Se você tem cartão de crédito provavelmente, já ouviu falar em crédito rotativo, algo altamente lucrativo para os bancos, porém que pode impactar negativamente no orçamento e no planejamento financeiro pessoal.
Quando fica difícil pagar a fatura, o crédito rotativo aparece como alternativa para tornar possível a quitação daquela dívida. Mas é importante pensar bem antes de aderir a esta nada vantajosa oportunidade.
O que é crédito rotativo?
O crédito rotativo é a possibilidade de parcelar uma fatura já em aberto. Este adiamento, no entanto, é visto como um empréstimo para pagar cartão de crédito.
Por isso, o restante desta conta chegará em forma de boleto no próximo mês e ainda mais encorpada, visto que acumulará o que deixou de ser pago com o valor da fatura seguinte, acrescido de uma taxa de juros.
Justamente devido aos juros, esta opção de pagamento é rechaçada por economistas. Isso porque estas são as maiores taxas do mercado, tendo chegado a 300% ao ano.
Como funciona o crédito rotativo?
No momento em que o usuário do cartão de crédito vai realizar o pagamento da fatura existe a opção de não pagar o valor e deixar o mesmo para a próxima fatura do cartão de crédito.
Portanto, se a fatura que vence em setembro não for paga, ela automaticamente estará acumulada junto à fatura de outubro, por exemplo.
Em outubro, o usuário terá que arcar com os valores das duas faturas além dos encargos. Existe ainda a opção de parcelar a fatura ao invés de pagar tudo acumulado no mês seguinte. Assim, mês a mês, os valores das faturas de referência e aquela que foi parcelada, são pagas pelo usuário.
Características do crédito rotativo
O crédito rotativo tem algumas características próprias que precisam ser consideradas:
Não é apenas pagando o mínimo da fatura do cartão de crédito que se cai no rotativo. Qualquer valor abaixo do integral da cobrança terá esta mesma proporção de juros.
Só é possível usar o crédito rotativo uma vez. Se o consumidor não conseguir quitar a fatura seguinte, a empresa pode oferecer a ele alguma outra opção de pagamento, mas não mais o crédito rotativo.
Durante o período em que a dívida está sendo paga, o uso do cartão objeto da negociação costuma ser restrito.
Outro ponto a se atentar é que os bancos podem escolher qual será o percentual do pagamento mínimo da fatura de acordo com o contribuinte. No entanto, esta alteração precisa ser avisada ao cliente com 30 dias de antecedência.
Algumas destas regras do cartão de crédito foram criadas em 2017, para evitar que os devedores caíssem em uma bola de neve, de tal proporção, que se tornasse praticamente impossível quitar o débito.
Além disso, a alteração obriga os bancos a oferecerem formas de parcelamento com juros mais baixos.
Com isso, se hoje o cliente não conseguir pagar a fatura após ter optado pelo crédito rotativo, ele pode parcelar a dívida ou então negociar um prazo e uma taxa de juros para pagar o débito.
Quais as desvantagens do crédito rotativo?
Por mais que o crédito rotativo seja extremamente acessível, os encargos cobrados na modalidade são elevados e um dos maiores no mercado de crédito.
Observando isso, o crédito rotativo só é uma boa solução, quando o usuário precisa formalizar o pedido por crédito para não ficar em débito junto à instituição.
Depois, o mais adequado é procurar uma nova alternativa de crédito ao invés de recorrer ao parcelamento do crédito rotativo.
Cabe ressaltar que se utilizar de empréstimos para pagar despesas pessoais tende a ser ruim no longo prazo, já que a pessoa estará deixando de economizar para investir para pagar juros para instituições financeiras.
Como não entrar no crédito rotativo?
Constituiu uma reserva de emergência e manter um controle mais firme dos gastos são essências para evitar um empréstimo de emergência.
Poupar parte da renda mês a mês e aplicar esses recursos na renda fixa, pode ser a solução para momentos onde o usuário não consiga pagar a fatura do cartão.
O controle rigoroso das finanças também pode ajudar na prevenção do acúmulo de gastos e parcelas no cartão de crédito. É comum ver pessoas parcelando diversos gastos e se surpreendendo com o tamanho da fatura, quando a mesma fecha.
Outras opções para o crédito rotativo
Existem modalidades de empréstimo que possuem taxas bem menores de pagamento do que o crédito rotativo. Com isso, é bom analisá-las antes de optar por cair no rotativo, para que o saldo final da dívida seja o menor possível.
O empréstimo pessoal possui taxas um pouco menores (em torno de 4% ao mês) e é mais acessível, especialmente para quem tem um bom relacionamento com o seu banco.
Outra opção é o crédito consignado. Essa linha de crédito oferece as menores taxas, girando em torno de 1,5% ao mês.
Mas há uma desvantagem a se considerar, o valor acordado será descontado diretamente do salário do consumidor, sem que haja como deixar de pagar a dívida caso as contas do mês não fechem.
Com todas essas possibilidades apresentadas, como já foi dito, vale lembrar que o ideal é não utilizar empréstimos.
A primeira regra para os investimentos é acumular o capital a ser investido, o que vai na direção oposta à utilização de crédito.
Você compreendeu como funciona o crédito rotativo? Se não, deixe uma pregunta que já vamos lhe responder.