Estrutura de capital: o conceito vital para o desempenho de um negócio

Um dos temas que geram mais debates dentro do mercado financeiro é a tomada de decisão quanto a estrutura de capital de uma empresa.

Uma boa estrutura de capital é muito importante devido a natural volatilidade e incertezas das quais todos os entes econômicos estão expostos diariamente.

Desse modo, temos que a estrutura de capital é o conceito de como uma empresa financia as suas operações gerais usando diferentes fontes de recursos.

A dívida, por exemplo, é uma fonte externa de recursos que pode abastecer o caixa da empresa. Além disso, dívidas de curto prazo, atreladas ao capital de giro da companhia também devem fazer parte da estrutura de capital da empresa.

Esse conceito é extremamente importante, pois ele está intrinsecamente ligado ao custo de capital de um negócio, podendo ser o fator decisivo da geração ou não de valor.

Isso acontece porque más tomadas de decisões quanto a esse tema geram um alto custo de capital para a empresa. Tornando inviáveis, muitos projetos da companhia.

Entendendo mais sobre a estrutura de capital

A estrutura de capital de uma companhia pode ser a mistura de dívida de longo prazo, dívida de curto prazo e patrimônio dos acionistas.

Quando analistas ou investidores fazem referencia a dívida, geralmente eles estão falando do múltiplo de dívida líquida/ patrimônio líquido, do qual fornece uma breve visão sobre o grau de risco de uma empresa.

De modo geral, uma empresa que é fortemente financiada por meio de dívidas, ela possui uma estrutura muito mais agressiva, o que naturalmente aumenta o risco dos investidores naquele negócio.

No entanto, essa maior preferencia por risco também estará atrelada a um maior crescimento futuro caso os investimentos da companhia façam sucesso.

As vantagens por preferir um financiamento dependem de alguns fatores-chave, tais como:

  • Lucratividade esperada: Quanto maior forem os indicadores de lucratividade da empresa, mais certeza a mesma terá quanto a tomada de decisão de investimento através de capital de terceiros.
  • Tamanho da companhia: Companhias de grande porte normalmente possuem acessos a linhas de créditos mais baratas.
  • Volatilidade: Companhias com baixa volatilidade nos seus resultados terão sempre uma maior segurança em tomar dívidas do que aquelas que não possuem essa característica.

Dívida ou patrimônio líquido

Como dissemos anteriormente, existem basicamente dois tipos de capital: capital de terceiros e capital próprio.

O capital de terceiros representa as dívidas e o capital próprio representa o dinheiro aplicado pelos acionistas no negócio.

Geralmente, a dívida é o meio mais utilizado pelas empresas como uma forma de financiar o seu crescimento. Isso acontece porque existem vantagens fiscais de abatimento no imposto de renda no momento que se paga os juros do endividamento.

A dívida também permite que as empresa distribuam mais dividendos aos acionistas, fato que na maioria das vezes, não pode ser visto em companhias que se financiam puramente com capital próprio.

De maneira geral, o investimento com capital próprio é mais caro do que a dívida quando as taxas de juros estão num patamar baixo. No entanto, o contrário normalmente acontece quando as taxas de juros sobem.

Por fim, sabemos que uma companhia nunca alcançará uma estrutura de capital perfeita, pois esse é um fato que pode mudar rapidamente de acordo com a realidade em que a empresa vive. O que não exime a companhia de tentar encontrar uma boa estrutura para o seu negócio.

 

 

ACESSO RÁPIDO
Tiago Reis
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2 comentários

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  • Ney Willian 31 de agosto de 2020
    tOP, obrigado, de grande valia e ajuda os seus artigos aqui neste Blog.Responder
    • Suno Research 1 de setembro de 2020
      Olá, Ney Willian! Tudo certo? Muito obrigado! Ficamos felizes em ajudar. Atenciosamente, Equipe Suno.Responder