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    Tudo sobre a Bolsa de Valores: saiba como funciona a B3

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    Muitos investidores se interessam pela bolsa de valores devido ao potencial de valorização proporcionada por ela, ao longo dos anos. Mas, para alcançar bons resultados, é importante conhecer e aplicar as estratégias de investimento, como a análise fundamentalista.

    Além disso, é preciso entender bem como a bolsa de valores funciona, conhecendo quais os tipos de ativos negociados e escolher qual se encaixa melhor no seu perfil e objetivo como investidor. Nesse cenário, os aportes regulares, uma estratégia adequada e o aprendizado constante, são primordiais para um bom resultado.

    O que é bolsa de valores?

    O que é bolsa de valores?

    A bolsa de valores é o ambiente de negociação onde os investidores podem comprar e vender diferentes ativos, os chamados valores mobiliários.

    Entre esses ativos estão, principalmente, as ações de empresas, como também, os fundos imobiliários (FIIs), ETFs (Exchange Traded Funds), opções e outros títulos.

    Na perspectiva daqueles que negociam na bolsa, o objetivo das operações é, basicamente, obter ganhos com os investimentos. E na visão das empresas, a bolsa de valores pode ser um excelente caminho para captar recursos e transformar a companhia em uma sociedade anônima de capital aberto.

    Essas duas perspectivas — do investidor e da empresa —  ajudam a distinguir o mercado primário e o mercado secundário da bolsa. Sendo que eles são:

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    • No mercado primário a empresa negocia diretamente com os investidores na bolsa, vendendo novas ações. O dinheiro arrecadado tem como destino o caixa da companhia

    • No mercado secundário os investidores da bolsa compram e vendem ações já existentes das empresas. Assim, o dinheiro e o papel apenas trocam de mão. Esta operação não envolve o caixa da companhia.

    Vale destacar que a existência da bolsa de valores é fundamental para garantir a segurança nas negociações dos títulos das empresas. Além disso, outra função da bolsa de valores é a capacidade de oferecer liquidez para o mercado, garantindo que os diversos valores mobiliários possam ser comprados e vendidos com facilidade.

    Qual a importância da bolsa de valores?

    Depois de conhecer um pouco mais sobre o que é a bolsa de valores, é fundamental que todas as pessoas — e não só os investidores — conheçam um pouco sobre qual a importância da bolsa de valores. Afinal, ela é responsável por influenciar positivamente a vida de toda a população.

    Isso porque, dentre os benefícios da bolsa de valores estão:

    • Redução das assimetrias de informação;
    • Democratização dos investimentos;
    • Redução dos custos de transação;
    • Queda no risco de negociação;
    • Aumento da competitividade entre as empresas;
    • Financiamento de inovações.

    Dentre esses pontos positivos, talvez o mais importante seja a capacidade que a bolsa de valores possui, em financiar inovações. Inovações estas capazes de gerar conhecimento, tecnologia e de criar riquezas para toda a sociedade.

    Isto pode parecer político ou até marqueteiro, mas as bolsas de valores são reconhecidamente um dos melhores mecanismos de gerar valor para a sociedade. Sendo que isso ocorre pela alta capacidade de financiamento às empresas que elas oferecem.

    Em termos práticos, as companhias podem recorrer às bolsas para levantar capital com os investidores do mercado de maneira simples, rápida e barata. Ao contrário dos métodos convencionais de financiamento — por exemplo, os empréstimos bancários.

    Por isso, as companhias são capazes de levantar um montante de recursos muito maior no mercado devido à existência das bolsas. Desse modo, as empresas, utilizam esses recursos, por exemplo, para investirem em pesquisa e desenvolvimento (P&D), com o objetivo de aumentarem a eficiência — o que reduz os preços no mercado — e de criarem produtos.

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    O que é o mercado de ações?

    O que é o mercado de ações?

    O mercado de ações é o nome dado ao mercado em que é possível comprar, vender e alugar ações – e outros ativos de renda variável – com o intuito de buscar lucro.

    Sendo assim, investidores podem comprar ações de empresas e fundos de investimento para multiplicar o seu capital ao longo do tempo.

    Existem aqueles que buscam estratégias de investimento de mais longo prazo, buscando ações com fundamentos e boas perspectivas para o futuro; e, por outro lado, existem aqueles que fazem especulações de curto prazo com os ativos.

    Assim, o mercado precisa da ação de vários agentes para funcionar de forma harmônica. Cada um possui uma missão fundamental na saúde desse ecossistema.

      Negociação

      A negociação dos ativos ocorre no home broker, um ambiente virtual da bolsa de valores em que é possível colocar ordem de compra e venda de ativos pelo preço desejado.

      Esse ambiente pode ser acessado pela corretora de valores durante o período de pregão para que ele possa comprar seus ativos e investir.

      Regulação

      A regulação de mercado é feita para que seja possível negociar os ativos de forma segura e sem riscos para o investidor. O órgão responsável por essa atuação no Brasil é a CVM, a Comissão de Valores Mobiliários.

      Vale notar, no entanto, que cada país possui um órgão desse tipo. Nos Estados Unidos, o nome dele é SEC, Securities and Exchange Commission.

      Intermediação

      A intermediação das negociações em bolsa é feita pela corretora de valores, através da qual ocorre a compra e venda de ativos.

      Mas vale notar que o dinheiro investido não está atrelado à corretora: é possível fazer transferência de custódia para outra instituição caso o investidor assim deseje.

      Empresas negociadas

      De fato, as empresas negociadas são parte fundamental do ambiente da bolsa, pois sem elas não haveria investimento. Existem empresas de todo tipo de setor e de diferentes tamanhos de mercado.

      Vale notar que também existem outros ativos nesse mercado, como fundos geridos por gestores profissionais que fazem a seleção de ativos para investidores, e até mesmo fundos passivos que possuem a carteira atrelada a um índice.

      Investidores

      Por fim, os investidores são aqueles que compram ações das empresas visando ganhar lucros, seja através da valorização, da distribuição de dividendos ou da recompra de ações.

      Com relação ao perfil do investidor, existem vários. Por exemplo, há investidores de longo e de curto prazo, que investem apenas em ações ou em outros ativos, que possuem muitas ou poucas ações, etc. Tudo isso depende da estratégia definida pelo investidor e do seu perfil de risco.

