Índice Beta: conheça esse importante indicador para gestão de carteiras
É muito importante, em uma carteira de investimentos, que o responsável pela mesma tenha o conhecimento, de maneira bem clara, da volatilidade presente naqueles ativos financeiros. Nesse sentido, o Beta é uma ferramenta bastante útil.
O Índice Beta é um indicador muito utilizado na análise de investimentos, sendo bastante difundido entre os investidores, que tem como objetivo mensurar a sensibilidade de um ativo em comparação com o índice de referência do mercado.
O que é Índice Beta?
O Índice Beta é um indicador muito utilizado na análise de investimentos, sendo bastante difundido entre os investidores, cujo objetivo é mensurar a sensibilidade de um ativo em comparação com o índice de referência do mercado.
Como não se é possível enxergar, de maneira precisa, o mercado de maneira total, desenvolveu-se proxys para esse fim de aproximação, com os índices, por exemplo.
No Brasil, os índices do mercado de ações mais usuais são o Ibovespa e o IbrX. Nos Estados Unidos, o mais conhecido é o S&P 500 (Standard & Poors 500).
É muito importante, em uma carteira previdenciária de investimentos, que o responsável pela mesma tenha o conhecimento, de maneira bem clara, da volatilidade presente naqueles ativos financeiros. Nesse sentido, o Beta é uma ferramenta bastante útil.
Qual a importância do Índice Beta?
O cálculo desse importante índice é importante para fazer uma análise de risco apropriada dos investimentos. Dessa forma, o investidor pode entender como cada ativo se comporta em relação ao seu benchmark.
Por exemplo: no caso da bolsa brasileira, o índice de mercado é o Ibovespa. Na bolsa americana, o S&P500. Já na bolsa japonesa, é o Nikkei 225. Portanto, cada ativo tem sua referência.
Assim, é importante fazer uma avaliação índice beta e verificar outros dados na hora de investir, pois um investidor pode procurar alocações estratégicas.
Primeiramente, um investidor de risco pode preferir ações mais voláteis e, por causa disso, com maior potencial de retorno. Por outro lado, um investidor mais conservador pode preferir por ações menos arriscadas, como as do setor bancário e de energia.
Outro ponto importante é a questão da diversificação, pois um investidor pode querer combinar esses dois tipos de ativos em uma mesma carteira.
Naturalmente, deve-se usar a comparação adequada: na renda fixa, deve-se usar o CDI e o IPCA como base. Na variável, o Ibovespa para ações brasileiras, S&P500 para ações americanas, etc.
Como calcular o Beta de uma carteira?
Matematicamente, este índice pode ser calculado dividindo-se a covariância do retorno da carteira (Ri) com o retorno do índice de mercado (Rm). O resultado dessa expressão deve ser dividido, então, pela variância do mercado:
- Beta = Covariância (Rm,Ri) / Variância (Rm)
O resultado dessa equação é conhecido como coeficiente Beta, e tem por objetivo deixar claro realmente quanto é o retorno que uma carteira responde às variações do índice de mercado em questão.
Como analisar o resultado do Beta?
A título de ilustração, um Beta de 1,6, por exemplo, indica que se um índice de mercado qualquer subir 10%, espera-se que o retorno da carteira em questão seja de 16% (1,6x).
Da mesma forma, se o índice de mercado vir a cair 10%, entende-se que o retorno da carteira seja de -16%.
Exemplo de uma carteira conservadora
Para uma carteira mais conservadora, entende-se que esse índice de gestão de riscos, em módulo, seja menor e, nesse sentido, suponhamos que seja de 0,5.
Assim sendo, uma carteira com esse índice de 0,5 indica nada mais nada menos que, se o índice de mercado subir 10%, espera-se que o retorno dessa carteira seja de 5% (0,5x).
De maneira paralela, se o índice de mercado vier a cair 10%, espera-se que o retorno da carteira em questão seja -5%.
Dessa forma, pode-se concluir que, quanto maior o Beta de uma carteira, em módulo, maior será o risco sistêmico, ou seja, maior será a sensibilidade do retorno da carteira em relação às variações do retorno do índice de mercado.
Casos pontuais
Com base no que foi mencionado, entende-se, então, que caso esse índice de gestão de riscos seja igual a 1, pode-se esperar que a carteira em questão tenha exatamente o mesmo nível de risco que o referenciado índice de mercado.
Em paralelo, para o caso de uma carteira que tenha essa métrica igual a zero, pode-se entender que essa combinação de ativos não apresenta risco em relação a esse índice de mercado, ou seja, o mercado pode variar para cima ou para baixo, mas o retorno dessa carteira permanecerá constante.
Ainda, para o caso de um índice de risco negativo, isso significa que a carteira terá, então, um desempenho oposto a esse índice de mercado. Dessa forma, se o mercado subir, a carteira cai, e vice-versa.
Conclusão
Ficou possível perceber a importância e o significado que tem o Beta no que diz respeito á gestão de portfólios e as carteiras de aplicações financeiras dos investidores, tanto pessoas físicas quanto institucionais, no âmbito de suas atuações no mercado de capitais.