Custos de transação: entenda como eles afetam a lucratividade

.É comum ouvir sobre os custos de produção de uma empresa. Mas e quanto aos custos de transação?

Os custos de transação fazem parte dos gastos de uma empresa, então é preciso considera-los na hora de calcular o lucro líquido do negócio.

O que são os custos de transação?

Custos de transação são os valores ocasionados à empresa por meio de transações para captação de recursos ou manutenção de sua atividade. Em geral, quando uma companhia recorre ao mercado em busca de insumo, equipamentos, ou serviços são estes os gastos que elas enfrentam.

Tais custos podem ser definidos como: custos de negociar, redigir ou cumprir um novo contrato.

Entretanto, quando as companhias recorrem ao mercado para conseguir aquilo que precisam podem encontrar custos mais altos do que os pretendidos.

Na Contabilidade, ente tema é regulamentado pelo CPC 08, o mesmo que aborda os prêmios na emissão de debêntures, títulos e valores mobiliários.

Teoria dos Custos de Transação

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Parte da chamada Nova Economia Institucional, a ideia dos custos de transação não surgiram do nada. Nem sequer é recentes no pensamento econômico.

A Teoria dos Custos de Transação (TCT) foi criada por Ronald Coase, que a publicou no livro “The Nature of the Firm”, em 1937.

Sua popularidade, porém, só chegou em meados dos anos 1970. Na época, Oliver Williamson passou a abordá-la em seus trabalhos.

Para Coase, sem os custos de transação, as partes envolvidas na negociação podem chegar à melhor forma de alocar seus recursos por meio da barganha.

Porém, para isso, é preciso que os direitos de ambas estejam claros.

Fatores que afetam os custos de transação

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Alguns fatores afetam ou geram custos de transação:

  • Racionalidade limitada;
  • Especificidade de ativos; e
  • Oportunismo.

Em geral, os processos de tomada de decisão tendem a ser baseada na análise de fatos.

Logo, a racionalidade limitada implica em uma dificuldade em processar os dados e informações que envolvem a transação. Isso acontece ainda que por um tempo determinado.

Com isso, o processo de tomada de decisão fica prejudicado. O que torna o mais inseguro e, automaticamente, mais caro.

Em princípio, a especificidade de ativos, por sua vez, se refere à exclusividade do fornecedor do produto ou serviço.

Um ativo específico não conseguirá ser reempregado. Ao menos não sem que haja alguma perda de valor.

Desta forma, quanto mais específico, mais caro tende a ser o custo de transação.

Já o oportunismo, talvez o mais conhecido dentre os três, aborda a possibilidade de rompimento do contrato por uma das partes.

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Isso ocorre porque os agentes econômicos agem motivados pelo interesse próprio.

Assim, se uma oportunidade melhor surge, eles tendem a segui-la, deixando para trás acordos previamente fechados.

Essa incerteza, frequência de troca e durabilidade tornam necessária a implementação de uma relação mais contratual, afetando diretamente estes valores.

Por isso, é importante que a empresa invista em sua governança. O que pode ser feito com práticas aliadas à gestão de contratos e à gestão de custos.

Desta forma, é possível tanto prever estes custos de transação quanto evitá-los, quando possível.

Logo, quanto melhor a governança da empresa, maior tende a ser o lucro deste empreendimento.

Para entender melhor o tema, é possível baixar o ebook sobre os 10 livros que todo investidor deveria ler que a Suno Research preparou.

Com este conhecimento, fica mais fácil analisar as empresas nas quais se pretende investir, para saber se há prejuízos com seus custos de transação.

ACESSO RÁPIDO
Tiago Reis
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1 comentário

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  • Paiva 15 de março de 2020
    Perfeito resumo, muito obrigado.Responder