      Como funciona a bolsa de valores?

      Como funciona a bolsa de valores?

      Inicialmente, muitos investidores iniciantes podem se sentir confusos com tantas informações a respeito da bolsa. Mas para evitar que isso aconteça, é fundamental entender os principais pontos sobre como funciona a bolsa de valores e o mercado de capitais.

      Mercados da bolsa de valores

      Como já foi colocado, a bolsa de valores possui dois principais mercados de negociação, o mercado primário e o secundário. A principal diferença entre eles diz respeito entre quem são realizadas as operações e para onde o recurso da negociação é destinado. Sendo que:

      1. Mercado primário

      No mercado primário da bolsa de valores, as negociações dos títulos acontecem entre a empresa e algum agente do mercado, como um investidor pessoa física, um fundo de investimento ou um investidor estrangeiro. Ou seja, em resumo, é o mercado onde a empresa negocia no mercado com algum agente financeiro.

      Nessa operação, as ações compradas pelo investidor são novos papéis emitidos pela companhia que está realizando a venda, sendo que o recurso da venda é direcionado para o caixa da companhia. Dessa forma, haveria um aumento de capital da empresa.

      Na maior parte das vezes, as empresas operam no mercado primário durante a abertura de capital na bolsa de valores, processo conhecido como IPO (Initial Public Offering). Neste evento, a empresa deixa de ser uma sociedade anônima de capital fechado para se tornar uma S/A de capital aberto, com ações sendo negociadas no mercado.

      Por conseguinte, a abertura de capital de uma companhia é realizada com o objetivo de captar recursos no mercado para financiar o seu crescimento. Nessa perspectiva, o capital levantado vem justamente da emissão e venda de novas ações no mercado primário.

      2. Mercado secundário

      Além do mercado primário, há também o mercado secundário da bolsa de valores, o qual, inclusive, movimenta volumes financeiros muito maiores. Basicamente, o secundário reúne todas as negociações de títulos que acontecem entre investidores da bolsa de valores, não envolvendo como parte da operação a companhia emissora do título.

      Em outras palavras, quando um investidor compra uma ação de outro investidor ele está operando no mercado secundário. E quando ele participa de uma oferta primária de ações em um IPO ou uma oferta subsequente (follow-on), então ele está negociando no mercado primário.

      Vale destacar que a maior parte das operações que acontecem na bolsa de valores são realizadas no mercado secundário. Afinal de contas, as negociações do dia a dia do mercado acontecem entre investidores, e não entre eles e as empresas de capital aberto.

      Regulação da bolsa de valores

      Um ponto importante de conhecer diz respeito à regulação da bolsa de valores. Afinal de contas, esse mercado é responsável pela movimentação de grandes volumes de capital, fato que carece de uma atenção a fiscalização especial.

      No caso, cada uma das bolsas de valores do mundo possui seu próprio órgão de fiscalização. E, no Brasil, essa tarefa está ao cargo da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que atua, como uma espécie de “polícia do mercado”.

      Essa comissão reguladora da bolsa é um órgão público do governo brasileiro que fica vinculado ao Ministério da Fazenda do país. Entre suas principais funções estão, por exemplo:

      • Garantia de um funcionamento justo e legal da bolsa de valores e de balcão;
      • Estímulo ao investimento da população em valores mobiliários;
      • Proteção dos investidores do mercado contra atos irregulares e ilegais;
      • Fiscalização de insider trading e formação irregular de oferta, demanda e preço;
      • Garantir o acesso tempestivo e público sobre as informações dos valores mobiliários.

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      Estratégias de investimento na bolsa de valores

      No funcionamento da bolsa, existem diferentes estratégias de investimentos utilizada por investidores e especuladores. Neste sentido, as principais estratégias de investimento na bolsa de valores são:

      • Buy and Hold;
      • Day trade;
      • Swing trade.
      Buy and Hold Buy and Hold

      A primeira — é uma das mais bem sucedidas —  estratégias da bolsa de valores, o famoso: buy and hold. Como o próprio nome em inglês diz, nessa estratégia o investidor compra as ações e segura, evitando ao máximo vendê-las.

      Por isso, ao adquirir uma ação de uma empresa, normalmente o “Investidor holder” analisa muito bem os fundamentos qualitativos e quantitativos da companhia. Afinal, ele adquire um papel no mercado de ações com foco no longo prazo, e com o objetivo de não se desfazer do ativo em um curto espaço de tempo.

      Historicamente, a estratégia do buy and hold tem se provado muito vencedora. Afinal de contas, investidores normalmente vendem as ações de empresas pelos motivos ou no momento errado. Por exemplo, quando os papéis estão em baixa ou quando eles sobem muito rapidamente.

      Contudo, tanto o período de baixa quanto uma alta expressiva não configuram, por si só, razões para a alienação. Então, o que acontece na maior parte das vezes é que investidores que vendem na baixa perdem a oportunidade de comprar ativos por preços mais atrativos. E aqueles que vendem na alta deixam de ganhar ainda mais com futuras altas nos preços.

      Esse erro nas movimentações frequentes das ações do investidor ficou muito bem demonstrado por um estudo realizado com fundos de investimentos nos Estados Unidos. Neste artigo, o estudo mostrou que os cotistas com a maior rentabilidade eram aqueles que esqueceram o investimento ou que haviam falecido.

      Coincidentemente, esses eram também os cotistas que realizaram, obviamente, o menor número de operações de compra e de venda. Essa falta de paciência de muitos investidores que não praticam o buy and hold é evidenciado por Charlie Munger na seguinte frase:

      “O dinheiro de verdade não está na compra e na venda, mas na espera”.
      Charlie Munger

      Day trade  Day trade

      Outra estratégia muito praticada na bolsa de valores é o day trade. E ao contrário do buy and hold, essa estratégia já foi comprovadamente considerada fracassada, dando prejuízo para a maior parte daqueles que a praticam.

      Basicamente, no day trade o investidor de ações ou de outros ativos da bolsa assume uma posição de especulação. Assim, ele utiliza da análise de gráficos, a chamada análise técnica, para conseguir encontrar tendências de alta ou de baixa na cotação dos ativos.

