ETF: o que são e como funcionam os ETF’s na bovespa
Diversas dúvidas são recorrentes quanto o assunto são os investimentos.
Muitos investidores, principalmente os iniciantes, recorrentemente esbarram nesse tipo de dificuldade em algum momento.
Dentre essas muitas dúvidas existentes no mercado financeiro, a sigla ETF frequentemente se faz presente no universo de quem aplica seus recursos.
Por isso, nunca é demais ressaltar os pontos mais importantes dessas questões que fazem parte dos questionamentos da maioria das pessoas que tem como objetivo a alocação rentável do seu dinheiro.
O que são ETF’s
A sigla ETF vem da abreviação de “Exchange Traded Funds” que nada mais é do que a representação de um ativo que tem por objetivo reproduzir o desempenho de índices específicos, como o Ibovespa por exemplo, ou ainda o desempenho de algum setor separadamente, como o de commodities, além de diversos outras especificações diferentes que podem ser por eles retratadas.
Em outras palavras, os ETF’s, que também são comumente conhecidos como Fundos de Índices, podem ser definidos como uma “cesta” ou “pacote” de ações com características pré-determinadas em comum que são compilados em um único ativo e que representam a movimentação daquele conjunto de papéis como um todo.
Dessa forma, ao realizar a compra de um ETF, o investidor automaticamente está adquirindo, ao mesmo tempo, um conjunto de ações com características semelhantes em algum aspecto específico e que são pertencentes ali em um único ativo, o que, de certa forma, contribui para a diversificação das aplicações desse investidor.
Vale destacar que os ETF’s são negociados em bolsa, e são, portanto, passíveis de oscilações no preço de suas cotações.
Como investir em ETF’s
Por serem ativos que são negociados em bolsa de valores, qualquer investidor pode ter acesso a esse tipo de investimento através do Home Broker de sua corretora, operando nessa plataforma da mesma maneira como se opera na compra e venda de outros ativos, como ações, por exemplo.
Neste artigo comentamos sobre as corretoras mais citadas por nossos seguidores em um post em nossa página do Facebook. Para quem ainda não tem conta em uma corretora ou pretende mudar a que é cliente, vale a pena conferir o material.
Assim sendo, para se investir em ETF’s, basta o investidor enviar para a corretora com a qual trabalha uma ordem de compra do papel de interesse e esperar até que a operação seja concluída.
Tipos de ETF’s
Como citado anteriormente, esses ativos têm por característica principal replicarem a performance de determinados índices especificamente.
Dessa forma, a tendência é que cada ETF tenha sua característica particular sobre os ativos que fazem parte de sua composição.
No Brasil, por ser um mercado relativamente novo, existem somente quatro gestoras atuantes de ETF’s na bolsa, que são o Banco Itaú (It Now!), a BlackRock (iShares), o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal.
A imagem abaixo, retirada diretamente do site da BM&F Bovespa, retrata todos os ETF’s que são negociados atualmente em nossa bolsa de valores.
É importante que se observe que à frente de cada fundo aparece sua respectiva gestora.
Assim sendo, pode-se perceber que o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal só possuam um fundo cada uma sob suas respectivas gestões.
Na imagem demonstrada acima, podemos destacar o Fundo ISHARES BOVA, que representa o Ibovespa, um dos mais relevantes índices ETF’s de nosso mercado, e que é administrado pela Black Rock, que, a propósito, é a maior gestora de recursos do mundo.
Ao clicarmos nesse fundo, ainda na página da imagem acima, obtemos acesso à principais características deste ETF, conforme pode-se notar abaixo:
Perceba que, dessa forma, o investidor pode ter acesso à diversas informações de muita importância em relação ao ativo de seu interesse, como por exemplo o índice que ele representa, o gestor, a taxa de administração e a data de listagem desse índice.
É muito importante que, antes de se aplicar nesse tipo de ativo, o investidor procure ler e estudar bem todas as informações sobre os ETF’s disponíveis nesse portal.
