Contas retificadoras: entenda como funciona essa correção contábil
Presentes nos balanços patrimoniais das empresas, as contas retificadoras podem ser um tema confuso para quem não está acostumado com tal tipo de informação.
Ainda assim, as contas retificadoras são essenciais para que os acionistas tenham acesso a dados mais corretos acerca do empreendimento, como o lucro bruto.
O que são as contas retificadoras?
As contas retificadoras são grupos de contas utilizadas para ajustar o saldo de um mesmo grupo de contas no balanço patrimônial. Ou seja, elas podem estar inseridas tanto no ativo, quanto no passivo ou ainda direto no patrimônio da empresa.
Com o seu uso, as informações se tornam mais realistas, tanto com relação às dívidas do empreendimento, quanto com relação ao seu lucro e crescimento.
As contas retificadoras foram criadas para atender ao princípio contábil da prudência. Sua premissa é nunca antecipar lucros e sempre prever possíveis prejuízos.
Como funcionam as contas retificadoras?
De certa forma, pode-se dizer que as contas retificadoras são o oposto das contas normais. Até porque, em geral, as contas retificadoras afetam o saldo do grupo no qual estão inseridas diminuindo-o.
Por isso, as contas retificadoras também são conhecidas como contas redutoras.
Logo, quando o valor das contas redutoras aumenta, o total do valor do local onde ela está inserida diminui.
Contas retificadoras e seus impactos
As contas redutoras mais recorrentes no ativo (circulante ou permanente) são:
- Provisão para Devedores Duvidosos (PCLD);
- Depreciação acumulada;
- Capital a realizar;
- Duplicatas descontadas.
Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD)
A Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa está entre as contas redutoras do ativo circulante.
A PCLD é o valor referente à inadimplência de um mau pagador, que é bastante frequente em casos de venda a prazo.
Ou seja, é o valor do prejuízo tomado pela empresa. Logo, trata-se de uma conta de natureza devedora.
Deste modo, ela se contrapõe ao campo de contas a receber, com sua soma gerando o saldo líquido do ativo circulante.
Depreciação acumulada
A depreciação acumulada, por sua vez, está inserida nos ativos permanentes do empreendimento.
Seu papel é calcular a perda de valor dos bens imobilizados, como maquinário e imóveis.
Contas redutoras de patrimônio
Já entre as contas redutoras do patrimônio está a capital a integralizar.
Nela, constam os valores que ainda devem ser pagos pelos sócios do empreendimento para a própria empresa.
Além desse exemplo, outra conta retificadora, desta vez do passivo, é a duplicata descontada, que possui um saldo credor.
Ou seja, a cada duplicata paga pelo devedor, o valor passará a constar no saldo bancário da empresa e a ser registrada nesta conta retificadora.
Sendo assim, seu aumento reduz a conta de custos do empreendimento.
Funções das contas retificadoras
De modo geral, as contas redutoras são utilizadas para mostrar se os ganhos superam os custos ou não.
Ou seja, se os custos forem maiores que o lucro, é preciso ajustar pontos dentro da empresa, como estoque, maquinário ou até móveis.
Portanto, isso é necessário para que a empresa continue funcionando, tendo como quitar seus compromissos financeiros e continuar funcionando.
Para compreenderem melhor estas contas redutoras, os interessados podem recorrer ao curso de Contabilidade para investidores, oferecido pela Suno Research.
Desta forma, quem não conhece a fundo temas contábeis pode se inteirar de tais assuntos e ainda encontrar formas de utilizá-lo em favor próprio.
Isto vale, inclusive, para as contas retificadoras.