      Então, independente de qual seja o ativo, o day trader está disposto a comprar ou vendê-los em um mesmo dia com o objetivo de auferir um lucro diário. Com esse lucro, o day trader espera conseguir uma renda suficiente para arcar com seu padrão de vida.

      Contudo, foi provado em um estudo feito pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) que apenas 0,10% daqueles que praticam o day trade conseguem um lucro superior a 300 reais por dia.

      Em outras palavras, o trader sofre do estresse de operar dia a dia no mercado de bolsa de valores para ter uma chance de estar os 0,10% que conseguem lucrar cerca de 6 mil reais por mês. Sem dúvida, não é uma boa estratégia de investimento para o longo prazo.

      Swing trade  Swing trade

      Por fim, outra estratégia especulativa na bolsa é conhecida como swing trade. Assim como no day trade, nessa estratégia o trader também busca lucrar com operações de compra e venda no curto prazo.

      Além disso, grande parte dos investidores que praticam swing trade, também costumam utilizar a análise gráfica como guia para tomada de decisão.

      Contudo, a diferença é de que — ao contrário do day trade —  as operações de swing trade costumam durar dias ou até semanas. Contudo, apesar dessa diferença, as duas estratégias são consideradas especulativas e, no longo prazo, tendem a gerar prejuízos para os traders.

      O que leva uma empresa a abrir capital na Bolsa?

      O que leva uma empresa a abrir capital na Bolsa?

      De fato, sempre ouvimos falar em IPO e sobre companhias que buscam capital bilionário por meio da bolsa. Mas para que isso serve?

      As vantagens da abertura de capital para a empresa são:

      • Acesso a capital;
      • Liquidez patrimonial;
      • Visibilidade.

        Acesso a capital

        Em primeiro lugar, essa é uma forma da empresa de levantar capital para expandir as suas operações e crescer ainda mais.

        Quando uma empresa quer juntar caixa para investir em novos projetos, ela pode vender parte de suas ações para os empreendedores.

        Assim, ela poderá crescer, fazer aquisições, expandir para novas áreas e novos mercados, entre outras atividades.

        Liquidez patrimonial

        Com as ações sendo negociadas em bolsa, a liquidez aumenta, uma vez que elas podem ser negociadas diretamente através do home broker.

        Assim, fica mais fácil para investidores que alocaram capital no início da vida da empresa saírem da companhia quando preferirem – algo muito comum com fundos de private equity, por exemplo.

        Além disso, a empresa pode recomprar as suas ações para cancelá-las em tesouraria e gerar valor ao acionista, que passa a ser dono de uma parte maior da empresa.

        Visibilidade

        Por fim, uma empresa que abre capital adquire visibilidade, pois esse é um sinal de maturidade dos negócios em questão.

        Nesse sentido, a empresa pode conseguir mais público, melhores fornecedores e parceiros de negócios, pois conta com maior reputação.

        História da bolsa de valores

        História da bolsa de valores

        Um tópico pouco falado, diz respeito à história da bolsa de valores. Isto é, sobre como ela surgiu e veio a se tornar um mercado tão relevante e fundamental para o funcionamento da economia mundial.

        Curiosamente, os primeiros indícios de uma bolsa de valores remonta a anos anteriores à descoberta do Brasil, em meados de 1285. Nessa época, na Bélgica, alguns nobres da época se reuniam na casa da família Van der Burse para realizarem alguns negócios.

        Como naquela época não era comum a numeração das casas e dos edifícios, os prédios eram referidos pelo brasão da família a que pertenciam. No caso dos Van der Burse, haviam três bolsas no desenho do brasão, o que fez com que a sua casa ficasse conhecida como algo próximo de “a casa das bolsas”.

        Na casa das bolsas dos Van der Burse, nobres europeus se reuniam para investir em expedições marítimas da época, as quais eram muito caras e, normalmente, financiadas por mais de um nobre.

        E para fazer parte dos lucros das viagens, esses nobres recebiam uma espécie de título proporcional ao investimento realizado que dava direito a um percentual de lucro auferido na expedição. Quanto mais bem-sucedida e administrada a viagem dos marinheiros da época, maior seria o lucro repartido entre os investidores.

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          Primeira bolsa de valores

          Apesar dos primórdios do mercado acionário se remeter a 1285, a primeira bolsa de valores só foi criada oficialmente em 1531, na Bélgica. Essa era a chamada Bolsa da Antuérpia, onde títulos de empréstimos eram negociados entre investidores da época.

          A Bolsa da Antuérpia não foi a primeira a negociar ações. Na verdade, esse feito só foi conquistado em 1602 pela Bolsa de Amsterdã. Neste ano, a Companhia Holandesa das Índias orientais foi a primeira a ter papéis negociados no mercado.

          Naquela época, a companhia estava em grande expansão em suas expedições marítimas e necessitava de muitos recursos para realizar suas viagens. Assim, ela constituiu a Bolsa de Amsterdã, a qual era responsável pela emissão de suas ações.

          Diferentemente dos investimentos dos nobres nas viagens, as ações da companhia eram emitidas em grande quantidades. Por conta disso, essas ações possuíam menor valor, o que garantia que um público maior pudesse financiar as viagens da empresa.

          Em contrapartida, aqueles que compravam as ações e ajudavam no financiamento das expedições recebiam, literalmente, um papel que dava direito a repartição de lucros futuros auferidos pela Companhia Holandesa das Índias orientais. Em outras palavras, os papéis davam direito a uma espécie de dividendo da empresa, assim como na atualidade.

          Quais são os ativos negociados na bolsa de valores?

          Quais são os ativos negociados na bolsa de valores?

          Apesar de as ações serem os ativos mais conhecidos negociados na bolsa, é preciso destacar que existem outros ativos negociados na bolsa de valores que são fundamentais para a indústria de investimentos. Alguns desses ativos são:

          O que é uma ação?

            Ações

            Como foi colocado, as ações são os ativos negociados na bolsa mais conhecidos. Sendo que esta popularidade não acontece à toa, uma vez que o volume financeiro gerado pelas negociações das ações, movimenta muito mais dinheiro, em comparação aos demais ativos.

            Resumidamente, as ações são pequenas participações acionárias que podem ser compradas e vendidas na bolsa de valores. Então, ao adquirir o papel de uma companhia, o investidor pode se considerar sócio da mesma.

