A economia planificada, defendida por certas correntes ideológicas e igualmente detestada por outras, sempre foi motivo de controvérsias.
A economia planificada, como o nome sugere, está baseada no planejamento e costuma estar diretamente ligada a um plano de governo bem específico em seus objetivos. Essa lógica, porém, apresenta problemas de sustentabilidade no longo prazo e é incompatível com o mercado financeiro.
O que é economia planificada?
Economia Planificada consiste em um sistema econômico cujas atividades produtivas estão sob controle do Estado, que define o planejamento e os objetivos da economia nacional. É um dos modelos propostos pelo Socialismo, sendo conhecida também como Economia Centralmente Planejada ou Economia Centralizada.
Por isso, também é conhecida como economia centralizada. Não é um modelo novo, tendo sido o vigente em vários regimes ao redor do mundo, principalmente durante meados do século XX, sem grande êxito.
Neste modelo, os meios de produção possuem influência direta da organização do Estado, com presença limitada ou inexistente da iniciativa privada.
Com isso, fatores como preços, produção e os empregos não seguem a mesma lógica de uma economia capitalista ou de livre mercado. Nesta, esses aspectos são regulados pela lei da oferta e da procura, podendo até mesmo haver uma autorregulamentação do mercado.
Uma característica importante das economias planificadas é a atuação do setor produtivo definida por meio de planos periódicos. Um exemplo desse sistema é o planejamento quinquenal que existia, por exemplo, na extinta União Soviética.
Planejamento de economia
Este planejamento é feito por um órgão específico. Assim, cabe a ele determinar tanto os objetivos quanto as metas do período. Alguns aspectos precisam ser considerados na elaboração deste planejamento:
- Disponibilidade de recursos;
- Capacidade produtiva;
- Poder de compra da sociedade.
A ideia é que na economia planificada não haja nem excesso nem falta de produtividade. Para isso, são identificadas as principais necessidades da sociedade para que haja produção.
Nela, não existe mercado de capitais, uma vez que todas as companhias são de um único proprietário: o Estado. Também não existe o mercado de trabalho como ele é conhecido. É calculado um número de empregos para atender ao número de trabalhadores.
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Mas nem sempre esta conta fecha. Nestes casos, o governo fica responsável por pagar uma espécie de “bolsa salário” para quem não está atuante no momento.
A grande questão é que, ao não seguir a lei da oferta e da procura, práticas básicas do sistema produtivo ficam de lado. A economia planificada faz com que todos os produtos e serviços sejam vendidos pelos mesmos valores, independente do aumento ou da redução do volume de vendas, o que não é sustentável no longo prazo.
Economia planificada atualmente
A economia planificada perdeu espaço para o liberalismo ou vertentes desta corrente ideológica nas últimas décadas. Especialmente após o final da União Soviética. As principais críticas giraram ao redor do fato de a burocracia que um sistema desses gera favorecer a corrupção.
Atualmente, ela é lembrada por ter sido um modelo adotado em regimes comunistas, e foi utilizada por muitos países. Porém, fracassou em todas as tentativas.
Por isso, hoje em dia, nem mesmo os regimes totalitaristas utilizam esse modelo econômico em sua forma estrita, tendo muitos deles adotado um sistema misto.
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