Os blocos econômicos são formas de cooperação entre países com interesses em comum, buscando estabelecer relações comerciais favoráveis, reduzir taxas e ampliar o comércio internacional. Essas organizações desempenham um papel crucial na economia global, impactando diretamente os investimentos e as finanças pessoais.
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Desse modo, neste artigo, exploraremos a importância dos blocos econômicos e como eles influenciam as decisões financeiras, proporcionando uma visão abrangente sobre esse tema fundamental para os negócios internacionais.
Os blocos econômicos são integrações entre países para fomentar o comércio entre os membros através de acordos aduaneiros e taxas comuns.
Esses blocos costumam promover o desenvolvimento econômico dos envolvidos e são uma consequência do processo de globalização, com a maior integração entre os países.
Além disso, os blocos econômicos são responsáveis por boa parte da integração econômica entre os países membros, fortalecendo o laço deles e permitindo vantagens no comércio internacional.
Então, com o objetivo de simplificar a resposta para “o que são blocos econômicos” podemos dizer que essa cooperação entre países tem como meta a redução ou eliminação de barreiras tarifárias, facilitando o comércio entre todas as regiões que fazem parte do bloco.
A história dos blocos econômicos remonta ao século XX, quando nações começaram a buscar formas de fortalecer suas economias e aumentar sua influência no cenário internacional por meio da cooperação regional. Essa ideia ganhou destaque após a Segunda Guerra Mundial, quando a necessidade de promover a paz e a estabilidade se tornou uma prioridade.
Um dos primeiros blocos econômicos foi a União Europeia, criada em 1957 com o Tratado de Roma. Inicialmente, a UE visava promover a integração econômica entre seus membros, a fim de evitar conflitos e promover o desenvolvimento mútuo. Ao longo do tempo, a UE expandiu seu escopo, abrangendo questões políticas, sociais e ambientais, tornando-se um dos blocos mais influentes do mundo.
Outro exemplo importante é o Mercado Comum do Sul (Mercosul), estabelecido em 1991 por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Esse bloco econômico busca facilitar o comércio e a cooperação entre seus membros, além de promover a integração regional e fortalecer a posição desses países no cenário global.
Em resumo, os blocos econômicos surgiram como uma resposta à necessidade de cooperação e fortalecimento mútuo entre as nações. Ao longo da história, eles têm desempenhado um papel importante na promoção do comércio, do crescimento econômico e da estabilidade regional. Com o tempo, essas organizações evoluíram e se tornaram importantes atores no cenário internacional, moldando as relações econômicas e políticas entre os países.
Zona de livre comércio: um acordo de mercado internacional
Existem diversos tipos de blocos econômicos, que evoluem conforme sua maturidade econômica e integração política dos países membros. Eles podem ser dos seguintes tipos:
Zona de livre comércio
Primeiramente, na zona de livre comércio, é estabelecida a redução ou a completa isenção de impostos entre os países membros desses blocos econômicos.
Além disso, o mais comum é que ocorra a redução das alíquotas de impostos de renda. Porém, a sua completa eliminação também é possível.
Sendo assim, isto causa uma maior competitividade na economia dos países e faz com que os preços dos produtos baixem para o consumidor final.
Assim, a zona de livre comércio ainda permite que cada país foque os seus recursos nas áreas da economia em que possuem a maior produtividade. Isto ocorre uma vez que outras áreas serão atendidas pelos países os quais são mais produtivos nessas áreas. Contudo, as políticas comerciais próprias de cada país são mantidas. Bons exemplos de zonas de livre comércio são: a NAFTA e USMCA.
União aduaneira
Na união aduaneira, além do livre comércio, são implementadas tarifas padrões para negócios com países não membros dos blocos econômicos.
Por exemplo: Brasil e Argentina podem, em uma resolução dentro do Mercosul, optar por definir uma tarifa única em negócios com a Europa.
Mercado comum
Mercado comum é o resultado do acordo feito entre um grupo de países que visa praticar as mesmas tarifas e trâmites, criando uma associação comercial. O intuito é facilitar estas transações econômicas para todos os envolvidos e, assim, fortalecer o grupo como um todo.
Assim, a principal evolução do mercado comum é permitir o livre fluxo de capital e pessoas entre os países membros.
No entanto, para chegar neste nível de integração econômica é necessária muita proximidade nas legislações. Nesse sentido, um dos melhores exemplos é a União Europeia.
