Conciliação contábil: a checagem de informações para um balanço preciso

Um dos requisitos de qualquer demonstração financeira é a realização de uma conciliação contábil.

A conciliação contábil não é feita apenas quando as contas em questão estão na Justiça ou em câmaras de arbitragem, mas sim como prática recorrente dentro das empresas.

A conciliação contábil é o processo de comparação dos valores debitados e creditados nas contas de uma instituição, a fim de investigar a presença de divergências tributárias e buscar uma maior assertividade na contabilidade. Tal ação pode ser realizada da maneira mais conveniente para a empresa, podendo ser mensal, trimestral, semestral ou anual.

Com a conciliação contábil, fica mais clara a compatibilidade dos dados presentes nas demonstrações financeiras com a realidade do negócio.

Conciliação contábil e a ECD

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Esta conciliação se tornou ainda mais importante com a chegada da Escrituração Contábil Digital (ECD).

Isso porque informações incorretas agora são cruzadas de forma mais fácil pela Receita Federal.

E as incorreções geram multas. Essas podem atingir os profissionais da Contabilidade, se o erro for do Contador, ou o empresário, se a informação incorreta partir dele.

Esta penalidade por informações inexatas, incompletas ou omitidas será de 3% do valor das transações comerciais ou das operações financeiras informadas.

Esse valor não será inferior a R$ 100,00.

No caso das pessoas físicas, a multa cai para 1,5% do total das transações. Porém, não inferior a R$ 50,00,
Lembrando que a ECD corresponde ao que antes era feito em papel como:

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  • Livro Diário e seus auxiliares;
  • Livro Razão e seus auxiliares; e
  • Livro Balancetes Diários, Balanços e fichas de lançamento comprobatórias dos assentamentos neles transcritos.

Como é feita a conciliação contábil

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A conciliação contábil é feita a partir da análise do sados das contas contábeis, a fim de promover os ajustes necessários na escrituração contábil.

Por isso, este trabalho implica na consulta de documentos, demonstrativos e relatórios a fim de checar a origem dos dados.

Esse trabalho é feito pelo contador, que deverá focar em pontos de conflito recorrentes em balanços.

Um exemplo disto está na conta Caixa, que deverá bater com os Boletins de Caixa e o Razão da conta Caixa, especialmente se estes forem elaborados por terceiros.

Outro ponto importante é a análise dos extratos bancários do empreendimento. Isso porque os lançamentos devem condizer com o que está apresentado no Razão Contábil.

O mesmo vale para as contas de aplicações financeiras. Estas, por sua vez, devem bater tanto com os extratos bancários quanto com a planilha eletrônica de apropriação das receitas financeiras.

Os dados sobre duplicatas a receber precisam ser os mesmos presentes no relatório de contas a receber.

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A conta de estoque também deve ser verificada. Isso porque esta precisa bater com o total da posição do Inventário no fechamento anual do balanço.

Mas, neste ponto, é preciso considerar algumas possibilidades.

Por exemplo, se a empresa for do regime tributário de Lucro Real Trimestral, essa verificação será feita a cada período.

Todas as informações presentes em um balanço patrimonial são importantes para que o investidor saiba qual é a real situação do negócio.

Logo, por mais trabalhosa que seja, a conciliação contábil é essencial para que a informação repassada aos acionistas e ao mercado como um todo seja precisa.

ACESSO RÁPIDO
Tiago Reis
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