A disposição do consumidor em comprar e demandar produtos e serviços é fundamental para o funcionamento da economia. Por isso, um dos indicadores mais importantes para realizar qualquer análise sobre o mercado é o chamado índice de confiança do consumidor.
A confiança do consumidor é frequentemente divulgada nos jornais e sites de economia. Logo, compreender o seu significado é essencial para qualquer avaliação sobre a conjuntura macroeconômica de um país.
O que é a confiança do consumidor?
Confiança do consumidor é uma série de dados e indicadores calculados pelos institutos de economia que medem a disposição do consumidor em comprar e demandar bem e serviços no mercado em um período futuro.
Quando é falado sobre a confiança do consumidor, os veículos se referem ao índice de confiança do consumidor medido pela Fundação Getúlio Vargas, a FGV. A sigla do índice é o ICC. Os dados são apresentados mensalmente e são mensurados nas 3 primeiras semanas do mês.
A pesquisa teve inspiração nos dados de expectativa do consumidor da Europa e principalmente dos Estados Unidos — onde o livro bege é considerado de relevante importância na definição de políticas econômicas.
Como funciona o ICC?
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) é encarado como uma medida de indução ou redução do crescimento econômico.
Na entrevista feita para compor o índice, o consumidor é perguntado sobre a sua percepção em relação à economia, sobre as suas finanças pessoais e sobre as suas expectativas em relação ao futuro.
Por fim e mais importante é perguntado se o investidor tende a gastar mais. Essa questão é crucial, pois o consumo é tido com um dos principais fatores que movem o PIB.
Consumidores desejando consumir, portanto, indica altas chances de crescimento econômico.
Enquanto que a falta do desejo de consumir pode indicar uma desaceleração da economia.
A trajetória do índice de confiança do consumidor no Brasil
Acima você pode ver a trajetória do índice de confiança do consumidor no Brasil.
Observe que, de 2011 até o pico da crise econômica a confiança esteve em derrocada. Esse fato serve para comprovar a capacidade do índice em prever acontecimentos macroeconômicos.
A crise econômica só passou a atingir de fato o país em 2014. Porém, analistas mais astutos já sabiam, com a ajuda da análise dos índices de confiança, que a economia não estava bem.
Observe também que, a partir de 2015, a confiança ensaia uma recuperação. Isso condiz com o que ocorreu com o PIB brasileiro que parou de cair e passou a subir levemente nos anos de 2017 e 2018.
A confiança, porém, ainda está longe dos patamares de 2014, quando começou a cair — indicando que ainda há muito espaço para a confiança aumentar antes de a economia brasileira retomar a rota do crescimento sustentável.
Índice de confiança do empresário
Além do índice de expectativas do consumidor, são auferidos também medidas análogas em relação ao empresário, através do Índice de Confiança do Empresário. Esse indicador, por sua vez, prever o volume de investimento futuro da economia.
Logo, se os empresários se demonstram mais confiantes isto significa que a economia tende a crescer. Afinal, investimentos serão feitos e postos de trabalho serão criados.
Enquanto que, se a confiança dos empresário cai isto pode significar que os investimentos irão diminuir. Assim, isto é interpretado como um sinal ruim para a economia — já que menos investimentos se traduzem em menos postos de trabalhos criados.
Ainda, se a confiança dos empresários estiverem muito baixa, isto pode ocasionar em demissões.
É interessante notar, também, que os próprios empresário se interessam em analisar a confiança do consumidor. Afinal, consumidores mais confiantes significam uma maior demanda.
Justamente por isto, os empresários e analitas de mercado costumam acompanhar atentamente a confiança do consumidor através do ICC. Para fazer o mesmo e se manter atualizado com estas e outras informações, assine agora mesmo a nossa Lista de Whatsapp e receba gratuitamente, direto no seu celular, as principais notícias do mercado e informações econômicas do dia.