Do mesmo jeito que 2018.
Que foi do mesmo jeito que 2017. É assim sucessivamente.
Eu busco ativos que tenham condições de gerar muito caixa negociados a bons preços. Simples assim.
Obviamente que os ativos variam conforme as circunstâncias.
Por exemplo, eu sempre fui um entusiasta de fundos imobiliários. Poucas empresas divulgaram tanto esta categoria de investimentos como a Suno, com o professor Baroni.
Porém, mesmo gostando muito de fundos imobiliários, neste momento vejo poucas oportunidades no segmento.
Após a alta intensa das últimas semanas, os fundos imobiliários já precificam um cenário mais otimista. E são negociados com margem de segurança estreita. Obviamente existem exceções, mas esta é a leitura para a média dos Fiis.
Por outro lado, vejo muitas oportunidades nas empresas estrangeiras.
Após as quedas nas cotações nos últimos meses, diversas empresas americanas de altíssima qualidade passaram a ser negociadas a múltiplos muito interessantes. Algumas empresas negociam com múltiplos menores que durante a crise de 2008.
Escrevi sobre este fenômeno recentemente.
É verdade que existe o risco do câmbio para quem investe fora. Um risco que eu estou disposto a correr, pelo menos com uma parte do capital.
Aliás, o risco cambial existe para os dois lados: se as reformas não acontecerem e a “lua de mel” com o novo governo acabar, existe a possibilidade do câmbio se apreciar. Não dá para descartar este cenário.
Em ações brasileiras vejo oportunidades em algumas Small Caps que não participaram do Rally recente da bolsa brasileira.
Entre as empresas mais líquidas gosto sobretudo do setor elétrico, pela distribuição de dividendos.
Este é o panorama atual. Tudo pode mudar conforme os preços e fundamentos dos ativos.
Se estivéssemos tendo essa conversa 6 meses atrás eu tinha uma visão mais construtiva de fundos imobiliários por exemplo, e menos positiva para ações estrangeiras. Hoje as figuras se inverteram.
Se você tem fundos imobiliários que nós recomendamos e agora eles ficaram com preços mais altos, não tem problema. Não precisa vender. Porém eu pararia de comprar.
Um dos modelos de portfólio que mais acredito fazer sentido para o investidor individual é este: possuir uma carteira diversificada com ativos geradores de renda.
Este modelo funcionou no passado. E vai continuar a funcionar em 2019.