Circuit breaker: como funciona o mecanismo de paralisação da bolsa?
Para investidores que possuem pouco tempo de investimento na bolsa de valores, o circuit breaker pode ser uma novidade. Afinal, não é sempre que esse mecanismo de segurança é acionado no mercado de capitais.
Basicamente, o circuit breaker existe para que haja uma redução da volatilidade dos ativos e para evitar que distorções de preço ocorram no mercado. Por isso, é fundamental que todo investidor saiba exatamente o que é esse mecanismo de segurança, quando ele ocorre e como ele funciona.
O que é circuit breaker?
O circuit breaker é um mecanismo utilizado por diversas bolsas ao redor do mundo que permite uma interrupção na negociação de ativos no mercado por determinado tempo. Essa “pausa forçada” acontece quando a bolsa sofre movimentos bruscos de queda.
O mecanismo de circuit breaker é importante porque, em momentos de estresse no mercado, os preços dos ativos podem começar a cair de forma brusca e, em alguns casos, ininterruptamente. Isso pode acontecer quando há um grande fluxo de ofertas de venda que não encontram uma contraparte de compra, o que causa quedas repentinas.
Em outras palavras, a oferta (pessoas querendo vender ativos) fica exageradamente maior que a demanda (pessoas querendo comprar ativos), fazendo com que as ações, por exemplo, literalmente desabem na bolsa. Nesse momento, os preços no mercado normalmente acabam ficando, de certa forma, distorcidos.
Por que o circuit break existe?
As distorções que acontecem nesses momentos de grande volatilidade acabam aumentando consideravelmente o risco das negociações. Então, para tentar evitar grandes prejuízos e para reduzir a volatilidade, as bolsas costumam estabelecer limites de queda para que o circuit breaker ocorra.
Afinal, se esses limites não existissem, seria possível que uma espiral de pânico e de queda nos preços dos ativos tomasse conta do mercado, fazendo com que a variação nos preços não refletisse a realidade.
E é justamente por isso que o circuit breaker é fundamental. Porque ele dá a chance de o mercado se organizar novamente, de os agentes econômicos agirem e de os investidores conseguirem visualizar com mais clareza os eventos que fizeram com que as quedas ocorressem.
Em palavras mais simples, essa pausa forçada da bolsa fornece o tempo necessário para que os diversos agentes do mercado se acalmem e sejam capazes de analisar com mais serenidade o cenário que os envolve. Assim, eles seriam capazes de tomar decisões mais racionais e com menos impulso ou ansiedade.
Como o circuit break foi criado?
Sabendo como o circuit breaker funciona, muitos investidores devem se perguntar: mas como o circuit breaker surgiu?
Nesse sentido, a propagação desse mecanismo entre as bolsas remete ao dia chamado de “Black Monday”, termo em inglês que se refere à sexta-feira negra de 1987. Nesta data, o mercado norte americano viu um dos principais índice de ações do país, o Dow Jones, derreter 22,61%.
Quando isso aconteceu, o mercado de ações dos Estados Unidos não possuía um mecanismo de proteção contra grandes quedas e volatilidade.Ou seja, não havia um circuit breaker que pudesse amenizar o pânico na bolsa e evitar uma queda de mais de 20% como a que ocorreu.
Então, após a Black Monday, a SEC (Securities and Exchange Commission), espécie de polícia da bolsa de valores americana, passou a adotar o circuit breaker como um instrumento obrigatório na bolsa.
Desde a sua adoção, o principal objetivo desse mecanismo era de permitir o escoamento de informações no mercado durante a pausa forçada para que os agentes do mercado pudessem tomar decisões mais racionais.
Quando o circuit breaker acontece?
Como foi colocado, o circuit breaker é acionado pelas bolsas de valores quando o mercado sofre movimentos intensos de quedas. Contudo, não há um padrão percentual de queda entre as bolsas para quando as negociações sejam interrompidas, sendo que cada uma determina seus próprios limites.
No caso da bolsa brasileira, a B3, o primeiro circuit breaker ocorre quando o Índice Bovespa (Ibovespa) sofre uma oscilação negativa de 10%. Por outro lado, nos Estados Unidos, as bolsas NYSE e NASDAQ acionam a interrupção do mercado quando as quedas chegam à casa dos 7%.