            Afinal, toda empresa de capital aberto é dividida em ações, e quanto mais ações a pessoa detém, maior é a sua participação acionária. E por deter um percentual da companhia, mesmo que pequeno, o acionista passa a ter direito de usufruir dos lucros que a empresa reporta ao longo do tempo.

            No Brasil, esse benefício do acionista em relação ao lucro acontece, na maior parte das vezes, por meio do recebimento de dividendos. Sendo que este é, simplesmente, uma distribuição do lucro entre a totalidade das ações, por exemplo:

            Lucro da empresa X: R$1.000.000,00;
            Número de ações da empresa X: 10.000.000;
            Dividendo por ação: 1.000.000/10.000.000 = R$0,10.

            Neste caso, a empresa X distribuiu a totalidade do seu lucro de 1 milhão de reais em forma de dividendos. E como a companhia possui um total de 10 milhões de ações, cada papel tem o direito do recebimento de 10 centavos como provento. Ou seja, quanto mais ações, mais dinheiro o investidor receberá na sua conta.

            Opções

            O segundo ativo negociado em bolsa de valores são as opções. Sendo considerado um derivativo financeiro sofisticado e mais arriscado, as opções podem servir como seguros de carteiras de investimentos e também como instrumento de especulação no mercado.

            Muito comum nos fundos de investimentos, as opções podem fazer muito sentido ao serem tratadas como seguros de carteiras. Por exemplo, quando o mercado cai com muita intensidade, algumas opções podem se multiplicar por várias vezes, reduzindo a queda total do portfólio.

            Por outro lado, nessa mesma situação, caso o mercado não caia, a opção vira pó e perde o seu valor. Em outras palavras, é como o seguro fosse pago (na compra da opção), mas não precisasse ser acionado (na transformação da opção em pó).

            Além disso, o mercado de opções também é utilizado por alguns especuladores gananciosos do mercado como um instrumento de especulação. Assim, ao invés de deixar um pequeno percentual da carteira nesses ativos, traders costumam concentrar seus recursos em opções com o objetivo de conseguir multiplicar por várias vezes o capital aplicado — estratégia que tende, historicamente, gerar prejuízos no longo prazo.

            ETFs (Exchange Traded Funds)

            Outro ativo muito importante e que tem ganhado muito espaço na indústria de bolsa de valores são os ETFs (Exchange Traded Funds). Esse ativo funciona como um fundo de investimentos que é negociado na bolsa como um ativo de renda variável.

            Também chamado de fundo passivo, os ETFs são criados com metodologias pré-estabelecidas de investimento. Com isso, a gestão do fundo possui apenas o trabalho de garantir que a carteira do ETF esteja de acordo com o que foi proposto em sua metodologia.

            Além disso, destaca-se que a maior parte dos ETFs são fundos de índices, os quais possuem a metodologia de investir exatamente nos mesmos ativos e na mesma proporção de determinados índices do mercado, como:

            E por serem fundos, o cotista do ETF não possui o trabalho de acompanhar as empresas e de comprar e vender as ações. Afinal a gestão do fundo é quem fica responsável por isso. Além disso, ao comprar uma única cota, o investidor do ETF se expõe a diversas ações de empresas, ficando diversificado.

            No entanto, como foi colocado, a gestão de um Exchange Traded Fund é passiva, o que significa que o gestor do fundo não pode fazer stock picking por conta própria. Isto é, não pode comprar ou vender ações de acordo com suas próprias análises. Na verdade, o gestor deve adequar a carteira do ETF sempre aos ativos do seu índice espelho, respeitando as suas devidas proporções.

            E por esse trabalho ser mais simples, as taxas de administração dos fundos passivos são muito baixas, ficando, na maior parte das vezes, menor que 0,5% ao ano. Afinal de contas, a gestora do ETF não precisa de uma estrutura de análise como um fundo de investimento ativo.

            Fundos Imobiliários (FIIs)

            Mais um tipo de ativo negociado na bolsa de valores são os Fundos Imobiliários (FIIs). Em suma, esses fundos, como o próprio nome diz, investem em ativos imobiliários para auferir uma renda recorrente ao longo dos meses. Normalmente, esta renda vem através da locação dos seus imóveis, que podem ser:

            • Galpões logísticos;
            • Shoppings centers;
            • Lajes corporativas;
            • Hotéis.

            Com essa renda dos aluguéis desses imóveis, o FII paga suas despesas e distribui o resultado líquido mensalmente para os seus cotistas. Isto é, para aqueles que compraram suas cotas na bolsa de valores.

            Esse tipo de investimento é bastante interessante e tem ganhado muito espaço no Brasil. Isso porque, apesar de ser um investimento em renda variável (por ser negociado na bolsa), as cotas dos FIIs no mercado possuem uma volatilidade média muito inferior às ações e aos ETFs.

            Além disso, o recebimento mensal de proventos também é uma grande vantagem desse investimento. Afinal de contas, o cotista tem mais previsibilidade nas suas receitas, podendo até, custear o seu padrão de vida, via Fundos Imobiliários

            BDR (Brazilian Depositary Receipts)

            Os BDRs, representam uma forma de investir em ações e ETFs do exterior. Sendo que o título não é a ação ou o ETF em si. Ao invés disso, o BDR é a representação daquele ativo.

            Ou seja, ao comprar um BDR, o investidor estará adquirindo um certificado de depósito, cujo lastro está vinculado ao ativo estrangeiro.

            Quem faz a emissão dos BDRs são grandes instituições financeiras. Assim, neste processo, a instituição financeira faz a compra dos ativos no exterior (ações ou ETFs), permanecendo com eles custodiados. Posteriormente, a instituição faz a emissão dos BDRs no Brasil.

            Por mais que seja uma representação, os BDRs possuem semelhanças com as ações e ETFs. Os três ativos são negociados em bolsa.

            Além disso, quando a ação, ou ETF faz distribuições de dividendos no exterior, os pagamentos costumam ser replicados no Brasil. Destacando que o nos Estados Unidos, os ETFs costumam pagar dividendos.

            Desse modo, os investidores no Brasil, também podem se beneficiar dos pagamentos de dividendos. 

