As ações de determinadas empresas afetam diretamente o mercado financeiro. Quando uma importante instituição, por exemplo, vai a falência as consequências podem ser grandes para o mercado. Para evitar até mesmo uma crise, muitos negócios recebem um Bailout.
A expressão inglesa Bailout significa, em português, a injeção de liquidez.
O que é Bailout?
De forma bem simples, Bailout é um termo em inglês que remete a “fiança”. Refere-se a uma ajuda financeira do governo ou de um consórcio para evitar as conseqüências de uma possível falência de uma empresa. Assim, o bailout evita que este negócio deixe de pagar suas obrigações financeiras e prejudique o mercado.
O governo dos Estados Unidos têm um histórico de Bailout. Em 1792, o governo já prestava ajuda financeira à empresas e governos. O socorro financeiro se espalhou por todo mundo.
Como funciona o Bailout?
Empresas e governos podem receber socorro financeiro. Em resumo, essa injeção de capital pode vir de diversas formas. Os exemplos de bailout mais comuns são:
- Empréstimos;
- Compra de títulos;
- Compra de ações;
- Injeção de moeda e liquidez.
Este tipo de operação são comuns em indústrias e empresas que se chegassem a falência causaria um grande impacto na economia de uma país ou região. Os prejuízos podem ser:
- Financeiros: quando uma empresa não consegue mais pagar suas obrigações e causa um desequilíbrio na economia
- Mão de obra capacitada: quando uma empresa têm um grande número de profissionais especializados e o mercado não teria condições de realocação da mão de obra.
Por isso, são feitas ajudas financeiras. As condições do bailout vão depender do acordo entre as partes. Nos casos de empréstimos, podem ser cobrados ou não juros.
Além disso, o estado financeiro da empresa vai ser importante para saber como será feita a ajuda financeira. Até mesmo bancos já passaram por socorro financeiro.
Crise de 2008 e o bailout do governo americano
Mesmo estando em um setor, aparentemente estável, bancos também já precisaram de injeção de capital. Após um longo período de liberação de crédito, o mercado financeiro americano entrou em colapso em 2008.
Conhecido como “grande demais para quebrar“, o período foi marcado por uma série de bancos nos Estados Unidos decretando falência. Assim, a crise financeira nos EUA desencadeou uma crise mundial.
A causa do colapso veio depois que bancos não receberam os pagamentos de uma série de empréstimos e diversos americanos não pagavam suas hipotecas.
Foram vários os casos de bailout pelo mundo. Só na Europa, a Alemanha fez uma ajuda financeira de 500 bilhões de euros. Na Inglaterra, a injeção de capital foi de 1 trilhão de dólares.
Os efeitos também foram sentidos no Brasil, o país a A Bolsa de Valores precisou acionar o circuit breaker — mecanismo para o amortecimento e o rebalanceamento das ordens de compra e de venda.
Casos de bailout no mundo
Além das intervenções em bancos, montadoras como a Chrysler e a General Motors ( GM ) receberam socorro financeiro do governo. Meses depois, as duas empresas pagaram pelos empréstimos recebidos.
Ainda em 2008, o EUA sancionou uma lei para estabilização econômica. Além disso, foi criado o Programa de Alívio de Ativos Problemáticos (TARP).
Assim, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos poderia usar até 700 bilhões de dólares na compra de ativos de empresas que precisassem de socorro financeiro.
Tanto a Chrysler como a General Motors, pagaram os empréstimos que receberam antes do prazo previsto. As montadoras receberam 17 bilhões de dólares da TARP.
Em resumo, o Bailout é uma forma de se manter a saúde econômica e agravar ainda mais as crises financeiras. Quer receber informações e análises sobre o mercado financeiro? Adicione a Suno no Whatsapp e receba as principais informações.