Abaixo, é possível verificar o percentual de queda necessário para o primeiro circuit breaker seja acionado em algumas bolsas:
- B3 (bolsa brasileira): 10%;
- NYSE (bolsa de Nova York): 7%;
- NASDAQ (bolsa dos EUA): 7%;
- MEXBOL (bolsa do México): 7%;
- SSE (bolsa da China): 5%;
- PSE (bolsa das Filipinas): 10%.
Apesar de não existir uma regra geral entre as bolsas no que se refere ao percentual de queda necessário para que o circuit breaker seja acionado, há sempre algo em comum: o pânico no mercado.
Esse medo generalizado faz com que a maior parte das ações da bolsa simplesmente desabe, incluindo papéis de empresas que não são tão influenciadas pelo fato que causou o pânico no mercado.
Isso faz com que a variação média no preço das empresas (calculadas pelo índices de mercado) cheguem cair mais de dois dígitos percentuais, que é quando o circuit breaker acontece. Isto é, quando a queda alcança 10%.
Nesse momento, todos os negócios na bolsa são suspensos, independente de qual a queda individual de cada ação. Vale destacar, portanto, que o circuit breaker é diferente dos leilões da bolsa, que geram uma interrupção na negociação de um ativo em específico.
Diferença entre circuit breaker e leilão de ações
Como foi visto, durante um circuit breaker todas as operações da bolsa de valores são interrompidas. Isso significa que durante esse período os investidores ficam impossibilitados de comprar ou vender ativos. Entre eles estão:]
- Ações;
- Opções;
- Fundos imobiliários (FIIs);
- ETFs (Exchange Traded Funds);
- BDRs (Brazilian Depositary Receipts).
Toda a negociação desses diferentes ativos são interrompidas durante uma pausa forçada da bolsa. Sendo que isso não é o mesmo que ocorre durante um leilão de ações.
Isso porque, no leilão, o que ocorre na verdade é uma pequena pausa na negociação de ativos específicos que estão com alta volatilidade no mercado. E assim como no circuit breaker, o objetivo do leilão também é proteger os investidores de movimentos atípicos no mercado.
Por exemplo, quando a barragem da Vale de Brumadinho rompeu, em 19 de janeiro de 2019, as ações da mineradora caíram mais de 20%. E antes de sofrer esse movimento intenso de baixa, os papéis entraram em leilão durante um bom tempo, até que o preço das ofertas de compra e de venda se encaixassem.
Apesar de também ter sido uma interrupção na negociação, existem algumas diferenças entre esses dois mecanismos na bolsa (leilão e circuit breaker). As principais delas são:
1. Tempo de duração
A primeira diferença entre o circuit breaker e o leilão de ações se refere ao tempo de duração de cada um deles. Nesse sentido, enquanto o primeiro pode durar 30 minutos, 1 hora, ou até mais; o segundo possui duração de 5 minutos.
Essa duração do leilão de ações, contudo, costuma alterar bastante. Isso porque é perfeitamente possível que o leilão de determinada ação seja prorrogado, caso as ofertas de compra e de venda ainda não estejam se encaixando.
2. Registro de ofertas
Outra diferença entre esses dois mecanismos de proteção da bolsa se refere à questão do registro de ofertas. Isso porque, durante o circuit breaker, o investidor fica impossibilitado de inserir ofertas de compra ou de venda dos ativos.
Essa impossibilidade não ocorre nos leilões da bolsa. Neles, os investidores podem inserir as ordens de compra ou venda livremente. Contudo, essas ordens só serão efetivadas após o término do leilão e quando as ofertas voltarem a se encaixar.
Quais são as regras do circuit breaker na B3?
Como foi exposto, existem situações específicas em que a percepção de risco no mercado aumenta consideravelmente e em que os preços começam a desabar. Afinal, nesses momentos o fluxo de oferta de venda supera, e muito, o fluxo de compra.
Contudo, uma grande queda ou uma grande percepção de risco não é suficiente para que a bolsa acione um circuit breaker. Para isso, é preciso que alguns pontos pré-estabelecidos sejam cumpridos.