            Um dos poucos pontos negativos relacionados aos BDRs é a baixa liquidez do mercado. Comparado ao mercado de ações, os BDRs possuem baixa liquidez.

            MINICURSO INVESTINDO FIIS

            Entenda os códigos dos ativos

            Entenda os códigos dos ativos

            De fato, para quem está começando na bolsa, pode ser difícil entender os códigos de ações que os investidores usam – afinal, o que são aquelas letras e números?

            Para começar, cada empresa, fundo ou ativo de renda variável começa com uma série de quatro letras que representam o ativo em questão. Por exemplo: a Petrobrás tem as letras PETR, e o fundo de logística da XP tem as letras XPLG.

            Além disso, existem números diferentes para representar os ativos: as ações ordinárias, que dão voto na assembleia de acionistas, terminam com o número 3. Por exemplo: ABEV3.

            Por outro lado, as ações preferenciais, que distribuem mais dividendos, podem terminar em vários números:, 4, 5, 6 e outros. No entanto, o mais comum é o 4. Por exemplo: PETR4 e CPLE6.
            Já as units (conjuntos de ações) e cotas de fundos, sejam eles ETFs, FIIs e outros, terminam com o número 11. Por exemplo: TAEE11, BOVA11 e SNFF11.

            Há, ainda, outros códigos. Como é o caso dos BDRs, que terminam com a numeração 34. Por exemplo: AAPL34 e AMZO34.

            Formação de preço

            Formação de preço

            As ações são negociadas livremente ao longo do período do pregão, com investidores pessoas físicas e institucionais comprando e vendendo ativos.

            A formação dos preços ocorre automaticamente dependendo da oferta e da demanda pelos ativos, seguindo o conceito proposto por Adam Smith.

            Sendo assim, caso muitos investidores desejem comprar um ativo, ele subirá de preço. Já caso haja maior força vendedora, ele diminuirá o seu preço.

            Existem várias teorias de precificação de mercado: alguns defendem que o mercado é eficiente e que não é possível encontrar oportunidades além do investimento nos índices; outros dizem que é sim possível escolher os melhores ativos e lucrar com eles.

            Seja como for, é importante avaliar os ativos nos quais se pretende investir e sempre pesquisar pelos seus fundamentos e notícias relacionadas a ele.

            Além disso, vale a pena pensar em teses para o longo prazo, ainda que um ativo possa estar sofrendo desvalorização momentânea por causa de algum problema pontual.

            Níveis de governança e tipos de ações

            Níveis de governança e tipos de ações

            Existem vários níveis de governança corporativa nas ações da bolsa, cada um com suas particularidades.

            O primeiro é o Novo Mercado, o maior nível de todos. Para a empresa se encaixar nesse nível, deve ter apenas ações ordinárias, tag along de 100% e cumprir critérios de transparência e auditoria.

            No Nível 2, é possível ainda ter ações preferenciais, sendo que as preocupações com auditoria são um pouco menores. No entanto, ainda é preciso ter 100% de tag along.

            Além disso, no Nível 1, as empresas devem ter reuniões públicas anualmente e possuir 25% do seu capital social em free float.

            Há, ainda, o Bovespa Mais, que visa facilitar o acesso de empresas menores ao mercado de capitais. Assim, elas podem fazer pequenas captações para financiar seus projetos.

            Por fim, outro ponto importante é o Bovespa Mais Nível 2. Aqui, as empresas podem ter ações preferenciais, mas todas devem ter tag along de 100%.

            Portanto, fica nítido que existem vários níveis de governança corporativa e que é possível se adequar em um desses níveis dependendo da realidade da empresa.

              Ações ordinárias

              As ações ordinárias são aquelas ações que dão direito a voto na assembleia de acionistas da empresa – ainda que o investidor tenha apenas uma ação.

              Essas ações possuem a numeração 3 em seus códigos, e costumam dar menos dividendos do que as ações preferenciais.

              Porém, as ações ordinárias garantem ao investidor, um tag along de no mínimo 80%. Gerando maior segurança aos acionistas minoritários, caso a empresa seja comprada, por exemplo.

              Ações preferenciais

              Diferente das ordinárias, as ações preferenciais não dão direito a voto e não possuem garantia de tag along.

              Por outro lado, as ações preferenciais dão direito a uma porcentagem maior de dividendos. Essa porcentagem varia de empresa para empresa.

              No geral, essas empresas terminam com o número 4. Mas existem casos em que há ações que terminam com o número 5, 6 e outros.

              Vale destacar que de forma comparativa, as ações preferenciais costumam ter muito mais liquidez do que as ordinárias.

              Units

              Por fim, as units são “pacotes” de ações, contendo pelo menos uma ação ordinária e algumas ações preferenciais. A proporção de ações na unit dependerá da empresa.

              Por exemplo: a unit da Taesa consiste em 1 ação ordinária e 2 ações preferenciais; já a da Sanepar consiste em 1 ação ordinária e 4 ações preferenciais.

              Blue chips

              Pode-se classificar as ações de acordo com o tamanho de mercado também. Nesse sentido, as blue chips são as ações de grande valor de mercado que tendem a dominar suas respectivas áreas.

              Uma forma de investir em blue chips é através do ETF BOVA11, que possui alta concentração nas maiores empresas do Brasil, como Petrobrás, Vale, Eletrobrás e Banco do Brasil.

              Small caps

              Já as small caps são aquelas ações com menor valor de mercado e que, apesar de serem mais arriscadas, podem ter as maiores valorizações ao longo do tempo.

              Há algumas opções para alocar capital em small caps, como é o caso dos ETFs SMALL11 e SMAC11, compostos apenas por empresas desse tipo.

              Quais são as principais bolsas de valores do mundo?

              Quais são as principais bolsas de valores do mundo?

              Depois de conhecer alguns dos ativos negociados na bolsa, outro ponto importante é conhecer as diferentes bolsas que existem no mundo.

              Afinal de contas, atualmente, está cada vez mais fácil investir fora do país. Assim, está se tornando relevante, conhecer mais das bolsas e das possibilidades de investimento no exterior.