Se informar bem nunca é demais quando o assunto é o investimento de seus recursos, e sobre os ETF’s, essa regra não é uma exceção.
Motivos para se investir em ETF’s
Como principais pontos de destaque dessa modalidade de investimentos, destacam-se alguns relevantes como por exemplo:
Diversificação:
Para investidores que tem interesse em diversificar a sua carteira de investimentos, os ETF’s são uma boa opção dada a sua característica principal de conter diversos ativos lastreados a cada um de seus papéis individualmente, possibilitando-se, dessa forma, aumentar-se o leque de setores de aplicação de forma mais simples e rápida.
Em nosso artigo a respeito da diversificação da carteira comentamos sobre os riscos que envolvem uma carteira com pouca diversidade dentre os ativos que a compõe.
Baixo custo:
Se um investidor fosse aplicar diretamente em todas as ações que determinado fundo de índice representa, certamente os custos operacionais da operação seriam bem mais altos do que se esse mesmo investidor comprasse diretamente esse ETF, e, além disso, as taxas de administração dos Fundos de Índices são muito mais em conta do que as taxas de administração cobrados por fundos de investimento tradicionais.
Praticidade:
Por serem ativos que retratam índices, basta o investidor aplicar em um papel de índice apenas para que se tenha uma diversificação satisfatória em sua carteira, tornando modalidade muito prática e conveniente para investidores mais conservadores.
Transparência:
Quando comparados a fundos de investimentos tradicionais, o investidor tem acesso muito mais fácil à quais ativos ele está aplicando seus recursos, pois todas as informações sobre as negociações com as cotas dos ETF’s no mercado secundário da BM&FBOVESPA são divulgadas, tornando assim a operação muito mais transparente e segura para esse investidor.
Tributação:
A tributação dos ETF’s é menos vantajosa do que a tributação sobre o investimento direto em ações, visto que o segundo possui duas isenções das quais os Fundos de Índices não se beneficiam, que são a isenção de tributos para vendas de até R$ 20.000 por mês, e a isenção de IR sobre os dividendos.
Sobre os dividendos, o IR é de 15% sobre esses proventos, tanto para o caso de fundos de ações quanto para ETF’s. Além disso, ao vender-se uma ETF, o investidor paga imposto de renda de 15% sobre o lucro, independentemente do valor negociado.
Dessa forma, fica claro perceber que, para quem tem como objetivo a diversificação de seus investimentos e ao mesmo tempo a busca de praticidade e agilidade nessa operação, os ETF’s são uma opção que deve ser levada em consideração, dada a sua abrangência de atuação em relação a uma única unidade de seu papel.
Em contrapartida, este tipo de investimento é recomendado para aqueles investidores que buscam também investimentos voltados para o longo prazo, pois a sua baixa liquidez, como dito anteriormente, faz com que, caso a pessoa que aplicou nesse ativo precise com certa rapidez do capital ali investido, um certo tempo considerável pode ser demandado até que a operação, de fato, se concretize.
Dessa forma, como sempre recomendamos e sugerimos a todos os investidores, é necessário que se estude friamente e se analise bastante todo e qualquer investimento que se tenha interesse em aplicar seus recursos, dada as muitas complexidades que cada aplicação apresenta e suas características peculiares que muitas vezes podem se mostrar como surpresas desagradáveis para muitos investidores pouco informados.
Assim, uma leitura aprofundada sobre o tema é interessante para o investidor interessado nessa aplicação tão pouco difundida em nosso mercado.
No site da antiga Bovespa (atual [B3]), a parte relacionada especificamente aos ETF’s contém um conteúdo riquíssimo que compensa a leitura e complementa os dados aqui informados.
O vídeo abaixo, disponível no canal do Youtube da [B3] também esclarece muito bem os pontos principais desse tipo de investimento e suas peculiaridades.
Recomendamos a leitura e visualização desses conteúdos para quem pretende aprofundar seus conhecimentos nesse ativo tão novo e que está apenas engatinhando em nosso mercado de capitais.
Conhecimento nunca é demais, principalmente quando se trata de aplicações financeiras.