União monetária
A União Monetária consiste no acordo realizado entre dois ou mais países para a criação de uma moeda única entre eles.
Logo, com a adoção de uma mesma moeda, será criada uma política monetária única bem como um único Banco Central responsável pela regulação de todo o sistema monetário.
Por fim, nesse estágio, além da livre circulação há o estabelecimento de uma moeda única. Como maior exemplo estão os países que adotam o euro como moeda local. Neste caso, as decisões são tomadas por um órgão centralizado, no caso do Euro, é o Banco Central Europeu.
A União Europeia possui ainda um sistema legislativo comum que é transversal à legislação local de cada país, contando com um parlamento e tribunal próprio, mas sem poder executivo.
Os principais blocos econômicos iniciaram no fim da Segunda Guerra Mundial, momento em que diversos países estavam em situações econômicas complexas e desafiadoras.
Assim, pode-se destacar como os principais blocos do mundo:
NAFTA: o que é? Como funciona esse bloco econômico?

- USMCA;
- Mercosul;
- União Europeia;
- APEC;
- CEI;
- ASEAN;
- OPEP;
- Tigres Asiáticos.
BRICS - Comunidade Andina de Nações
- SADC
Acordo de Livre Comércio da África
USMCA
A USMCA é um acordo comercial entre Estados Unidos, México e Canadá, que entrou em vigor em julho de 2020, substituindo o NAFTA.
As principais mudanças incluem novas regras para comércio digital, proteção de propriedade intelectual, trabalho, meio ambiente e comércio de produtos automotivos.
O objetivo é reduzir a burocracia e barreiras comerciais, incentivando o comércio e investimento. Para entrar em vigor, o acordo passou por uma série de negociações e ajustes e foi ratificado pelos governos dos três países.

Mercosul
O Mercosul (Mercado Comum do Sul) é um bloco de integração econômica, aduaneira e de livre-comércio entre cinco países da América do Sul.
Os membros atuais do Mercosul são: Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. No entanto, outros países participam, mas com menos privilégios e deveres em relação aos países membros.
O tratado de formação do bloco relata que o objetivo do Mercosul é promover o livre comercio entre os países-membros, além de um movimento fluido de bens, pessoas e moedas.

União Europeia
A União Europeia (UE) é o bloco econômico e político europeu formado por 28 países, dos quais 19 utilizam o Euro como moeda e formam, assim, a Zona do Euro.
No entanto, existem alguns países que são parte da União Europeia, mas não adotam o euro como moeda oficial.
A União Europeia surgiu como uma ideia após a Segunda Guerra Mundial. Tendo como objetivo promover a paz e o desenvolvimento econômico na região.
Em sua história, a União Europeia enfrentou diversos momentos críticos, sendo eles a moratória da Grécia, onde se cogitava a saída do país do bloco do Euro e o Brexit, onde o Reino Unido saiu do bloco.
Nesses dois eventos, muitos enxergaram a União Europeia como algo frágil e perto de acabar. Mas, após tais eventos, o Euro continua funcionando e os países europeus, permanecem juntos.

APEC
APEC é a sigla para Asia-Pacific Economic Cooperation, que pode ser traduzido livremente como Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico. Sua intenção é criar uma zona de livre-comércio entre 20 países localizados em diversos continentes.
Basicamente, a cooperação funciona como um bloco econômico que engloba 21 diferentes nações. Entre elas, estão países da Ásia, Oceania, América do Norte, América Central e América do Sul.

CEI
A CEI é a sigla para Comunidade dos Estados Independentes, reunindo a maioria das repúblicas que eram membros da União Soviética.
O principal objetivo desse bloco é criar um sistema de defesa econômica entre as nações da antiga União Soviética.
ASEAN – Associação das Nações do Sudeste Asiático
A ASEAN é um bloco formado pelos países do Sudeste Asiático e que foi criado em 1967, com o objetivo central de desenvolver a região socioeconomicamente.
Para isso, o grupo busca promover a estabilidade política na região, desenvolver a agricultura, o setor industrial e fomentar o investimento em educação.
Entre os países integrantes, destacam-se Tailândia, Vietnã, Filipinas e Cingapura. Todos os países do bloco utilizam um modelo cooperativo para que todos possam prosperar economicamente.
