Empresas brasileiras usam a American Depositary Receipt (ADR) para terem as ações negociadas na Bolsa de Nova York, centro do mercado financeiro mundial. Mas para isso, precisam seguir os princípios da contabilidade internacional.
As normas da contabilidade internacional têm uma grande importância para as empresas que precisam apresentar as demonstrações financeiras para empresas e pessoas de outros países.
O que é contabilidade internacional?
A contabilidade internacional é um conjunto de regras contábeis que dizem respeito a demonstração das atividades financeiras para que as empresas tenham sucesso e longevidade nos negócios internacionais.
É um conjunto de regras contábeis padronizadas (International Financial Reporting Standards – IFRS) a serem seguidas da mesma forma em diversos países, sendo elas emitidas pelo Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (Internacional Accounting Standards Board – IASB).
Além de tornar mais claro o fluxo de informações relacionadas aos negócios, as normas internacionais de contabilidade simplificam o trabalho das empresas que tem operações fora do seu território de origem ou que possuem filiais em outros países. Assim, o uso desse padrão permite a elas ter um melhor controle de suas atividades.
Além de deixar as informações claras, a contabilidade internacional tem outras vantagens, como:
- Confiabilidade: uma vez que todos podem entender as demonstrações financeiras, é mais fácil confiar nos números apresentados;
- Gerenciamento: demonstrações financeiras claras dão à gestão mais informações para tomada de decisões;
- Equiparação: quando as informações seguem um padrão, é possível comparar demonstrações fiscais e informações de desempenho;
Isto é, empresas, investidores e governos se beneficiam da padronização contábil. Além disso, torna mais transparente a gestão financeira das companhias que a adotam.
Hoje, as normas contábeis internacionais começam a substituir, em muitos casos, os padrões de contabilidade nacionais. Isso acontece como consequência do fenômeno de globalização, que acaba por integrar as economias e mercados de diversos países.
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História da contabilidade internacional
Dez países foram responsáveis por criar o International Accounting Standards Committee, conhecido como IASC. O objetivo desse comitê, como o nome sugere, foi o de criar normas internacionais de contabilidade. Suas normas permanecem vigentes desde 1973.
Anos depois, em 2001, todas as normas publicadas pela organização passaram a ser chamadas de International Financial Reporting Standard (IFRS).
A última norma IFRS foi publicada em 2003, mas passou a vigorar apenas seis anos mais tarde. Esta diferença entre a publicação da regra e sua entrada em vigor serve para que empresas e governos se adaptem às mudanças. A última alteração tratou sobre a padronização dos relatórios financeiros. Até hoje, já foram publicadas 16 IFRS.
Como funciona a contabilidade internacional no Brasil:
Todas as empresas brasileiras que possuem títulos públicos precisam seguir as normas internacionais.
Além disso, as instituições financeiras também precisam seguir o International Financial Reporting Standard. No país, as normas internacionais são ajustadas e adequadas pelo Conselho de Pronunciamento Contábeis (CPC).
O Brasil não segue as normas de contabilidade dos Estados Unidos. A contabilidade americana têm regras especificidades técnicas difíceis de serem adaptadas para realidade brasileira. Conhecido como US GAAP, o modelo também é pouco aceito mundialmente.
Para se ter uma ideia de sua aceitação, as normas do IFRS são padrão, em pelo menos, 110 países. Por isso, ao optar por um modelo, é importantes estar atento a aceitação das normas do mesmo. A contabilidade internacional tende a crescer conforme aumente a globalização dos mercados.
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