              E, nesse sentido, as principais bolsas de valores do mundo são:

                New York Stock Exchange 

                Talvez a principal bolsa de valores do mundo seja a NYSE (New York Stock Exchange), mais conhecida no Brasil simplesmente como a Bolsa de Nova York. Localizada no icônico centro financeiro de Wall Street, na ilha de Manhattan, a NYSE foi fundada no século 17, no ano de 1792.

                De lá para cá, a bolsa de valores de Nova York foi responsável pela negociação de grandes companhias globais de capital aberto. Atualmente, para se ter ideia da grandeza da NYSE, a soma do valor de mercado das empresas listadas ultrapassa a marca de 27 trilhões de dólares.

                Por fim, algumas das empresas listadas na bolsa de Nova York são:

                NASDAQ

                A segunda bolsa de valores de grande relevância internacional é a NASDAQ (National Association of Securities Dealers Automated Quotations). Também sediada em Nova York, a bolsa de Nasdaq foi fundada mais recentemente, em 1971.

                E por ser mais nova, a NASDAQ surgiu com um modelo de negociação disruptivo, em que o chamado “trading floor”, que são aqueles famosos salões de negociação da bolsa, foram dispensados. Então, todas as negociações nessa bolsa de valores norte-americana eram realizadas eletronicamente. Hoje essa inovação, de operar eletronicamente, já está incorporada em praticamente todas as bolsas do mundo.

                Além disso, outra característica da NASDAQ é a alta concentração de listagem de empresas de tecnologia, que tendem a preferir realizar a abertura de capital, o IPO, nessa bolsa. Por fim, algumas das empresas listadas na Nasdaq são:

                • Apple;
                • Microsoft;
                • Amazon;
                • Google;
                • Facebook;
                • Intel;
                • XP.

                London Stock Exchange

                Outra importante bolsa de valores do mundo é a bolsa de Londres, a chamada London Stock Exchange (LSE). Fundada em 1801, ela é considerada um dos maiores centros financeiros da Europa.

                No início do século XX, a LSE era considerada a maior bolsa de valores do mundo. No entanto, ela foi perdendo espaço e cedeu essa posição para a NYSE. De qualquer forma,  a bolsa britânica continua sendo muito relevante. A LSE possui quase 3000 companhias listadas, número que fica próximo das bolsas norte-americanas.

                Por fim, algumas das empresas listadas na bolsa de Londres são:

                • British American Tobacco;
                • Royal Dutch Shell;
                • Anglo American;
                • HSBC Holdings.

                Tokyo Stock Exchange

                Mais uma bolsa de valores internacional muito importante para o mercado é a Tokyo Stock Exchange (TSE), ou apenas bolsa de Tóquio. Responsável pela listagem das empresas do famoso índice Nikkei 225. A bolsa do Japão também se configura entre as mais importantes bolsas do mundo.

                Fundada em 1878, a TSE é responsável pela listagem de grandes empresas, como:

                • Bridgestone;
                • Panasonic;
                • Toyota;
                • Honda;
                • Nissan.

                Shanghai Stock Exchange

                A segunda maior economia do mundo, também tem uma bolsa de relevância mundial. A Shanghai Stock Exchange (SSE) é a bolsa de valores da China.

                E apesar da maior parte das pessoas não conhecer as empresas listadas na SSE, essa bolsa é responsável por listar algumas das maiores companhias do mundo, como:

                • Kweichow Moutai
                • China Life;
                • Bank of China;
                • PetroChina.

                Além da Tokyo Stock Exchange e da Shanghai Stock Exchange existem outras bolsas asiáticas que são importantes para a economia global como a Hong Kong Stock Exchange (HKEX).

                B3

                Por fim, mas não menos importante, temos também a bolsa de valores brasileira, a B3 (Brasil, Bolsa, Balcão). Possuindo cerca de 400 empresas listadas e uma capitalização próxima de 1 trilhão de dólares, a B3 foi considerada, em 2017, a quinta maior bolsa de valores do mundo.

                Bolsa de valores no Brasil

                Bolsa de valores no Brasil

                Após conhecer um pouco mais sobre quais são as bolsas do mundo, o investidor brasileiro precisa conhecer um pouco melhor sobre o histórico da bolsa de valores no Brasil. Afinal de contas, a maior parte do patrimônio dos investidores brasileiros está investida em empresas com capital aberto na B3, a bolsa brasileira.

                História da bolsa de valores no Brasil

                A história da bolsa de valores no Brasil começa em 1890, quando Emílio Rangel Pestana criou a Bolsa Livre. Contudo, essa bolsa não durou muito tempo, encerrando as suas operações no ano seguinte à sua criação, em 1891.

                Alguns anos depois, outra bolsa foi criada em São Paulo, a Bolsa de Fundos Públicos de São Paulo, inaugurada em 1895. Décadas depois, em 1934, seu nome foi alterado para Bolsa Oficial de Valores de São Paulo. Posteriormente, em 1967, essa bolsa finalmente passou a se chamar Bolsa de Valores de São Paulo, a Bovespa.

                E apesar da sua relevância hoje, destaca-se que, naquela época, a bolsa de São Paulo não era tão importante como atualmente. Afinal, o mercado de capitais brasileiro ainda era pulverizado, possuindo cerca de 27 bolsas.

                Além disso, dentre essas bolsas, a Bovespa também não era considerada a maior bolsa do Brasil. Na verdade, a bolsa de valores do Rio de Janeiro era aquela que concentrava as negociações das maiores empresas de capital aberto do país.

                Contudo, devido aos crashes do mercado na década de 70, a bolsa do Rio foi perdendo espaço no mercado para a bolsa de São Paulo. Então, alguns anos depois, em 2000, a bolsa de São Paulo e do Rio de Janeiro se integraram. Além delas, tal integração também envolveu as bolsas BOVMESB (Bolsa de Minas, Espírito Santo e Brasília).

                Alguns anos depois, em 2008, a Bovespa realizou uma importante fusão com a BM&F, a bolsa de mercadorias e futuros. Na época, a BM&F era a maior bolsa do Brasil na negociação de contratos de mercadorias, como commodities, e de derivativos. Assim, desta fusão criou-se, a BM&F Bovespa.

                Uma década depois, em 2017, a BM&FBovespa fundiu-se com a CETIP, que concentrava as negociações no mercado balcão. Depois dessa operação, a BM&FBovespa se tornou B3.