OPEP – Organização dos Países Exportadores de Petróleo
A OPEP é, basicamente, uma organização cujo foco é defender os interesses dos países produtores e exportadores de petróleo.
Entre esses países, destacam-se, principalmente, os do Oriente Médio, entretanto também entraram para o bloco países como Venezuela, Angola, Guiné Equatorial e, mais recentemente, a Rússia, o que culminou na criação da OPEP+.
A força da OPEP no mercado de petróleo é tão grande, que os países membros são responsáveis por 79,4% das reservas mundiais da commodity.
Por tratar dos interesses dos países membros no que diz respeito ao comércio de petróleo no mundo, ela é responsável por ditar os rumos da produção e, consequentemente, do preço do barril de petróleo.
Tigres Asiáticos
Criado na década de 1970, o bloco é composto por países como Hong Kong, Cingapura e Taiwan, grandes polos da economia asiática e que representam uma parcela significativa do mercado de tecnologia no mundo.
Focados na captação de investimentos estrangeiros para financiar os projetos de exportações dos países, o bloco se desenvolveu significativamente durante os anos 2000, acelerando o processo de desenvolvimento do setor industrial e tecnológico.
Por essa razão e por conta da pauta industrial dos países membros, o bloco tem um dos melhores resultados de crescimento para o PIB, que fica em torno de 6% ao ano nas últimas três décadas.
BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul
Diferente dos blocos econômicos, como o Mercosul ou a União Europeia, os BRICS são um grupo de países que se aliaram com o objetivo de ampliar suas influências geopolíticas. Sendo que alguns enxergam o grupo como uma alternativa ao G7, por exemplo.
Assim, o grupo começou como BRIC em 2006. Portanto, neste primeiro momento os países membros eram: Brasil, Rússia, Índia e China.
Depois, em 2011, com a África do Sul, o grupo passou a se chamar BRICS. Desse modo, os 5 países se tornaram os estados membros do grupo.
Em 2024 o grupo registrou a entrada de mais alguns países, como: Egito, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Etiópia e Irã.
Comunidade Andina de Nações
A Comunidade Andina de Nações, também conhecida como CAN ou Pacto Andino, é um bloco econômico formado em 1969 por países da América do Sul, para alcançar um desenvolvimento abrangente, equilibrado e autônomo por meio da integração andina.
Atualmente, a CAN é composta por quatro países: Bolívia, Colômbia, Equador e Peru.
O Pacto Andino foi criado pelo Acordo de Cartagena em 1969 e, a partir de 1996, os países membros definiram reformas na organização do bloco, que passou a atuar com a nomenclatura de Comunidade Andina.
A CAN visa principalmente promover o desenvolvimento econômico, social e cultural dos países membros, por meio da integração andina e da cooperação regional.
SADC
A Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC, na sigla em inglês) é um bloco econômico composto por 16 países da região sul do continente africano.
Fundada em 1992, a SADC pretende promover o desenvolvimento econômico, social e cultural dos países membros, bem como promover a paz e a segurança na região.
Os países membros da SADC são: África do Sul, Angola, Botswana, Comores, República Democrática do Congo, Eswatini (Suazilândia), Ilhas Maurício, Lesoto, Madagascar, Malauí, Moçambique, Namíbia, Seychelles, Tanzânia, Zâmbia e Zimbábue.
A SADC é uma importante organização regional, que busca garantir o bem-estar econômico e social dos países membros, através da integração econômica e da cooperação em áreas como a agricultura, pesca, turismo, energia, ciência e tecnologia, entre outras.
Acordo de Livre Comércio da África (AfCFTA):
O AfCFTA é um acordo que busca se tornar a maior zona de livre comércio do mundo. Este acordo foi estabelecido em 2019.
Até o presente momento, diversos países, das 55 nações africanas já assinaram o acordo. Somente a Eritreia ficou de fora. Com relação à retificação do acordo, ainda faltam algumas nações, como: Benim, Líbia, Madagascar, Sudão e Sudão do Sul.
Os blocos econômicos servem para garantir proteção e competitividade no mercado internacional para produtos de um grupo de países membros.
Nesse sentido, para ser sustentável, estende-se a todos os seus países membros os benefícios dos blocos econômicos.
Dessa forma, os países menos desenvolvidos de cada bloco econômico têm a chance de fazer negócios rentáveis com nações mais desenvolvidas buscando um desenvolvimento regional.
