Custeio por absorção ou custeio integral é um método de gestão que considera todos os custos de uma empresa. Nesse caso, todo e qualquer custo de produção, fixos e variáveis, diretos e indiretos, são incluídos no cálculo.
Dessa maneira, o conceito de custeio por absorção, diferentemente do custeio variável, remete a todos os elementos que trazem algum custo para a produção, e não apenas a matéria-prima e a mão de obra. Esse método tem origem na Alemanha e é conhecido com RKW.
O custeio por absorção é o único método aceito pela legislação brasileira para fins contábeis. No entanto, para facilitar a gestão, algumas empresas separam os custos em outras categoria e sistemas. Um desses métodos é conhecido como custo variável.
O que é custeio por absorção?
Na prática, custeio por absorção é aquele que inclui o cálculo de todos os custos de produção ou fabricação, independentemente de serem custos estruturais ou operacionais, fixos ou variáveis, diretos ou indiretos.
Custeio por absorção – Vantagens
- Está totalmente de acordo com os princípios da contabilidade e com as leis de tributação
- Engloba todos os custos de gestão, sejam fixos ou variáveis, diretos ou indiretos. Sendo assim, além do custo com matéria-prima, mão de obra, ferramentas e outros, as despesas também são consideradas.
- Possibilita um planejamento a longo prazo por possuir informações completas sobre todos os itens.
- Define com maior precisão o custo final de cada produto.
- É menos complexo e pode ser utilizado em alguma apresentação externa. A tomada de crédito, por exemplo.
Custeio por absorção – Desvantagens
- A dificuldade em elaborar um preço de venda competitivo. Isso porque não existe clareza sobre a margem de contribuição de cada produto comercializado
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A demora para gerar as informações completas, pois é necessário findar um ciclo para ter todos os custos em mãos
- Não considera os momentos de parada da empresa
- Utiliza-se, na maioria das vezes, de arbitrariedade ao considerar o rateio entre os produtos. Muitas vezes essa decisão é injusta.
O que é custeio variável?
Muitos ainda confundem custeio por absorção e custeio variável. O custeio variável ou direto significa que o custo da produção é categorizado de forma dependente da quantidade produzida. Isso quer dizer que apenas o montante de produção no período é contabilizado para fins de cálculos.
Esse tipo de custeio é mais realístico, pois considera apenas o custo do produto sem rateio arbitrário das despesas. Pode-se dizer que é mais objetivo.
No chão de fábrica, o custeio variável permite uma análise mais próxima do desempenho por setor. Assim, a tomada de decisões é mais rápida e as anomalias podem ser tratadas imediatamente.
Por outro lado, o custeio variável não é aceito pela legislação e não considera que todos os elementos fazem parte da margem de contribuição. Esse fato pode gerar uma lacuna no processo de gestão.
E os custos fixos?
Os custos fixos possuem um cálculo diferente por não dependerem da produção do período, pois incorrem mesmo que a empresa não esteja funcionando. O ideal, nesse caso, é pensar em despesas para melhor entendimento.
Internet, energia elétrica, saneamento básico, água e aluguel podem ser considerados custos fixos. Nesse caso, é preciso considerar se algum desses itens fazem parte ou não da atividade fim da empresa. A energia elétrica utilizada no funcionamento do maquinário, por exemplo, é um custo variável e direto.
Assim,o custeio por absorção é um método bastante utilizado nas empresas, mas as peculiaridades devem ser consideradas. Em alguns casos, fazer uma diferenciação entre custos fixos e variáveis pode ajudar na maximização do tempo e na agilidade das informações. Dessa forma, o custeio variável pode ser utilizado como colaborativo de uma gestão assertiva.