                B3 (Brasil, Bolsa, Balcão)

                Como foi exposto, a grande bolsa brasileira possui um longo histórico de acordos, fusões e aquisições. Mais recentemente, em 2017, a BM&F Bovespa se fundiu com a CETIP, fundando a B3 (Brasil, Bolsa, Balcão), a bolsa de valores do Brasil.

                Sendo uma espécie de monopólio natural, a B3 é responsável hoje pela maior parte das transações de títulos e valores mobiliários no Brasil. O destaque, é claro, fica para a negociação das ações das empresas de capital aberto do país.

                Nesse sentido, é possível destacar algumas empresas listadas na B3, como:

                Essas são apenas 6 das mais de 400 empresas listadas na bolsa brasileira, as quais compõem os cerca de 3 trilhões de capitalização da B3. E apesar de serem números grandes, destaca-se que a B3 — em comparação com outras bolsas — ainda tem muito espaço para crescer na quantidade de companhias listadas e no valor de mercado total dessas empresas.

                Vale a pena investir na bolsa de valores?

                Vale a pena investir na bolsa de valores?

                Conhecendo um pouco mais sobre quais são as bolsas do mundo e os ativos disponíveis para investir no mercado, investidores procuram saber se realmente vale a pena investir na bolsa de valores. Afinal, é preciso ter muita segurança para realizar qualquer aplicação com o dinheiro conquistado com o trabalho.

                No entanto, é preciso destacar que não só investir na bolsa de valores vale sim, a pena, mas também é uma das melhores formas de potencializar os ganhos obtidos no trabalho, de maneira passiva.

                Com isso, o investidor que acredita e que aplica seu dinheiro na bolsa de valores ao longo do tempo, possui grande chance de conquistar, no futuro, a independência financeira.

                A ideia por trás da independência financeira, é alcançar um determinado patrimônio, suficiente para financiar o padrão de vida do investidor. Sendo que os recursos viriam da renda passiva oriunda dos investimentos em bolsa.

                Mas para provar que isso é possível, abaixo alguns demonstrativos sobre a rentabilidade da bolsa de valores:

                Rentabilidade histórica da bolsa de valores

                Afirmar que investir na bolsa de valores vale a pena, por si só, não é algo convincente. Então, é necessário demonstrar, com estudos e dados concretos, que a rentabilidade histórica da bolsa de valores foi realmente atrativa.

                Todavia, é preciso destacar que a maioria dos estudos sobre o desempenho das bolsas no passado considera o mercado acionário norte-americano. Apesar disso, os resultados obtidos historicamente pela bolsa brasileira, em dólar, foram comprovadamente superiores ao desempenho das ações nos Estados Unidos.

                Abaixo, o gráfico da rentabilidade histórica da bolsa de valores brasileira:

                bolsa de valores

                Nesse gráfico, é possível observar o poder do investimento na bolsa de valores no Brasil no passado, sendo que o período apresentado compreende o ano de 1963 até junho de 2020. Mais impressionante que isso ainda foi o desempenho das ações norte-americanas em um período mais longo.

                O gráfico abaixo, do livro “Investindo em Ações para o Longo Prazo”, de Jeremy Siegel, demonstra o retorno real de alguns ativos nos EUA desde 1802:

                bolsa de valores

                Observa-se que 1 dólar investido em 1802 no mercado acionário norte-americano teria se transformado em mais de US$700 mil em 2012 — uma rentabilidade real, média e anual de 6,6%. Isto sem contar o bull market que as ações dos EUA passaram desde então.

                Ainda, outro ponto importante é o quão superior foi o retorno das ações da bolsa de valores em relação a outros ativos, como os títulos de dívida, conhecidos como “bonds”.

                Nesse sentido, há outro infográfico do livro de Siegel que mostra a superioridade do retorno das ações da bolsa em relação aos títulos de renda fixa em diversos países.

                Abaixo, a comparação feita entre os anos de 1900 e 2012. Sendo que as ações estão demonstradas como “equities” e os títulos como “bonds” e “bills”:

                bolsa de valores

                Horários de negociação da bolsa

                Horários de negociação da bolsa

                De fato, a bolsa de valores não fica aberta para negociações 24 horas por dia: ela funciona em períodos específicos de tempo que são bastante similares ao que se chama de “horário comercial” no Brasil.

                O horário de funcionamento da bolsa de valores brasileira é das 10h até as 17h (horário de Brasília). Nesse período, é possível negociar os ativos.

                No entanto, há o período de cancelamento de ofertas, que vai de 9:30 até 9:45, e a pré-oferta, que ocorre das 9:45 até 10:00. Por fim, depois do horário de negociação, há novamente um horário para cancelamento de ofertas até às 18:45.

                Já as bolsas americanas, como Nasdaq e NYSE, funcionam de 10:30 às 17h do horário de Brasília, com período de pré-abertura a partir das 10h. Portanto, fica claro que os horários de funcionamento dessas bolsas são bem parecidos.

                Circuit Breaker

                Há, ainda, um mecanismo existente nas bolsas de valores do mundo todo chamado circuit breaker. Esse mecanismo é acionado caso ocorram quedas bruscas no preço dos ativos, evitando assim uma volatilidade maior.

                Dessa forma, o mercado fica sem negociar por um tempo e volta depois, de forma que seja possível que o mercado consiga precificar melhor os ativos.

                No caso da bolsa brasileira, o circuit breaker ocorre em três etapas diferentes: na primeira, se houver queda de 10% em relação ao preço do dia anterior. As negociações se interrompem por 30 minutos.

                Em segundo lugar, caso a queda continue e se acumule em 15% em relação ao dia anterior, as negociações cessam por mais uma hora.

                Por fim, caso haja mais queda e a desvalorização acumule 20%, ocorre um novo circuit breaker e a bolsa fica sem negociar por tempo indeterminado.

                Como investir na bolsa de valores?

                Como investir na bolsa de valores?

                Após conhecer um pouco mais sobre o histórico de rentabilidade e o poder do investimento em empresas da bolsa, muitas pessoas podem, por fim, se perguntar: mas como investir na bolsa de valores?

                Primeiramente é preciso deixar claro que o investimento na bolsa pode ser sim, algo rentável e poderoso. Contudo, existem duas características básicas que o investidor deve possuir: paciência e constância.