Assim, os blocos econômicos e globalização cumprem um papel importante, facilitando a circulação de bens e serviços.
Desenvolvimento econômico: conheça as principais teorias a respeito
Além disso, os blocos econômicos estimulam a produtividade entre si ao facilitarem as regras do comércio. No entanto, é preciso avaliar a situação de cada país dentro de um bloco econômico uma vez que todos devem ter algum tipo de benefício.
Por exemplo: o Brasil é um excelente produtor de soja, e a Argentina, de vinhos. Portanto, ao focar todos os seus recursos em produzir soja, o Brasil pode fazer isto da forma mais barata e produtiva possível. O mesmo ocorre para a Argentina em relação aos vinhos.
Por fim, ao definir taxas comuns para seus produtos no mercado internacional, a Argentina ganha competitividade em suas exportações de vinho, e o Brasil, em suas exportações de soja, enquanto cada país recebe esses produtos com menos taxas.
Dessa forma, estimula-se o crescimento econômico dos países associados, de forma que todos se beneficiem.
Vale mencionar o papel da tecnologia nos blocos econômicos. Com as novas tecnologias, principalmente a IA (Inteligência Artificial), os blocos econômicos se beneficiarão de todas as vantagens proporcionadas por elas, gerando mais competitividade e agregando valor aos produtos e serviços.
Sendo assim, a IA ajudará em diferentes áreas, auxiliando na manutenção e desenvolvimento dos blocos econômicos.
Os blocos econômicos são alianças regionais que visam fortalecer a cooperação econômica entre países. Desse modo, os blocos econômicos e seus objetivos possuem algumas vantagens e desvantagens.
Portanto, a seguir analisaremos as principais vantagens e desvantagens dos blocos econômicos, proporcionando uma visão abrangente sobre esse tema essencial para a compreensão do comércio internacional.
Vantagens dos Blocos Econômicos:

Crescimento econômico e atração de investimentos
Os blocos econômicos promovem a liberalização do comércio entre os membros, reduzindo barreiras tarifárias e não tarifárias. Isso facilita o fluxo de mercadorias e serviços, estimulando o crescimento econômico e dos investimentos entre os países participantes.
Benefícios competitivos
A cooperação no âmbito dos blocos econômicos fortalece a posição dos países membros no mercado internacional. Ao negociarem em conjunto, os países podem obter melhores acordos comerciais com outras regiões e países, aumentando sua competitividade global, além de garantir maior estabilidade econômica para os países membros.
Redução de tarifas e maior fluxo comercial
Os blocos econômicos promovem a integração econômica e política entre os países membros. Essa maior integração resulta em um ambiente propício para o desenvolvimento de cadeias de suprimentos eficientes, facilitando o comércio intra-regional, reduzindo tarifas, aumentando o fluxo comercial e impulsionando o crescimento econômico.
Desvantagens dos Blocos Econômicos

Barreiras para países que não fazem parte dos blocos
Os países membros dos blocos econômicos podem ter interesses divergentes em relação a determinadas questões, como política agrícola, políticas comerciais e acesso a mercados. Conciliar essas diferenças pode ser um desafio e pode levar a tensões entre os países participantes, já que tais práticas costumam gerar barreiras para países que não fazem parte dos blocos. Desse modo, os negócios envolvendo países membros com outras nações podem ser prejudicados.
Dependência excessiva de mercados internos do bloco
A adesão a um bloco econômico implica em abrir mão de parte da soberania nacional em termos de tomada de decisões econômicas. Alguns críticos argumentam que isso pode limitar a autonomia dos países membros para definir suas políticas econômicas e comerciais de acordo com suas necessidades específicas, ocasionando uma dependência excessiva referente aos mercados internos do bloco.
Desigualdade entre países membros
Os benefícios dos blocos econômicos podem ser distribuídos de forma desigual entre os países membros. Alguns países podem se beneficiar mais do que outros devido a suas estruturas econômicas, capacidade produtiva e acesso a mercados. Fato que pode culminar com maior desigualdade entre os países membros.
Complexidade burocrática
A operação de um bloco econômico envolve a criação de estruturas e instituições complexas para coordenar as atividades dos países.
O Brasil participa de alguns grupos, como o Mercosul e os BRICS. O Mercosul é o bloco econômico cujo Brasil é um dos fundadores.
