Como comparar o preço real de um empréstimo pelo seu Custo Efetivo Total
Infelizmente, muitas pessoas só prestam atenção na taxa de juros antes de contratar um financiamento ou tomar empréstimo no banco. Entretanto, normalmente uma operação de crédito não possui só esses custos. Muitas tarifas, encargos e demais taxas que são adicionadas na transação costumam passar despercebidas pelo consumidor. Porém, foi pensando isso que, desde 2008, todos os bancos e instituições financeiras passaram a ter que informar quanto a operação vai custar de uma forma mais clara, através do Custo Efetivo Total (CET).
Ter conhecimento do Custo Efetivo Total de uma operação possibilita que o consumidor saiba exatamente quando aquele crédito vai custar. Além disso, através do CET ele consegue compare melhor as diferentes ofertas de crédito do mercado, para escolher a mais vantajosa.
O que é Custo Efetivo Total (CET)?
Custo Efetivo Total (CET) é o valor que engloba todos os encargos e despesas incidentes nas operações de crédito, como empréstimos, financiamentos e arrendamento mercantil, contratadas ou ofertadas a pessoas físicas ou empresas de pequeno porte.
Isso acontece porque além dos juros cobrados, são acrescidos muitas tarifas, seguros, taxas e diversos outros valores, aumentando a taxa final da operação. Muitas vezes, esses custos adicionais passam despercebidos, fazendo com que o consumidor não saiba ao certo quanto está pagando de verdade.
Por isso, no cálculo do Custo Efetivo Total, normalmente estão contidos os seguintes custos:
- Taxa de juros da operação;
- Taxa de análise de crédito;
- Imposto sobre Operações Financeiras (IOF);
- Taxa de Abertura de Crédito (TAC);
- Seguros;
- Taxas administrativas em geral;
- Taxas de manutenção do cadastro;
- Pagamentos de serviços de terceiros;
- Despesas com cartório;
- Demais tarifas (que devem ser discriminadas e detalhadas).
Logo, o Custo Efetivo Total leva em consideração todas essas despesas e expressa, na forma de percentual anual, o valor real que será cobrado sobre o montante emprestado pela instituição.
Para que serve o CET?
Ao contratar uma operação de crédito, é fundamental ter o máximo de informações sobre tudo que está sendo pago. Por isso, o principal objetivo do CET é garantir uma maior clareza para os empréstimos e financiamentos, de modo que o consumidor saiba quais são todos os custos que incidem sobre operação antes de contratá-la.
Isso acontece porque, muitas vezes, os bancos e instituições financeiras não agem com transparência ao conceder ao oferecer crédito aos seus clientes. Logo, ao ter conhecimento sobre todos os custos da operação, o cliente poderá apontar e questionar as cobranças que indicadas no contrato, evitando que os bancos incluam custos indevidos na transação.
Além disso, o CET também facilita a análise dos custos entre diferentes empresas. Sendo assim, o cliente consegue comparar de forma mais detalhada qual é a opção do mercado mais barata e adequada às suas necessidades.
Como analisar o CET antes de fechar uma operação de crédito?
Por lei, toda empresa deve demonstrar claramente ao consumidor qual é o Custo Efetivo Total envolvido em suas operações de crédito. Essa obrigatoriedade existe desde 2008, quando entrou em vigência a Resolução nº 3.517/2007 do Banco Central. Por isso, antes de concluir a transação, o cliente deve receber uma cópia do contrato de crédito informando o CET e a discriminação dos custos envolvidos na operação.
Porém, nem sempre o empréstimo com menos juros é o melhor ou o mais barato para o cliente. Além disso, mesmo que uma empresa ofereça juros e prazo igual a outra empresa, o custo das duas operações pode ser radicalmente diferente.
Logo, para saber qual a opção mais vantajosa, o melhor parâmetro é analisar o Custo Efetivo Total de todas as alternativas. A partir disso, o recomendável é sempre comparar usando o mesmo o mesmo valor e prazo de pagamento para saber qual alternativa é a mais barata.