                A paciência é importante porque não existe dinheiro fácil no mercado financeiro e, porque todos os ganhos relevantes virão com o tempo. Afinal de contas, os efeitos dos juros compostos ganham tração com a inexorável passagem do tempo.

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                Já a constância é fundamental para garantir o sucesso nos investimentos ao longo desse tempo, uma vez que pouco adianta aplicar, vez ou outra, uma pequena quantia na bolsa. Então, o ideal é ter constância para investir na renda variável, de forma recorrente.

                Com a constância e a paciência, o investidor já estará à frente da maioria dos agentes de mercado, que buscam extraordinários retornos de curto prazo — os quais, infelizmente, não existem.

                Além disso, o ideal é que os investidores também procuram observar quais foram as estratégias bem-sucedidas da bolsa no passado. Assim, poderão replicar as metodologias que, de fato, trouxeram resultado.

                No caso, a análise fundamentalista de ações foi, com folga, aquela que apresentou a melhor rentabilidade ao longo do tempo. Nela, os investidores, basicamente, tratam as ações como pequenas fatias de empresas, com o objetivo de participar do lucro dessas companhias.

                Essa estratégia fundamentalista é contrária às metodologias de investimento embasadas na especulação. Isto porque, no longo prazo, esse tipo de estratégia de curto prazo tende a apresentar retornos negativos, gerando prejuízos para os investidores.

                Por fim, abaixo o passo a passo para investir na bolsa de valores:

                01 ABRIR CONTA
                EM UMA CORRETORA
                ABRIR CONTA
                02 Transferir o valor
                Que será investido
                Transferir o valor
                03 Escolher os ativos
                E diversificar a Carteira
                Escolher os ativos
                04 Investir
                E monitorar os investimentos
                Investir
                01

                Abrir conta em uma corretora

                 Abrir conta em uma corretora

                O primeiro passo para investir na bolsa de valores é abrir uma conta em uma corretora de valores. Será por meio dessa corretora que o investidor conseguirá entrar na plataforma de negociação que dá acesso a bolsa de valores — o chamado Home Broker.

                É preciso destacar que isso também poderia ser feito através de um desses grandes bancos de varejo. No entanto, a maior parte deles ainda insiste em cobrar altas taxas de administração e de custódia para investidores da bolsa, algo que não ocorre com a maior parte das corretoras. Porém, esta mentalidade vem mudando, uma vez que as corretoras vem ganhando cada vez mais espaço e a competitividade do setor, só aumentou.

                02

                Transferir o valor que será investido

                 Transferir o valor que será investido

                Após decidir qual corretora você deve utilizar, o segundo passo para investir na bolsa é, obviamente, transferir os recursos para a conta que foi aberta. Assim, o investidor terá o dinheiro necessário para realizar suas aplicações.

                Nesse caso, para obter sucesso no longo prazo, o ideal é realizar aportes constantes nos investimentos. Isto é, não investir apenas uma única vez, mas fazer um planejamento financeiro para alocar uma parte do seu capital todos os meses.

                03

                Escolher os ativos e diversificar a carteira

                Escolher os ativos e diversificar a carteira

                Em terceiro lugar, após ter o recurso disponível para investir, o investidor terá que escolher quais serão os ativos que serão adquiridos.

                Para isso, o ideal é que esse investidor utilize a análise fundamentalista e tente escolher os ativos que mais se encaixam no seu perfil e nos seus objetivos.

                04

                Investir e monitorar seus investimentos

                Investir e monitorar seus investimentos

                Por fim, depois de escolher quais serão os ativos da bolsa que irá comprar, basta realizar o investimento e, claro, esperar. Afinal, como foi colocado, os grandes retornos vêm com a inevitável passagem do tempo.

                E então, conseguiu entender melhor sobre o que é e sobre como funciona a bolsa de valores? Deixe abaixo suas dúvidas e comentários sobre esse assunto.

                PLANILHA DA VIDA FINANCEIRA

                Perguntas frequentes sobre a bolsa de valores
                Quanto está a bolsa de valores hoje?

                Uma forma de mensurar, qual é o valor da bolsa brasileira, é através do índice Ibovespa. Que nada mais é do que o principal índice da bolsa. Porém, determinar qual é o valor da bolsa hoje, é algo relativo. Todos os dias, os ativos que fazem parte da bolsa registram oscilações em seus preços. Assim, um dia a bolsa pode estar mais atraente, com mais ativos se valorizando. Em outros momentos, em queda.

                Como entender os valores da bolsa de valores?

                A bolsa de valores pode ser entendida como um ambiente em que os diversos agentes de mercado podem comprar e vender diferentes valores mobiliários — como ações, cotas de fundos e títulos — de maneira rápida, segura e não burocrática. Na visão do investidor, é um instrumento para obter lucro; e na perspectiva das empresas, uma forma de levantar recursos.

                O que é a bolsa de valores?

                A bolsa de valores é um ambiente de negociação em que acontecem as compras e vendas de diferentes títulos e valores mobiliários —  como ações, opções, FIIs e ETFs — entre os agentes do mercado, como empresas, investidores, fundos de investimentos e investidores estrangeiros.

                Para o que serve a bolsa de valores?

                A bolsa de valores serve para garantir, de forma segura e organizada, a negociação dos valores mobiliários entre os diferentes agentes do mercado.

                Qual é a rentabilidade da bolsa de valores?

                Levando em consideração o rendimento do Ibovespa de dezembro de 2006 a dezembro de 2023, o rendimento total ficou na casa dos 200%, ou na média ponderada, ficou em 11,11% . Ao longo desse tempo, contudo, houveram anos de grandes perdas, e outros de ganhos elevados.

                Bibliografia para bolsa de valores

                http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404consol.htm

                https://ebs.online.hw.ac.uk/EBS/media/EBS/PDFs/Practical-History-Financial-Markets-Course-Taster.pdf

                https://www.investidor.gov.br/portaldoinvestidor/export/sites/portaldoinvestidor/publicacao/Livro/LivroTOP-CVM.pdf

                Tiago Reis
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                1 comentário

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                • Carlos Henrique 24 de novembro de 2023
                  Muito bom ExcelenteResponder