O colateral é comum em concessões de dívidas. Provavelmente você já deve ter lido sobre ele ao pedir um empréstimo no banco. Mas também estão muito presentes em ativos de crédito, como Certificados de Recebíveis e Debêntures.
Por isso, são importantes para investimentos de renda fixa. Mas o que é exatamente um colateral?
Colateral é o ativo que foi dado em garantia para um pagamento por um devedor ao seu credor. Em caso de descumprimento de alguma etapa do pagamento, o credor tem o direito de pedir o colateral como retorno financeiro. Dessa forma, funciona como uma proteção do crédito.
Uma modalidade de empréstimo com colateral bem conhecida é a hipoteca, que dá como garantia o imóvel do devedor. Dessa forma, caso haja dificuldade de pagamento o banco executa o colateral levando o imóvel a leilão.
Por isso, ativos de crédito são considerados mais seguros quando têm colaterais financeiros. Portanto, ao investir em crédito privado, entender qual é o ativo que está como garantia da operação é uma etapa fundamental da análise de risco de crédito.
Quanto mais próximo ou maior for o valor do ativo em garantia em relação ao crédito, mais seguro ele é. Deste modo, devedores considerados mais arriscados são os que precisam dar o maior colateral para convencerem os investidores a emprestarem seu capital.
Impacto do colateral nos ativos financeiros
Como explicado acima, o colateral diminui o risco de crédito, logo, é mais exigido de ativos considerados com crédito ruim. Ou seja, cujo emissor é considerado um mau pagador.
Quem faz essa análise de crédito são as agências de classificação e risco, que atribuem notas de crédito que certificam o grau de facilidade ou dificuldade de o emissor do título de dívida de honrar com os pagamentos.
Após essa análise, a empresa emissora ganha um grau de investimento, que irá sinalizar o quão seguro é para o credor.
Pela lógica de risco e retorno do mercado financeiro, quanto pior a nota de crédito da empresa emissora do título maior serão os juros pedidos como retorno para esse título. E por vezes, esse valor pode se tornar inviável.
Logo, empresas com baixa nota de crédito tendem a emitir dívidas com colateral. Isso diminui o risco do ativo, e, por conseguinte, baixa as taxas de juros.
Contudo, como ele deve influenciar na redução dos juros em títulos de crédito privado? Isso depende do tipo de colateral, e torna a sua análise de extrema importância para aplicação nessa categoria de investimento.
Análise sobre colaterais
Seguem algumas análises essenciais:
- O valor do colateral cobre por completo a dívida e o retorno esperado? Quanto mais próximo o valor for do retorno esperado menos o investidor perderá caso tenha que acioná-lo.
- O colateral é um ativo financeiro ou não? Podem ser usados como garantia desde títulos públicos, que representam pagamento imediato a imóveis que podem demorar a serem vendidos.
- No caso de imóveis, qual é a sua liquidez. Há imóveis que não são para uma finalidade específica, logo, terão demanda. Já outros são mais específicos, havendo o interesse apenas de empresas daquele setor.
Nesse caso, o investidor tem o risco de não haverem compradores para o imóvel e não conseguir reaver o seu capital.
Por fim, o colateral é uma garantia de crédito importante e pode tornar o investimento bem mais seguro ou nem tanto. Por isso, sua análise é fundamental.