Para que uma empresa seja bem-sucedida, é imprescindível que suas contas sejam controladas de forma eficiente. Uma das ferramentas dessa gestão financeira é a DMPL.
DMPL é a sigla para Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido. Sua função tem a ver com o gerenciamento de recursos de uma organização — mais especificamente do seu do patrimônio líquido, como sugere o nome.
O que é DMPL?
A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) é um documento contábil que as companhias fazem para evidenciar alterações em seu patrimônio líquido. Tal demonstração não é obrigatória por lei, mas a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) exige que as empresas de capital aberto a elaborem e publiquem.
A demonstração registra a movimentação dos recursos da empresa — expondo de forma clara de onde eles vêm e para onde eles vão durante o exercício. Essa determinação se encontra na instrução n. 59/1986.
Para quê serve a DMPL?
Antes de saber como funciona a DMPL, é necessário estar ciente de que sua principal função é monitorar as finanças da empresa. Portanto, o objetivo da DMPL está ligado diretamente ao controle do fluxo de caixa.
Por isso, algumas das funções da DMPL são:
- Acompanhar a evolução do patrimônio da organização;
- Monitorar a influência deste patrimônio (valor) no mercado;
- Determinar estratégias para o crescimento da empresa no mercado.
Como fazer a DMPL?
Um modelo de DMPL envolve primeiramente uma tabela. Nessa tabela, cada conta do patrimônio líquido da organização corresponde a uma coluna.
A última das colunas da tabela do modelo de DMPL é reservada ao resultado final. O próximo passo é registrar os números nas colunas, sendo que em cada linha ficam os dados de cada transação.
O modelo se divide em:
- Reservas de capital: valores monetários que fazem parte do capital social da organização. Se não houver reserva de lucro, ocorre sua compensação em forma de lucro acumulado;
- Reservas de lucro: baseadas no lucro líquido do exercício, conforme determinações administrativas;
- Lucros ou prejuízos acumulados: têm a ver com os acionistas da organização. Mais especificamente, o prejuízo que podem sofrer ou os lucros mínimos que podem obter. Esse dado muda de acordo com os resultados da gestão da empresa.
Estrutura da DMPL
Sendo assim, pode-se dizer que a estrutura da DMPL costuma seguir o seguinte modelo:
- Saldos do começo do período considerado;
- Ajustes de exercícios anteriores;
- Capital acrescido;
- Compensações relacionadas a prejuízos;
- Destinação, no exercício, do lucro líquido;
- Como os lucros são distribuídos;
- Avaliação de ativos;
- Diminuição do capital;
- Resultado líquido obtido no exercício;
- Reversão de reservas e lucros, bem como transferências destes;
- Saldos obtidos quando da finalização do exercício.
Entendendo a DMPL na prática
Um exemplo de DMPL de uma empresa X, portanto, pode ser uma tabela com as colunas:
- Descrição;
- Capital social;
- Lucros ou prejuízos acumulados;
- Reserva de lucros;
- Patrimônio líquido.
E as linhas:
- Saldo inicial em X data, contendo o lucro líquido do exercício e a distribuição dos lucros;
- Saldo em Y data (após 1 ano), contendo o lucro líquido do exercício, a distribuição dos lucros e os lucros a distribuir;
- Saldo final em Z data (após 1 ano).
Diferenças e semelhanças entre DMPL e DFC
Por se tratarem de demonstrações de movimentação financeira, pode-se dizer existe uma certa relação da DMPL com a Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC). Porém, existe uma grande diferença entre DMPL e DFC.
A DFC apresenta entradas e saídas do caixa da empresa em certo período, e o resultado dessas movimentações. Toda sociedade de capital aberto deve realizar a DFC, ou então a que tenha patrimônio líquido maior que R$ 2 milhões.
Já os dados da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido servem como complemento ao Balanço Patrimonial da organização, a exemplo do relatório DFC. Este demonstra as condições em que se encontra o patrimônio em certo período.
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