Para quem se interessa por investimentos em outros mercados, especular em torno de outras moedas, ou até mesmo viaja regularmente ao exterior, estar antenado ao câmbio é quase que uma obrigação.
Essa verdade também diz respeito à investidores, haja visto que uma alta variação do câmbio tende a comprometer diretamente e por inteiro segmentos representativos de nossa economia.
O que é o câmbio?
Câmbio é atividade econômica que consiste em trocar um bem por outro, em determinada proporção. Esse tipo de prática é mais conhecida na transação de moedas, quando a moeda de um país é trocada por uma quantidade de outra moeda.
Logo, no seu sentido mais comum — o câmbio de moedas, a taxa de câmbio nada mais é do que o preço de uma moeda estrangeira, ou seja, a quantidade de moeda nacional necessária para comprar uma unidade de uma moeda estrangeira qualquer.
A título de exemplificação, se essa taxa, para o Dólar, estiver em R$ 3,50, isso significa que é preciso que uma pessoa gastar R$ 3,50 para cada US$ 1 que deseje comprar.
Tipos de câmbio
Existem duas principais variações da taxa de câmbio, que são o Turismo e o Comercial.
- Câmbio Turismo: é a cotação utilizada para a compra e venda de moeda estrangeira para viagens internacionais;
- Câmbio Comercial: é a cotação utilizada para operações realizadas no mercado de câmbio, tais como exportações e importações, além transferências financeiras;
Câmbio Oficial
É importante frisar que existe a cotação oficial Dólar Americano no Brasil, que é a Ptax.
A Ptax é nada menos que a média ponderada das taxas informadas pelos dealers – ou seja, os negociadores – de dólar durante o dia no mercado interbancário.
A partir daí essa taxa é calculada, então, pelo Banco Central do Brasil – Bacen – ao final de cada dia, gerando-se, assim, a cotação diária do Dólar frente ao Real.
Há de se destacar, ainda, que através da política cambial é feita, pelo Governo, a administração dessa taxa como instrumento de política de relações comerciais e financeiras entre um país e outro.
Existem, basicamente, três formas de se fazer essa gestão cambial.
- Regime de Câmbio Fixo: a fixação dessa importante taxa é de responsabilidade das autoridades monetárias, e não do mercado, em si. Neste contexto, o Banco Central define uma taxa e deve dispor de reservas internacionais para intervir no mercado de câmbio para garantir a paridade fixa. Visa garantir o controle de preços e a inflação;
- Regime de Câmbio Flutuante: a taxa é determinada pelo mercado (oferta e demanda). Neste regime, é comum obter-se uma maior volatilidade dessas taxas, ao passo que o mesmo visa o equilíbrio das contas externas;
- Regime de Flutuação Administrada: intervenção parcial da autoridade monetária para regular a taxa. Neste regime, o Banco Central determina uma banda cambial, que nada mais é do que o estabelecimento de uma faixa definida por um preço inferior e superior, permitindo a flutuação da taxa neste intervalo. É comum que, nesta conjuntura, o Governo utilize suas reservas e seus recursos no intuito de comprar e vender moedas estrangeiras, para que, assim, consiga fazer com que a taxa se mantenha dentro desse limite;
Cenários da variação do câmbio
Em uma conjuntura de desvalorização do Real frente ao Dólar, é comum que as exportações sejam favorecidas, haja visto que os produtos de origem nacional ficam mais competitivos no mercado internacional.
Entretanto, as importações são dificultadas, pois o preço dos produtos estrangeiros em Reais, neste cenário, fica mais alto, o que pode levar, inclusive, é uma situação de inflação.
Por que o câmbio é uma atividade tão importante?
Diante do que foi abordado, fica importante perceber a importância do incentivo à entrada de investidores estrangeiros no país, haja visto que, nesse cenário, aumenta-se o fluxo de outras moedas (geralmente o Dólar) na economia, fazendo com que se diminua o câmbio e aumente-se a valorização do Real frente outras reservas de valor.