Desemprego friccional: saiba o que é esse indicador econômico
Desemprego friccional é o nome dado a um fenômeno muito famoso dentro do mercado de trabalho, sendo fundamental o seu estudo.
Sendo assim, para entender como funciona o desemprego funcional e como ele afeta a economia, é preciso estudar o seu conceito e seu impacto na macroeconomia.
O que é o desemprego friccional?
Desemprego friccional é definido como o desemprego temporário, quando alguém pode estar desempregado apenas momentaneamente, pois está trocando de trabalho ou aguardando por uma melhor oferta de emprego.
O mercado de trabalho opera com fricções. Por isso, é praticamente impossível um país obter um desemprego de 0% ou muito próximo desta marca. Sendo assim, entender esse fenômeno torna-se algo fundamental.
De fato: a taxa de desemprego é um os principais indicadores para mensurar a atividade econômica de um país.
Porém, essa taxa pode ser decomposta em diversas variáveis. Dentre elas, uma das mais importantes é o desemprego friccional.
Os economistas constantemente estudam os dados do desemprego friccional e o seu impacto econômico. Ao fazer isto, é possível ter uma melhor ideia do verdadeiro estado do mercado de trabalho.
Interpretação econômica do desemprego friccional
Vale notar que, mesmo que o desenvolvimento econômico esteja no seu pico, o desemprego friccional pode estar presente.
Isto porque sempre existirão pessoas alternando de postos de trabalho. Bem como existiram pessoas ativamente procurando por emprego que antes não estavam inseridas no mercado de trabalho.
Logo, essas pessoas, por definição, também contam como desempregados. Mas pelo seu aspecto de curto período de tempo este tipo de desemprego é algumas vezes chamado de desemprego saudável.
Esta nomenclatura pode parecer um contra-senso, afinal, o desemprego é ruim para a economia. Porém, a realidade é que é saudável para a economia apresentar um pequeno índice de desempregados.
Sendo assim, o desemprego friccional pode indicar principalmente dois fatores: as pessoas estão buscando melhores postos de trabalho e as empresas podem expandir o uso de mão de obra se necessário.
Mesmo economias no ápice do seu desenvolvimento, ou no chamado pleno emprego, apresentam taxas de desemprego friccional consideráveis. Essas taxas variam ao redor de 3% a 4% em média.
Acima disto, o desemprego já pode ser considerado como causado por outros fatores e como maléfico para a economia, podendo ser até mesmo um sinal de recessão econômica.
Desemprego Saudável
De fato: o fenômeno do desemprego friccional pode ser considerado como um processo saudável, acontecendo ainda que haja desenvolvimento econômico em uma região.
Isso ocorre porque este é um desemprego natural, de forma que um país, ainda que em pleno desenvolvimento econômico, pode passar por determinado índice de desemprego.
Esse processo acontece porque sempre ocorrerão fenômenos como a formação de novos profissionais, troca de postos de trabalho ou até mesmo pessoas que estão procurando por novas oportunidades.
Alguns, inclusive, trocam o trabalho para fundarem suas empresas ou se tornarem profissionais autônomos. Sendo assim, fica claro que esse processo é algo natural.
Causas do desemprego friccional
Existem vários fatores que podem causar o desemprego friccional. O primeiro é a entrada de profissionais recém-formados no mercado. Isso ocorre pois estes profissionais ficam desempregados até acharem sua primeira oportunidade.
Outro desemprego friccional exemplo é o da transição de carreira: muitas pessoas que desejam trocar de profissão passam um processo sem trabalho.
O mesmo vale quando algum profissional deseja mudar de região: entre a troca de cidade, estado ou até país, ele pode se encontrar sem trabalho e, portanto, estar desempregado.
Além disso, um funcionário pode ser demitido e ficar sem trabalho por um tempo, gerando a demissão friccional.
Por fim, vale citar a busca por melhores oportunidades. Muitos saem do trabalho para buscar melhores salários e condições, ou até mesmo voltar aos estudos. Profissionais assim podem representar um elevado capital intelectual às companhias.
Outros tipos de desemprego
Como dito anteriormente, também existem outros tipos de desemprego além do friccional. Os mais comuns de desemprego a constar na literatura econômica são:
- Estrutural;
- Sazonal;
- Conjuntural.
1. Desemprego estrutural
O desemprego estrutural pode ser entendido como aquele desemprego que se tornou definitivo. Ele é causado normalmente por revoluções tecnológicas ou por mudanças no hábito do consumidor.
Por exemplo: é possível pensar no emprego de atendente de tele marketing para serviços de táxi. Com o avanço dos aplicativos de carona, como o Uber, a população deixou de requisitar este serviço.
Por isso, muitas pessoas com esta ocupação se tornaram desempregadas. Justamente por uma mudança tecnológica e uma mudança no hábito do consumidor, sendo causa importante no índice de desemprego.
Esses empregos dificilmente serão readquiridos. É importante ressaltar, porém, que essas pessoas tendem realocadas em melhores funções, o que não torna o desemprego estrutural necessariamente ruim.
2. Desemprego sazonal
O desemprego sazonal o desemprego temporário causado por condições sazonais. Ou seja: desempregos que aumentam e diminuem dependendo da época.
O melhor exemplo para entender este tipo de desemprego se dá na agricultura. Na época da colheita, por exemplo, ocorrem mais contratações no mercado. Enquanto ao fim da colheita, muitas pessoas terminam os seus contratos.
3. Desemprego conjuntural
Também conhecido como desemprego cíclico ele afeta as economias principalmente em recessões. Ele ten sua causa por reduções no desenvolvimento econômico e no crescimento de um país.
A maioria das economias tentam evitar a todo custo a ocasião do desemprego conjuntural. No entanto, assim como o desemprego friccional, é inevitável que a economia sofra algum desemprego conjuntural.
Independente da estratégia de investimentos, companhar indicadores como o desemprego friccional é importante para compreender a conjuntura econômica em que o país se encontra.
Logo, todo investidor deve ficar atento a esses e outros dados, além das demais informações que envolvam a economia do país.
Você ainda tem alguma dúvida sobre o desemprego friccional e como ele é mensurado? Comente abaixo para que possamos ajudar.