Uma das principais saídas à situação difícil da Petrobras em equacionar suas dívidas será a venda parcial de sua subsidiária – a BR Distribuidora (BRDT3) – além da venda de vários dos seus ativos.
No final de setembro, o conselho da Petrobras aprovou o IPO (Initial Public Offering) da BR Distribuidora, em nossa opinião, uma das principais “joias da coroa” da petroleira.
Muitos analistas creem que a companhia terá sua oferta inicial negociada com um prêmio devido ao gap de produtividade que a BR Distribuidora ainda possui em relação aos seus principais competidores (postos Ipiranga e Shell). Com o IPO da empresa, a expectativa é que haja uma melhora da transparência e responsabilidade para com os investidores.
Porém, a grande questão nesse IPO será a quantidade da fatia vendida pela Petrobras, que segundo o seu prospecto será entre 25% e 33,75% da BR Distribuidora. O que deixa a Petrobras ainda como o sócio controlador da empresa, agregando um risco de governança relevante no momento da precificação do ativo, pois seu controlador, uma empresa estatal, ainda terá grande poder de decisão sobre a BR Distribuidora.
Outro ponto que pesa nesse IPO é o fato dele ser de oferta secundária, ou seja, todos os recursos levantados com o lançamento das ações irão exclusivamente para o caixa da Petrobras. O lote principal é formado por 291.250.000 ações ordinárias, lote que poderá ser acrescido em um lote suplementar de até 15% do principal, ou 43.687.500. Além disso, caso haja bastante demanda, poderá haver um acréscimo de até 20% do lote principal, ou seja, 58.250.000.
As ações da BR Distribuidora serão listadas no Novo Mercado, segmento de mais alta governança corporativa pela B3, e terão o código de BRDT3.
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