Afinal, esse mecanismo de pausa forçada não pode ser acionado por uma mera discricionariedade da bolsa. Ou seja, é preciso que as regras do circuit breaker estejam bem definidas, justamente para que o mercado se prepare para ele e não seja surpreendido.
Vale destacar, ainda, que o circuit breaker na B3 possui três fases, cada uma contendo regras e características específicas. Por isso, é importante que os investidores saibam bem quais são as fases do circuit breaker e suas respectivas regras.
Circuit breaker Nível 1
O circuit breaker Nível 1, também conhecido como primeiro circuit breaker, acontece quando o índice Bovespa sofre uma queda de 10% frente ao fechamento do dia anterior. Ao atingir esse limite de queda, a bolsa interrompe todo tipo de negociação por um período de 30 minutos.
Durante esse tempo, os investidores não podem comprar ou vender suas posições. Então, eles devem necessariamente aguardar meia hora para poderem voltar à negociação dos ativos.
A expectativa com essa paralisação é de que a bolsa retorne com menos volatilidade após os 30 minutos. Afinal, durante essa pausa os agentes do mercado tiveram tempo para analisar com mais cuidado o cenário que causou a queda de 10% e se ele é realmente suficiente para gerar uma queda dessa magnitude nos preços dos ativos.
Resumidamente, as regras do primeiro circuit breaker são:
- É acionado quando a queda da bolsa atinge 10%;
- Possui duração de 30 minutos.
Circuit breaker Nível 2
Já o circuit breaker nível 2 (segundo circuit breaker) acontece quando o mercado volta do primeiro circuit e volta a cair mais ainda. Nesse sentido, é preciso que o índice Bovespa sofra uma queda de 15% para que a segunda interrupção das negociações aconteça.
E, diferente do primeiro circuit breaker, a segunda pausa forçada da bolsa tem duração de 1 hora nas negociações. Essa maior duração também tem o objetivo de acalmar os ânimos do mercado e de tentar evitar maiores quedas na volta do circuit breaker.
Por fim, as regras do segundo circuit breaker são:
- É acionado quando a queda da bolsa atinge 15%;
- Possui duração de 1 hora.
Circuit breaker Nível 3
Por último, o circuit breaker nível 3 (terceiro circuit breaker) ocorre quando o mercado insiste em cair mais após a segunda interrupção e atinge 20% de queda. Ao alcançar esse limite, as negociações são suspensas novamente, sendo que os negócios só retornam quando a bolsa decidir, não havendo um prazo certo para isso.
Resumidamente, as regras do terceiro circuit breaker da bolsa são:
- É acionado quando a queda da bolsa atinge 20%;
- Não possui duração pré-determinada, devendo a bolsa decidir e informar ao mercado.
Quando o circuit breaker pode ser acionado?
Além das regras acima, é importante lembrar que todo pregão deve ter 30 minutos de negociações contínuas antes de ser encerrado. Essa determinação existe para que todas as posições sejam ajustadas antes de encerrar o dia de negociações.
Portanto, mesmo que as condições sejam atingidas, o circuit breaker não pode ser acionado durante os últimos 30 minutos do pregão.
O que fazer em um circuit breaker?
Muitos investidores, principalmente os iniciantes, podem tomar decisões precipitadas ao passar por momentos de estresse do mercado. Por isso, é preciso saber o que fazer em um circuit breaker, de forma a não sair prejudicado em dias em que a bolsa sofre essas interrupções.
De maneira geral, quando um circuit breaker ocorre o mercado fica extremamente instável e volátil. Isso significa que a os preços dos ativos costuma variar com grande intensidade durante o dia em que o mecanismo é acionado.
Isso acontece porque dias de circuit breaker costumam vir após a divulgação de notícias muito negativas que costumam impactar de maneira generalizada parte das empresas listadas.
Alguns exemplos de situações que podem vir a causar circuit breaker na bolsa são:
- Pandemias e desastres naturais;
- Atentados terroristas;
- Crise econômica internacional;
- Desdobramentos políticos negativos.
Esses são apenas alguns exemplos, sendo que os circuit breakers podem ocorrer após o acontecimento de diversas situações. Contudo, na maior parte das vezes é muito difícil medir o real impacto quantitativo desses eventos nos resultados de cada empresa listada.
