Carteira teórica: o que é? Entenda como elas são montadas
Carteira teórica é um tipo de ferramenta com um funcionalidade muito importante no mercado financeiro: a de servir como referência para o mercado.
Assim, essa ferramenta tem uma função fundamental, como é o caso do S&P 500, a principal carteira teórica usada no mercado americano.
O que é uma carteira teórica?
Uma carteira teórica é uma seleção de papéis formada com o objetivo de avaliar a performance de um classe de ativos no mercado financeiro. Como o nome já diz, essa cesta teórica não é um portfólio de investimentos real, mas sim um portfólio representativo.
Logo, resumindo de forma prática o que é carteira teórica: é o grupo de ativos selecionados para a composição de um índice financeiro.
Assim, é importante deixar claro que a ponderação dos ativos na carteira de investimento teórica costuma ser feita de forma quantitativa, não qualitativa.
Os índices do mercado financeiro são vistos por muitos investidores como uma espécie de termômetro para determinado segmento ou classe de ativos.Porém, para interpretá-los corretamente é fundamental conhecer a carteira por trás dos seus resultados.
Todos os índices da bolsa de valores, como o IBOV (do ibovespa), possuem uma carteira representativa na qual eles são baseados. Portanto, é de extrema importância saber o que é carteira teórica de ativos.
Quais são as principais carteiras teóricas?
Depois que compreendido melhor o conceito de carteira teórica, vale a pena conhecer alguns exemplos das carteiras teóricas dos principais índices do mercado financeiro nacional.
Ibovespa (IBOV)
O IBOV, conhecido popularmente também como índice Bovespa, é um dos principais indicadores do mercado financeiro nacional.
Basicamente, o grande objetivo desse índice é servir de termômetro para a bolsa de valores nacional.
Ou seja, a carteira teórica do IBOV é composta de forma que o resultado alcançado seja semelhante a uma performance geral da bolsa de valores.
Entre as empresas com maior peso dentro da carteira do IBOV, estão Itaú (ITUB4), Vale (VALE3), Petrobras (PETR4), Ambev (ABEV3) e Bradesco (BBDC4).
Percebe-se, portanto, que as maiores empresas do Brasil são aquela que possuem maior peso (influência) sobre o resultado da carteira.
Índice Small Cap (SMLL)
Diferente do IBOV, que é um índice de perfil generalista, o SMLL foca apenas na performance das Small Caps, empresas com menor nível de capitalização da bolsa de valores.
Por isso, a carteira teórica do SMLL é composta de forma que demonstre a performance média das small caps na bolsa de valores.
De forma semelhante ao IBOV, quanto maior o valor de mercado e a liquidez da companhia, maior será o peso das suas ações na composição deste índice.
Índice Brasil 100 (IBrX 100)
Além das duas carteiras citadas acima, é importante conhecer o que compõe a carteira teórica do IBRX, outro dos principais índices do mercado financeiro brasileiro.
O IBRX é resultado de uma carteira teórica de ativos composta pelos 100 ativos de maior negociabilidade da bolsa de valores.
Portanto, quanto maior a negociabilidade do ativo, que pode ser lida como volume de negociação, maior será o peso do ativo na carteira do IBRX.
Por fim, vale notar que também há uma variedade do IBRX composta por apenas 50 ações, conhecido como IBrX50.
Ainda que possua uma composição mais diversificada do que o Ibovespa, a performance dos dois índices é parecida.
Standard and Poor’s 500 (S&P500)
Por fim, não é possível deixar de lado o principal índice da economia americana: o S&P500, composto pelas 500 maiores empresas do país.
O S&P500 tem função como um importante termômetro para o mercado de ações norte-americano. Pode-se dizer que essa é a principal carteira desse tipo do mundo.
Além dessa importante carteira de ações americanas, existem outras, como o Dow Jones, o índice Nasdaq 100 (mais voltado para tecnologia).
Além disso, existe o CRSP US Total Market Index, que acompanha todo o mercado de ações americano. É possível investir nele através do ETF VTI, um dos maiores ETFs dos EUA.
Como usar uma carteira teórica?
Uma carteira teórica é muito útil e pode ajudar tanto os investidores institucionais quanto os investidores individuais. Portanto, é fundamental saber como usá-la.
Primeiramente, é possível verificar a composição de uma carteira teórica através da internet, seja no site da B3 (a bolsa brasileira) ou outros portais.
Assim, o investidor pode verificar quais ativos existem dentro de uma carteira teórica e, se for da sua vontade, usar isso como base na sua própria tomada de decisões de investimentos.
Além disso, é possível usar uma carteira teórica de ações como uma referência de investimentos. É por isso que essas carteiras têm a função como benchmark para seus respectivos mercados.
Por exemplo: se um fundo render abaixo do índice de referência, pode valer mais a pena buscar um fundo de gestão passiva.
Por outro lado, se o fundo ativo tiver uma boa performance, o investidor pode preferir alocar o seu capital nesse fundo.
Posso investir em uma carteira teórica?
Sim, é possível investir em uma carteira desse tipo através de um mecanismo de investimentos que se chama ETF (sigla para exchange traded funds). Assim, o capital investido estará alocado em um fundo de gestão passiva.
Por exemplo: o investidor que quiser investir num ETF de carteira teórica Ibovespa, pode colocar seu dinheiro no ETF brasileiro BOVA11 ou no ETF americano EWZ.
Além disso, é possível investir em carteiras teóricas no exterior, como ETFs do índice americano S&P500 (IVVB11 na bolsa brasileira e SPY na bolsa americana) e de diversos outros países e regiões.
Por fim, também é possível procurar ETFs de estratégias específicas de investimentos, como investimentos em determinados setores ou com foco em determinada métrica.
Atualmente, o mercado americano é repleto de ETFs setoriais, regionais e com foco em diferentes estratégias de investimento. O mercado brasileiro, apesar de ter menos opções, cresce a cada dia nesse sentido também.
Assim, é possível ter carteira teórica conservadora, com ativos de menor risco, e uma carteira arrojada, com maior risco e maior potencial.
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