Crises econômicas podem afetar muito o número de empregos e a macroeconomia, no entanto, não é exatamente um desemprego estrutural.
Afinal, o desemprego estrutural é um pouco mais profundo e não ocorre apenas por razões de ineficiência econômica.
O que é desemprego estrutural?
O desemprego estrutural é uma forma de desemprego involuntário. Ou seja, é causado por uma oferta de vagas de trabalho menor do que a demanda.
Existem outros tipos de desemprego estudados pelos economistas, no entanto, o desemprego estrutural parece ser um dos mais difíceis de combater.
Isto porque, políticas voltadas ao combate ao desemprego deste tipo costumam ter efeitos de longo prazo.
Quais são as causas do desemprego estrutural?
A grande causa do desemprego estrutural é o desencontro entre as habilidades que os trabalhadores podem oferecer e as habilidades que os empregadores demandam dos trabalhadores.
No entanto, esse “desencontro” pode acontecer por diferentes razões, que levam à situação de vários trabalhadores não conseguirem ser empregados porque as funções as quais são qualificados já estão saturadas na economia.
Entre os principais fatores que podem contribuir com o desemprego estrutural, estão:
- Avanços tecnológicos que tornem diversos trabalhadores obsoletos;
- Dificuldade de realocação do trabalhador após perder o emprego, já que muitos trabalhadores exercem funções muito específicas e não possuem alto grau de qualificação;
- Alteração estrutural do nível de consumo de algum setor econômico específico.
Outros tipos de desemprego
Os exemplos citados, apenas explicam o desemprego causado por um problema estrutural na economia.
No entanto, existem diferentes tipos de desemprego além do estrutural, como:
- Conjuntural: desemprego motivado por crises econômicas;
- Natural: desemprego que acompanha a taxa natural de desemprego, existente em qualquer economia. Normalmente é justificado por pessoas maiores de idade que ainda não trabalham ou até demissões voluntárias.
- Sazonalidade: em vários setores econômicos, como a pesca, agrícola, entre outros, a sazonalidade é um efeito comum. Neste caso, os trabalhadores são apenas demandando em estações específicas do ano.
Qual a diferença entre desemprego estrutural e conjuntural?
Os dois mais populares e conhecidos tipos de desemprego, estrutural e conjuntural, são muito diferentes.
O desemprego conjuntural, como o nome já aponta, é causado por alguma conjuntura pontual, como uma recessão econômica, que pode levar os empresários a reduzir seus custos e, consequentemente, demitir trabalhadores.
Por outro lado, o desemprego estrutural não é motivado por questões pontuais, mas sim por choques que podem trazer efeitos de longo prazo, como o exemplo de evoluções tecnológicas que tornam trabalhadores obsoletos.
Qual o impacto do desemprego estrutural na economia?
O desemprego estrutural no Brasil, por exemplo, é responsável pormanter diversos trabalhadores no desemprego por vários anos.
Como pôde ser percebido, esse tipo de desemprego não é muito fácil de se resolver, e grande maioria das soluções plausíveis são de longo prazo, como uma maior qualificação geral das pessoas no país.
Por isso, países que têm um alto nível de desemprego estrutural, tendem a ter uma taxa de desemprego muito alta por vários anos, o que compromete diretamente o desenvolvimento do país.
Portanto, o desemprego estrutural é um dos grandes inimigos dos formadores de política pública, que devem ser extremamente inteligentes para atenuar seus efeitos e reduzir o seu número no longo prazo.
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