Quando uma pessoa vai realizar o consumo de um determinado produto, ela procura sempre fazer uma comparação com outro produto para saber se o preço que está pagando realmente vale a pena. Essa comparação é chamada de efeito contraste.
Dessa forma, o efeito contraste está presente no dia a dia das nossas finanças pessoais, pois procuramos a todo momento encontrar sempre o melhor custo benefício antes de consumir um determinado produto.
O que é o Efeito contraste?
O Efeito contraste é um viés cognitivo onde as pessoas possuem uma tendência natural de julgar outras pessoas e objetos baseado na comparação com seus semelhantes.
Dessa forma, em um processo seletivo, por exemplo, o entrevistador julga se um candidato é qualificado para uma determinada vaga fazendo um comparativo dele com os demais.
Todas as comparações humanas, de certo modo, acontecem por conta do efeito contraste. Afinal, é ele que permite definir se uma pessoa é gorda ou magra, baixa ou alta, bonita ou feia, antipática ou simpática.
Pois, como definir se uma pessoa é forte sem ter um comparativo? Não há uma tabela universal onde é exposto um grau de força que pode considerar uma pessoa como forte ou fraca.
Portanto, é o efeito de contraste que irá definir diversas questões tanto na natureza quanto na vida cotidiana. Sendo ele o responsável por desenvolver um dos conceitos mais importantes em nossas vidas: o custo benefício.
Quer controlar melhor os seus gastos pessoais? Baixe então a nossa planilha de gastos pessoais.
Finanças comportamentais
Como o efeito contraste é o responsável para que as pessoas tenham uma noção de uma determinada coisa comparando-a com outra coisa, ele nos leva sempre a buscar o melhor custo benefício em nossas escolhas.
Isso está relacionado às finanças comportamentais. Por exemplo, você pode comer um prato de comida não muito bom por R$ 15 ou pode comer um prato de comida melhor por R$ 20. Nesse caso, você irá procurar levar em consideração o custo benefício.
Um outro exemplo seria a compra de uma camiseta. É possível comprar uma camiseta de R$ 20 e uma outra de R$ 100. Para essa decisão normalmente é levado em consideração a durabilidade de ambas.
Se nesse caso a camiseta de R$ 100 durar 6 vezes mais que a camiseta de R$ 20, ela se torna um bom custo benefício. Mas, se ela durar apenas 4 vezes mais, já não é uma compra que vale a pena.
Portanto, nosso cérebro procura sempre esse tipo de comparação antes de realizar uma compra, seja ela qual for.
Como o efeito contraste interfere nas suas finanças?
Normalmente, a interferência do efeito contraste nas finanças se dá no momento da realização do consumo de um determinado produto. Ou também na compra de ativos no mercado financeiro.
Por exemplo, ao consumir um chocolate, você saberá se ele está caro ou barato comparando-o com outro chocolate. Caso ele esteja mais caro, você se perguntará se vale a pena pagar esse preço pelo sabor ou se não vale a pena.
No mercado financeiro, a comparação de um ativo com outro é dada pelo preço do ativo comparado a sua rentabilidade. Além de outros fatores como o risco por exemplo.
Portanto, a comparação entre objetos acontece a todo momento por conta do efeito contraste que está em nossa mente, mas é preciso tomar cuidado para não cair em armadilhas.
Um bom exemplo disso foi o lançamento dos amaciantes concentrados. Quando o produto chegou nas gôndolas, o preço de 1 litro dele estava igual ao preço de 2 litros de um amaciante comum.
Pelo efeito contraste, a mente de um consumidor vai direto na embalagem de 2 litros por ser maior. No entanto, será necessário gastar mais do que o dobro do produto para lavar a mesma quantidade de roupas.
Nesse caso houve uma falha no cérebro que somente pode ser corrigida com uma calculadora ou obtendo uma opinião de outras pessoas.
Foi possível entender o que é o efeito contraste? Deixe sua dúvida ou comentário no espaço abaixo.