Iniciado em 1991, o Mercosul possui atualmente quatro parceiros: o Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. Além deles a Venezuela também faz parte, contudo eles estão suspensos desde 2016.
Desse modo, o Mercosul é um dos blocos econômicos do Brasil e portanto, os impactos econômicos gerados por essa parceria são vários. No turismo, o Brasil se beneficia devido à facilidade de tráfego dos seus cidadãos do bloco entre os países membros.
Assim, cidadãos de outros países do bloco tem acesso mais fácil para visitar o Brasil. Outro benefício é a redução de tarifas e barreiras comerciais entre os países membros.
Assim, em 2023 o Brasil auferiu um superávit sobre os países que fazem parte do Mercosul de aproximadamente US$ 6 bilhões.
Sobre os BRICS, esse grupo não oferece benefícios comerciais diretos aos países membros. Na verdade, um dos principais objetivos deste grupo é como consolidar a influência dos países membros com relação às outras nações do mundo, fazendo uma sobra ao G7.
Contudo, os BRICS também estão evoluindo e ganhando mais corpo, integrando em 2024 mais alguns países ao grupo. Sem falar que em 2014 foi criado o Banco dos BRICS, ou Novo Banco de Desenvolvimento (NBD). A missão deste banco é promover cooperação econômica, investimentos e iniciativas financeiras entre os países do grupo.
Ou seja, os BRICS estão caminhando para se tornarem algo que vai além de um grupo de países. Quem sabe futuramente, eles se tornem um bloco econômico.
Nos últimos anos, alguns grupos e blocos econômicos passaram por importantes mudanças. Nesse sentido, vamos analisar os blocos econômicos mudanças:
- Expansão do BRICS: Em 2024, os BRICS cresceram e mais 5 países se tornaram membros, eles são: Egito, Etiópia, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Irã. Com isso, os BRICS ganham terreno no Oriente Médio e também no continente africano.
- Acordo Mercosul-União Europeia: Em 2025 a novela referente ao acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia terminou e os blocos fecharam o acordo. Contudo, cada país membro da União Europeia terá que aceitar os termos do acordo para que ele enfim, possa ser efetivado. Assim, caso esse acordo seja devidamente ratificado entre todas as nações de ambos os blocos, os benefícios para o Brasil serão consideráveis. Há estimativas que os ganhos referentes a esse acordo podem impactar em um crescimento de até 0,34% do PIB brasileiro até 2044.
- Crescimento da AfCFTA: O AfCFTA está para se tornar a maior zona de livre comércio do mundo, ligando todas as nações africanas. O processo de desenvolvimento deste bloco econômico está sendo realizado em etapas. Assim, em 2021 iniciaram as conversas sobre os termos do acordo, porém nada mais robusto foi concluído até o momento. Estimativas sugerem que o bloco com as 55 nações africanas poderia ter um PIB combinado de aproximadamente US$ 3,4 bilhões.
União Monetária: saiba mais sobre esse tipo de acordo econômico
Como visto até aqui, os blocos econômicos são estruturas interessantes para países que desejam estreitar ou facilitar negociações.
Afinal, este tipo de integração possui diversos efeitos práticos nas finanças das nações sendo que em determinadas situações pode determinar o crescimento ou não da economia de um país.
Nesse sentido, vale destacar quatro tópicos desta influência.
Domicílio fiscal das empresas
A forma como o bloco econômico elabora a questão de domicílio fiscal das empresas é importante, afinal é neste campo em que são definidas as questões tributárias que o negócio terá que arcar.
Ou seja, a depender da estrutura, a empresa pode pagar mais ou menos tributos.
Dessa forma, este fator é preponderante no momento da empresa definir um local para atuação, pois, a depender dos impostos cobrados, dados importantes da empresa como EBITDA e lucro líquido são afetados.
Força da moeda para comprar produtos
Em blocos econômicos mais estruturados, como no caso da União Europeia, a aplicação de uma moeda comum tende a valorizar este câmbio globalmente.
Ou seja, o sucesso desta moeda no bloco econômico, reflete no impacto mundial que ela tem.
Além disso, em outros blocos econômicos, como o NAFTA, a existência desta estrutura serve tanto para aumentar o impacto das moedas globalmente, especialmente o dólar americano, quanto para melhorar as negociações entre países de diferentes poderes econômicos.
