Entender a diferença entre capital próprio e capital de terceiros é importante ao analisar o balanço patrimonial para verificar a situação financeira da companhia.
Dessa forma, é possível analisar a saúde financeira da companhia tomando seu capital próprio como uma das referências.
O que é Capital Próprio?
O Capital Próprio é obtido a partir da diferença entre tudo o que a empresa possui (ativos) e deve a terceiros (passivo), sendo também conhecido como patrimônio líquido. É a soma do capital social e suas variações, além de lucros e demais reservas.
Ou seja: de forma aproximada, caso a empresa encerrasse suas atividades na data do balanço, os acionistas teriam direito a embolsar esse valor correspondente ao patrimônio.
O capital próprio é a riqueza dos donos que está na companhia. Mas isso não deve ser confundido com o preço justo ou o valor do negócio.
Apesar dessas limitações, olhar o patrimônio líquido permite avaliar a solidez financeira do negócio.
Além disso, torna-se possível compreender práticas que algumas empresas adotam: a recompra de ações e um possível dividendo extraordinário.
Para que serve o Capital Próprio?
Primeiramente, ao comparar o patrimônio líquido com o capital de terceiros, torna-se possível calcular indicadores de endividamento.
Em segundo lugar, será possível avaliar a prática de recompra de ações da companhia, pois sempre que a empresa recompra suas ações e depois as cancela, o patrimônio diminui.
Por fim, uma reserva de lucros cheia pode significar que a empresa poderá pagar algum dividendo extraordinário no futuro próximo.
Ou seja: é importante estar atento à distribuição de proventos de forma não recorrente, pois elas podem enganar o investidor que não estiver atento a esses detalhes.
Dessa forma, o investirá fazer um investimento esperando que aquela distribuição de dividendos permaneça, quando ela ocorreu por evento extraordinário.
Como Funciona o Capital Próprio?
Primeiramente, é importante não confundir o capital dos acionistas com o valor da ação. Geralmente, o patrimônio é uma medida que subestima o preço justo da ação.
Por exemplo: as empresas que apresentam crescimento elevado geralmente são negociadas por muitas vezes o valor do patrimônio.
Entretanto, isso é compreensível, pois essas companhias apresentam marcas muito fortes, alta fidelização dos clientes, e esses fatores não são registrados no balanço da empresa.
Além disso, essas empresas possuem uma escala muito grande, e com o mesmo patrimônio, podem aumentar a receita e lucros.
Embora seja evidente que, no longo prazo, espera-se que o patrimônio aumente de uma forma ou de outra. Seja pela retenção de lucros ou pela própria expansão do negócio.
Quais os tipos de Capital Próprio?
De fato, o capital próprio é composto por várias contas, das quais destacam-se:
- Capital Social;
- Reservas de Lucros;
- Lucros ou Prejuízos acumulados.
1. Capital Social
O capital social inclui o dinheiro que os acionistas fundadores da companhia colocaram na empresa.
Além disso, também contam como capital social os recursos provenientes da subscrição de ações, onde mais dinheiro entra no caixa da empresa.
2. Reservas de Lucros
Em segundo lugar, a conta de reservas de lucros inclui a parcela dos lucros que é retida pela companhia para um fim específico.
Por exemplo: reserva legal (5% do Lucro Líquido do exercício); reserva estatutária (se estiver prevista no Estatuto Social); e reserva para contingências.
3. Lucros ou Prejuízos acumulados
Os lucros ou prejuízos acumulados são mudanças que ocorrem no patrimônio líquido em um determinado período.
De fato, é possível que as movimentações financeiras tenham aumentado ou lucro ou o prejuízo.
Quais as vantagens de usar o Capital Próprio?
As vantagens do capital próprio são bastante visíveis, pois garantem uma maior previsibilidade nas operações.
Primeiramente, uma grande vantagem do capital próprio é o de que ele não precisa ser devolvido, como ocorre no caso de empréstimos.
Além disso, a saúde financeira da empresa aumenta, visto que é possível fazer uma maior reserva de caixa para eventualidades.
Dessa forma, o risco de falência diminui, pois a empresa terá maior caixa para passar por dificuldades em suas operações.
De fato, uma geração e manutenção de um caixa robusto é um fator que aumenta a segurança nas operações de uma empresa em casos de dificuldades.
Quais as desvantagens de usar o Capital Próprio?
Apesar de possuir série de vantagens, é preciso considerar também as desvantagens do capital próprio.
Em primeiro lugar, é preciso pensar que esse tipo de capital pode gerar conflitos a respeito de sua aplicação.
De fato, é possível ver casos onde há um impasse entre os acionistas a respeito de qual deve ser a finalidade desse valor monetário.
Isso leva a uma perda de autonomia, pois os donos da companhia passam a não ter completa liberdade a respeito de como empregar seu capital.
Portanto, é preciso entender que, para muitas pequenas empresas, vale a pena tomar dívidas e utilizar capital de terceiros, ao invés de capital próprio de sócios.
No entanto, é necessário avaliar cada caso, pois existem diversas particularidades nas operações de diversas empresas.
Capital Próprio ou Capital de Terceiros: qual utilizar?
De fato, vale a pena fazer a distinção entre capital próprio e capital de terceiros, pois ambos são muito importantes para as operações de uma companhia.
Em primeiro lugar: como já foi falado, o capital próprio é o aporte feito por sócios e donos de uma empresa.
Segundamente: capital de terceiros é um investimento feito de forma externa, realizada através de empréstimos, financiamentos ou da emissão de debêntures.
De fato, a conclusão lógica que alguém pode chegar é a de que nunca vale a pena contrair dívida: no entanto, se endividar pode trazer uma rentabilidade maior para a empresa, desde que feita com responsabilidade.
Uma vez que a alocação do dinheiro emprestado pode dar início a projetos com altas rentabilidades, por vezes, é mais válido fazer uma alavancagem para crescer.
Além disso, é possível abater usar o pagamento de juros para abater lucro tributável, gerando um benefício fiscal interessante para as companhias.
Portanto, é preciso estudar as taxas de juros e a viabilidade dos projetos a serem gerenciados, pois sempre existem diversas particularidades envolvidas.
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