O desenvolvimento econômico é um dos principais objetos de estudo da macroeconomia. Para entender como o ocorre e determinar de que forma ele pode ser atingido, os economistas se debruçam sobre uma série de aspectos teóricos e práticos presentes em uma sociedade. Nesse sentido, um dos fatores mais que estão relacionados ao desenvolvimento econômico é o capital humano.
O conceito de capital humano surgiu nos Estados Unidos, na Universidade de Chicago. O economista estadunidense, Theodore Schultz, é responsável pela teoria. As pesquisas de Schultz fizeram o economista receber um Nobel de Economia em 1979.
O que é capital humano?
A teoria do capital humano afirma que a força de trabalho é o meio de produção mais importante dentro de economia. Ou seja, segundo ela, quando os profissionais são qualificados e possui mais habilidades, a economia tem a capacidade de produzir de produzir mais valor econômico.
De fundamental importância dentro das mais diversas teorias de desenvolvimento econômico, o conceito de capital humano surgiu quando Theodore Schultz era professor na Universidade de Chicago. Foi a partir do seu estudo que se verificou a importância do investimento em educação e qualificação profissional dentro de uma economia, como uma forma para fazê-la ganhar ganhos crescentes de produtividade.
A falta de capital humano fez diversas nações criarem estratégias para aumentar estes índices. Isso porque a força de trabalho qualificada está diretamente ligada com o desenvolvimento econômico de um país. Para aumentar a qualificação profissional muitos programas de educação foram criados pela iniciativa privada e pública
Por que os países querem profissionais estrangeiros?
Algumas políticas de atração de capital humano são percebidas em países em população mais idosas e que há carência de mão de obra qualificada e jovem. Essas políticas para aumentar o capital humano é comum em países como Canadá, Portugal, Austrália e Itália, por exemplo.
Essa procura de profissionais em outros países acontece devido ao envelhecimento da população e da escassez de profissionais qualificados para as vagas. O governo canadense estimou a população acima de 65 anos em 2001, ou seja, 1 a cada 8 pessoas era idosa na época. A expectativa para 2021 é de 6,7 milhões de idosos.
Os números também refletem no Brasil. A quantidade de declarações de saída definitiva no país duplicou entre 2013 e 2017. De acordo com a Receita Federal, passou de 9.887 para 21.701, crescimento de 219%.
A procura de capital humano se tornou essencial para estes países que estão tendo um envelhecimento da mão de obra. Isso porque o desenvolvimento destas nações ligada com a mão de obra qualificada.
A fuga de cérebros (brain drain)
Entretanto, um fenômeno popularmente conhecido como fuga de cérebros (brain drain), tem chamado a atenção. O termo se refere a saída em massa de um local de profissionais qualificados. Isso pode acontecer por motivos como guerras e conflitos. Além disso, é comum países que precisem de profissionais de alguma área específica criarem políticas de imigração para atrair mão de obra qualificada.
A importância do capital humano para as empresas
Na realidade de uma empresa, a valorização do capital humano faz referência a riqueza que uma empresa pode ter com a qualificação dos funcionários. Como o aperfeiçoamento do trabalhadores influencia os processos de produção, quanto maior o número de funcionários qualificados, mais eficazes os processos. Assim, quanto maior o capital humano, maior o poder de gerar riquezas.
O conceito de capital humano também foi transmitido para os processos seletivos das instituições. Habilidades e competências em outras áreas passaram a ser valorizadas nos currículos. Além disso, cursos e aperfeiçoamentos foram inseridos na cultura de várias empresas.
Desenvolver e aumentar o capital humano passou a ser estratégias para muitas instituições, isso porque o aumento das habilidades dos trabalhadores influencia na capacidade de inovação e simplificar processos. Assim, mais uma vez as empresas se tornam mais lucrativas e competitivas.