Enquanto, em blocos menos estruturados, como o CEI, as moedas dos países sofrem com maiores oscilações, além de não se encaixarem como “globais”.
Portanto, o bloco econômico também é uma forma de dar força, ou não, para moedas.
Estabilidade política e econômica
Este é um dos pontos mais complexos do bloco econômico, afinal, estabilidades entre os países que estão nessa estrutura tendem a afetar o bloco todo.
Por exemplo, imagine que dois países do APEC estejam passando por uma crise diplomática. Este tipo de integração afetará todo bloco econômico financeiramente e, em alguns casos, politicamente.
Além disso, para se encaixar em um bloco é necessário que a nação respeite uma série de regras e normas.
Incentivos fiscais
Ainda vale destacar que existem contextos que o Estado deseja atrair empresa, visando a criação de emprego e movimentação da economia, assim, para atrair novas marcas são propostos incentivos fiscais.
Por exemplo, nos países do Mercosul é comum que multinacionais encerrem sua atuação em um país e foquem suas atividades em outro, especialmente por conta dos incentivos fiscais.
Pragmatismo pode beneficiar os investidores
A partir do momento em que os blocos econômicos são formados e começam a realizar acordos entre outros blocos, o pragmatismo pode gerar um grande benefício aos investidores.
Primeiro, porque tais acordos costumam ser honrados e vão ocasionar certa segurança para empresas e nações. Assim, os investidores, sabendo sobre os acordos poderão determinar os melhores ativos para investir em cada um dos países.
Segundo: com blocos bem estruturados e acordos ocorrendo entre eles, à volatilidade referente brigas comerciais e demais disputas, tende a diminuir, gerando certa “tranquilidade” nos mercados, oferecendo um terreno mais tranquilo aos investidores.
Em suma, os investidores que possuem uma visão global, vão se beneficiar das vantagens proporcionadas pelos blocos econômicos e seus acordos.
Com a evolução do comércio entre os países, algumas nações virão benefícios em criar blocos econômicos. Assim, depois da segunda guerra mundial alguns grupos foram criados, como a União Europeia em 1957, o Mercosul em 1991, o Pacto Andino em 1969, AfCFTA em 2018, a NAFTA em 1994 e posterior USMCA referente a 2020, dentre outros.
Todos esses grupos foram criados com o intuito de proteger e fortalecer as economias pertencentes a tais blocos. Em consequência disso, esses blocos obtiveram vantagens na hora de negociar acordos econômicos com outros países e blocos. Querendo ou não, é muito mais interessante fechar um acordo com um bloco econômico, do que só com uma nação.
Porém, o mundo vem mudando nos últimos meses e os blocos econômicos, estão em risco. Já que uma onda protecionista está dominando as tendências de mercado. Dessa maneira, com o protecionismo tomando conta, os blocos econômicos se tornam menos vantajosos. Os efeitos desta nova política comercial ainda são incertos. Ou seja, é cedo para determinar se o protecionismo é algo bom, ou ruim.
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O que são blocos econômicos?
Os blocos econômicos são integrações entre países para fomentar o comércio entre os membros através de acordos aduaneiros e taxas comuns.
Esses blocos costumam promover o desenvolvimento econômico dos envolvidos, e são uma consequência do processo de globalização, com a maior integração entre os países.
Quais são os blocos econômicos?
USMCA;
Mercosul;
União Europeia;
APEC;
CEI;
ASEAN;
AfCFTA;
OPEP;
Tigres Asiáticos.
Qual o resumo sobre blocos econômicos?
Os blocos econômicos são associações de países que buscam formar um mercado regional comum. Essa associação pode ter diferentes níveis de integração, desde uma união aduaneira, que reduz ou elimina impostos, até uma unificação monetária, que utiliza a mesma moeda.
A ideia é que a formação desses blocos facilite as transações comerciais entre os países membros, intensificando as relações econômicas e comerciais.
Os blocos econômicos surgiram em um contexto de globalização, que conecta as economias do mundo todo, formando uma grande rede de trocas comerciais, culturais, políticas e sociais
Quais são os blocos econômicos na América?
– Mercado Comum do Sul (MERCOSUL)
– Comunidade Andina de Nações (CAN)
– Sistema Centro-Americano de Integração (SICA)
– Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA)