Cooperativa habitacional: vale a pena recorrer a uma?

Um dos principais sonhos dos brasileiros é a aquisição de um imóvel residencial próprio. O tópico até integra cursos de educação financeira. Por isso, diversas pessoas buscam auxílio em uma cooperativa habitacional.

Menos conhecida do que seus concorrentes, a cooperativa habitacional integra há algum tempo o mercado imobiliário. E promete tornar a realização de tal sonho mais fácil, adequando-se à gestão financeira do investidor em questão.

O que é cooperativa habitacional?

Cooperativa habitacional é um modelo associativo no qual um grupo de pessoas se reúne para tornar mais fácil a aquisição de uma casa própria. A intenção é baratear o processo, que é bastante caro, especialmente em alguns lugares do país.

Vale considerar que uma cooperativa, por definição, é uma associação de pessoas com um interesse em comum, que decidem juntar seus recursos para alcançar o objetivo em questão.

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No caso das cooperativas habitacionais o objetivo final é a aquisição de imóveis, sejam casas ou apartamentos.

E todas as cooperativas devem estar registradas na Organização das Cooperativas Brasileiras, para serem regulamentadas e passarem segurança aos seus integrantes.

Como funciona a cooperativa habitacional?

Quem tem interesse em recorrer a um destes empreendimentos na busca pelo imóvel próprio, precisa ter em mente que o objetivo, em geral, parte de um imóvel que ainda será construído. Ou seja, este investimento pode levar alguns anos antes de ser realmente concretizado.

Isso porque as cooperativas habitacionais trabalham com duas fases: a fase pré-operacional e a fase operacional. Na pré-operacional é elaborado o projeto e o estatuto com todas as suas regras de funcionamento, que deverá ser votado em assembleia. Em seguida, é formado o grupo de associados que participarão dele.

Para que o projeto seja executado, é preciso atingir um número mínimo de associados, que variará de acordo com o empreendimento. Mas, geralmente, a regra determina a associação de 20 pessoas para que a ideia saia do papel e se torne viável.

Caso este percentual for atingido, passa-se para a segunda etapa. Nela são repassados os prazos de entrega, com o início das obras em si. Durante todo o processo, serão realizadas assembleias, nas quais todos os associados têm o mesmo poder de voto. Nelas, serão escolhidos a diretoria e o conselho fiscal do empreendimento.

Porém, qualquer associado poderá fiscalizar o trabalho realizado se quiser. Em caso de irregularidade, estes conselhos poderão ser desfeitos e reorganizados com outros integrantes. E esta fiscalização é fundamental, afinal, trata-se da gestão de recursos financeiros importantes para os associados.

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Vantagens da cooperativa habitacional

Muitas pessoas optam por este modelo de financiamento habitacional principalmente por algumas vantagens como:

  • Autofinanciamento;
  • Ausência de juros;
  • Disponibilidade para pessoa física.

Diferente das incorporadoras, as cooperativas habitacionais são autofinanciadas. Ou seja, o dinheiro que é aplicado é oriundo dos próprios associados.

Por isso, não há a cobrança das taxas de juros encontradas no financiamento imobiliário tradicional. Isso porque não há necessidade de obtenção de lucro com estas transações. Com isso, o preço dos imóveis cooperados fica abaixo da média de mercado.

Além disso, qualquer pessoa física interessada neste modelo pode se associar. Em algumas cooperativas, não é preciso sequer comprovar renda. E ainda são aceitos associados com outros financiamentos bancários em seu nome.

Porém, é importante que o pretenso associado tenha como pagar a sua cota para, no final, para assinar os termos de ato cooperativo. Se ele não arcar com seus compromissos, o imóvel será destinado a outra pessoa (seu suplente).

Foi possível saber mais sobre cooperativa habitacional? Deixe suas dúvidas nos comentários abaixo.

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Gabriela Mosmann
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2 comentários

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  • MARCO ANTONIO 24 de novembro de 2020
    Meu pedido pode parecer complexo porem é real, somos uma Associação de Moradores devidamente constituída num processo de regularização fundiária urbana em terreno particular, já em fase de registro em cartório. nossas residências já estão edificadas o que nos falta é o pagamento do m2 ocupado. hoje estamos pagando diretamente ao proprietário do imóvel e gostaríamos de planos de financiamento mais flexíveis e a longo prazo. Existe algo no mercado? obrigado pela atenção.Responder
    • Wesley 2 de março de 2021
      É possível, fazendo um financiamento com algum banco vocês ganham maior flexibilidade, porém a incidência de juros pode acabar sendo maior, caso essa associação tenha uma liquidez (mínimo de 10%, e o indicado 20%) é possível que consigam financiar... porém o valor final tende a aumentar, acredito que o melhor caminho é de fato, pegar propostas de alguns bancos e entrar em acordo com o proprietário do imóvel....Responder