando ambas são dolarizadas.
Vale a pena investir no EWZ?
Para os investidores estrangeiros, pode sim valer a pena investir no EWZ, já que esta pode ser uma forma de realizar diversificação geográfica de investimentos e de buscar maior potencial de retorno. Já para os brasileiros, investir no EWZ não vale a pena, já que isso será mais custoso e trabalhoso.
Bibliografia para EWZ
https://www.math.nyu.edu/faculty/avellane/ETFRevolutionIngles.pdf
https://www.federalreserve.gov/econres/ifdp/files/ifdp1268.pdf
https://www.blackrock.com/cl/literature/prospectus/p-ishares-msci-brazil-capped-etf-8-31.pdf