Por isso, o mercado passa a especular os diversos cenários pelos quais as empresas de capital aberto podem passar. Essa especulação, logicamente, é refletida nos preços dos ativos, que inevitavelmente acabam variando com grande intensidade.
Contudo, muitas vezes as especulações e os preços negociados em períodos de circuit breakers deixam de refletir a realidade das empresas. Afinal, nos momentos de pânico o mercado acaba perpetuando o cenário adverso para o futuro das companhias, o que gera distorções de preço e valor.
Portanto, é preciso saber quais são, de fato, os impactos do circuit breaker nos investimentos. E, principalmente, se esses impactos são capazes de tornar as ações um mal investimento para o longo prazo.
Impacto do circuit breaker nos investimentos
Ao longo da história, investidores mais experientes do mercado, como Luiz Barsi e Luiz Alves, passaram por diversos circuit breakers. E apesar de terem passado por tantos momentos de estresse no mercado como esses, eles conseguiram atingir excelentes resultados na bolsa, assim como diversos outros investidores.
Por isso, em momentos de circuit breaker e de pânico na bolsa, é importante que todo investidor se lembre de como o investimento em ações e empresa foi rentável ao longo do tempo. O gráfico abaixo, por exemplo, demonstra a evolução do investimento em ações desde 1790 até 2000 nos Estados Unidos.
Como pode ser observado, mesmo tendo passado por grandes crises, como a crise de 1929, o investimento em ações e em empresas foi extremamente rentável ao longo da história. Isso significa que investidores otimistas com o futuro da humanidade que não se preocupam com retornos de curto prazo puderam auferir grandes lucros.
Vale destacar, ainda, que essa não foi uma exclusividade do mercado acionário americano. Inclusive, nas últimas décadas a bolsa brasileira entregou uma rentabilidade superior do que a bolsa dos Estados Unidos.
Por isso, é importante que o investidor brasileiro esteja sempre focado no longo prazo de suas aplicações e tente entender qual o real impacto das quedas de suas ações durante um circuit breaker no seu futuro.
Historicamente, crises foram superadas e a humanidade sempre foi capaz de prosperar após períodos de turbulência, o que pôde ser refletido na evolução do preço das ações ao longo do tempo e na rentabilidade entregue pelas empresas.
Sabemos, contudo, que percalços existem e que os mercados estão sujeitos a sofrer quedas intensas ao longo do tempo, o que inclui circuit breakers. Todos esses eventos não impediram que o investimento em ações no longo prazo fosse afetado ou deixasse de ser uma boa alternativa.
Oportunidades de investimento em circuit breakers
Por conta de todos esses aspectos tratados, podemos dizer que grandes oportunidades de investimento surgem durante circuit breakers. Afinal, muitas ações acabam caindo de forma exagerada, justamente por conta de um pânico generalizado no mercado.
Em alguns casos, é possível que empresas até se favoreçam de determinado cenário de pessimismo. Este pode ser o caso, por exemplo, de farmacêuticas e de farmácias durante pandemias, período em que a venda de produtos de cuidados pessoais tende a crescer.
Por isso, é preciso saber identificar bem as oportunidades de investimento em circuit breakers que acabam surgindo. Assim, é possível se beneficiar no futuro, quando o momento de estresse e de incertezas passar e quando o mercado acionário voltar à normalidade.
E para identificar essas oportunidades, uma alternativa é observar quais foram aquelas empresas que caíram demasiadamente durante a crise e que não terão resultados tão impactados por conta dela.
Além disso, outra possibilidade é tentar identificar se o mercado exagerou na queda do preço de ações de empresas que serão impactadas pelo fato que causou o circuit breaker, mas que foram desvalorizadas em uma proporção incompatível com o cenário de estresse .
A melhor forma para aproveitar essas oportunidades é por meio do valuation. Com ele, o investidor pode encontrar o valor de uma ação e comparar esse valor encontrado com o preço que está sendo negociado no mercado. Sendo que:
- Valor: quanto a ação deveria valer;
- Preço: por quanto a ação está sendo negociada no mercado.
