Contrato de opção: entenda como funcionam esses derivativos
Dentro do mercado de capitais existe uma série de instrumentos financeiros que visam preservar ou conferir lucros aos seus investidores. Um desses instrumentos é o contrato de opção.
Um contrato de opção é um contrato a prazo estabelecido entre duas partes. Nele, o comprador adquire o direito de comprar ou vender um ativo durante um dado período do tempo.
Esse contrato oferece ao seu comprador o direito, mas não a obrigação, de comprar ou vender o ativo subjacente a um preço previamente acordado.
O preço acordado nesses contratos é denominado preço de exercício. No Brasil, as opções podem ser exercidas a qualquer momento antes da data de vencimento do contrato.
Desse modo, quando falamos em “exercer”, isso significa utilizar o direito de comprar ou vender o título subjacente.
De maneira geral, uma opção pode ser vista como uma apólice de seguro. Por exemplo, uma opção de venda é análoga a um seguro de automóvel, pois ela permite recuperar o valor predeterminado pelo ativo.
Por outro lado, já a opção de compra é semelhante ao sinal pago na compra de um imóvel. Pois ela permite o preço fixo e a preferência na compra.
Entendendo o funcionamento do contrato de opção
Um contrato de opção é um instrumento financeiro derivativo. Ou seja, o valor de uma opção e sua característica de negociação está ligado ao ativo subjacente.
Outro ponto importante de salientar é que o titular desse contrato tem o direito, mas não a obrigação. Em outras palavras, ele poderá não exercer esse direito antes do fim do período de tempo pré-determinado, a opção e a oportunidade de exercê-la deixam de existir.
Adicionalmente, o investidor deve saber que para negociar esses contratos é preciso pagar um prêmio.
Vale mencionar que esses contratos podem esconder riscos potenciais. Pois é impossível antever situações desejadas para exercer direitos de compra e venda.
Desse modo, corre-se o risco de um dos investidores tentar cancelar a operação ou simplesmente não ser capaz de honrá-la financeiramente. E, por conta disso, todo o capital aplicado em opções pode ser perdido.
Além disso, o lançador de uma opção deve ter a capacidade financeira para cobrir eventuais prejuízos, bem como dispor de garantias suficientes para atender às exigências de margem.
Contratos de opção de compra e venda
No mercado de capitais, o investidor pode operar opções através de duas formas distintas: contratos de opção de compra e de venda.
- Opção de compra: as opções de compra dão ao seu operador o direito de comprar um título subjacente ao preço de exercício. De modo que o comprador deseja que a ação suba. Se o comprador estiver certo, e a ação subir acima do preço de exercício, esse comprador poderá adquirir as ações por um preço mais baixo. E depois vendê-lo com lucro pelo preço de mercado atual.
- Opção de venda: as opções de venda dão ao seu operador o direito de vender pelo preço de exercício, de modo que o comprador de ações deseja que a ação caia. Desse modo, o detentor de uma opção de venda se beneficia com a queda do preço da ação subjacente. Pois, se a mesma realmente cair, o lançador da opção de venda é obrigado a comprar as ações ao preço de exercício.
Portanto, é muito importante ressaltarmos que um contrato de opção não deve ser feito por investidores iniciantes. Geralmente essas operações envolvem elevados riscos de perda do principal, o que pode prejudicar fortemente um investidor ainda inexperiente na área.