A sociedade atual, devido a sua alta complexidade, vive de contínuas mudanças estruturais das quais são representadas por um ciclo econômico.
É importante ressaltar que o ciclo econômico é um fenômeno que aconteceu na história da humanidade — pois sua existência é intrínseca a própria atividade dentro de uma economia, onde ocorrem transações diárias dos mais diversos tipos de produtos e serviços.
O que é ciclo econômico?
O ciclo econômico é caracterizado pelas flutuações que ocorrem na economia em curto prazo, envolvendo uma alternância de períodos de recuperação e prosperidade, com períodos de relativa estagnação ou recessão.
A economia de todo país está baseada na produção de bens e serviços produzidos de forma agregada, de modo que cenários de expansão e contração da atividade econômica sempre acontecerão.
Normalmente, quando falamos de investimentos, em épocas de expansão econômica os investidores buscam sempre adquirir mais companhias de tecnologia, bens de capital e commodities.
Já em períodos recessivos, os investidores sempre darão mais preferência para setores mais defensivos, tais como companhias de serviços públicos e saúde.
Entendendo os estágios de um ciclos econômico
Todo ciclo econômico é formado por quatro estágios principais: expansão, boom, contração e recessão. A seguir iremos detalhar as características de cada um deles:
- Expansão: nesse período, a economia de um país experimenta uma fase de crescimento consistente da produção de mercadorias e serviços. Normalmente as taxas de juros estão num patamar baixo o que posteriormente pode estimular pressões inflacionárias.
- Boom: esse é conhecido como sendo o pico do ciclo, fase da qual a produção de bens e serviços alcança o seu ponto máximo. Nesses picos normalmente acontecem desequilíbrios econômicos tais como aumento da inflação e necessidade de elevação da taxa de juros.
- Contração: ocorre quando é percebida uma diminuição da atividade econômica e as taxas de desemprego se encontram em tendência de elevação constante.
- Recessão: ela acontece quando atingimos o ponto mais forte da crise macroeconômica, onde é caracterizado por alto desemprego, sobras relevantes de capacidade instalada e taxas de juros elevadas.
Os ciclos normalmente seguem sua dinâmica exatamente nessa ordem, porém, os períodos de duração de cada fase são completamente desconhecidos e imprevisíveis.
Por que o ciclo econômico existe?
Segundo a escola monetarista de economia, os ciclos econômicos estão diretamente ligados ao ciclo de crédito.
Mudanças nas taxas de juros têm efeito direto sobre a atividade de crédito de um país. O que pode tornar os empréstimos para as famílias e empresas mais ou menos caros e contribuir positiva ou negativamente para a economia.
De forma geral, quando as taxas de juros se encontram em um patamar baixo, a atividade de crédito se encontra bastante aquecida, o que naturalmente acrescenta muito mais dinheiro em uma economia, fazendo com que a inflação suba.
O contrário acontece quando os juros estão altos. O crédito se encontra escasso, o que faz com que as empresas deixem de investir em mais bens de capital, além das famílias também preferirem adiar o seu consumo de mercadorias e serviços.
É por esse motivo que a existência de um Banco Central independente das motivações governamentais é muito importante para a condução responsável da política monetária.
Isso porque essa postura permite uma atuação mais eficaz dessa autarquia federal.
Por fim, podemos concluir que o ciclo econômico sempre foi um fato existente na história da economia mundial. A sua compreensão pode ser de grande valia para a consciência de que a atividade econômica pode sempre surpreender àqueles que dependem substancialmente de metas de curto prazo.