Histórico de circuit breakers do Ibovespa
De tempos em tempos, o circuit breaker foi ativado por necessidade de atenuar o pessimismo criado por crises ou acontecimentos extraordinários. Além disso, acontecem casos em que a bolsa não aciona o circuit breaker, mas somente suspende as negociações.
Este foi o caso do dia 11 de setembro de 2001, quando as torres gêmeas de Nova York foram atingidas por terroristas. Na ocasião, os negócios na antiga Bovespa foram interrompidos após uma queda de 9,17% em menos de uma hora. Antes que o circuit breaker fosse acionado, a bolsa interrompeu as negociações, seguindo a maioria das bolsas do mundo. Então, a abertura só aconteceu no dia seguinte.
Vale destacar, ainda, que a primeira vez que o mercado de ações brasileiro acionou o circuit breaker foi no dia 07 de novembro de 1997, por conta dos desdobramentos da crise financeira asiática.
Desde então, outras diversas ocasiões foram capazes de gerar um pânico tão grande no mercado capaz de fazer com que a bolsa tivesse que acionar o circuit breaker. Em 2020 particularmente, a B3 precisou acionar o dispositivo repetidamente em diversos pregões, algo que só havia acontecido em 2008, durante a crise do subprime.
Circuit breakers de 2020
Com a sequência de circuit breakers de 2020 na bolsa brasileira, diversos investidores, sobretudo os iniciantes, passaram a conhecer um pouco melhor de como é o pânico da bolsa em dias em que o circuit breaker é acionado.
Isso porque, com a expressiva alta da bolsa nos anos de 2018 e 2019, diversos novos investidores entraram no mercado nesses anos. Contudo, a maior parte deles entrou sem ter conhecido um circuit breaker. Afinal, antes de 2020, a última pausa forçada da bolsa havia sido em 2017, durante o Joesley Day, quando a bolsa chegou a cair 10%.
A entrada de novos investidores na bolsa até 2020 pode ser observada no gráfico abaixo:
Como pode ser observado, mais de 1 milhão de novos investidores entraram na bolsa nos anos de 2018 e 2019. Por isso, sem dúvida os circuit breakers de 2020 podem ter sido uma novidade não muito agradável para a maior parte daqueles que investem em ações no Brasil.
Contudo, como pôde ser entendido anteriormente, essas interrupções do mercado são, na verdade, um mecanismo para garantir a segurança da negociação dos ativos entre os investidores. Afinal, os circuit breaker tendem a reduzir a volatilidade e a fazer os agentes do mercado agirem com mais racionalidade em períodos de grande pânico no mercado.
E então, conseguiu entender mais sobre o circuit breaker? Deixe abaixo seus comentários e dúvidas sobre esse mecanismo da bolsa.
O circuit breaker é um mecanismo de segurança da bolsa que é acionado quando o mercado de ações sofre uma grande queda durante o dia. Quando ele ocorre, as negociações dos ativos no mercado são interrompidas por determinado tempo.
O circuit breaker acontece quando o índice Bovespa, que mede a variação média das maiores empresas da bolsa, atinge uma queda de 10%. Depois do primeiro circuit breaker, novas interrupções podem acontecer caso o Ibovespa atinja uma variação negativa de 15% e de 20%.
O circuit breaker funciona interrompendo a negociação dos ativos na bolsa quando o mercado sofre grandes oscilações negativas. Nesse sentido, o primeiro circuit ocorre quando a bolsa cai 10%, momento em que toda a negociação dos ativos do mercado são cessadas por 30 minutos.
O circuit breaker é ativado pela B3, empresa responsável pela bolsa de valores do Brasil. Ela aciona esse mecanismo de proteção para garantir a seguranças nas negociações e para tentar conter a volatilidade do mercado.
O circuit breaker serve para garantir mais segurança às negociações de ativos na bolsa de valores em momentos de grandes quedas no mercado. Isso é importante porque em dias de circuit breaker a volatilidade da bolsa pode distorcer os preços dos ativos e causar grandes prejuízos.
Bibliografia
https://www.sec.gov/rules/other/nasdaqllcf1a4_5/nasdaqllcamendrules4000.pdf
https://pdfs.semanticscholar.org/4daa/5d7b527b153163cbef60cac5472047271f4e.pdf
http://rfs.oxfordjournals.org/content/16/1/263.full.pdf+html