Como aprender a investir? Saiba o que estudar e por onde começar
Para saber como aprender a investir, é comum se deparar com uma série de conteúdos e materiais que muitas vezes acabam complicando e confundindo ainda mais sua cabeça.
Mas, esta vontade de aprender demonstra a preocupação com seu futuro e o de sua família, haja vista que o fato de se aprender a investir remete a consequências muito recompensadores no longo prazo, ainda mais para quem vislumbra a formação de uma carteira de investimentos previdenciária.
Como aprender a investir do zero?
Para quem deseja começar a investir, existem alguns passos importantes que devem ser dados em sequência. São eles:
- Economizar regularmente;
- Formar uma reserva de emergência;
- Aprender a teoria;
- Ter o hábito de leitura;
- Fazer cursos de investimentos;
- Praticar.
1. Economizar regularmente
É incrível o número de pessoas que desejam encontrar os melhores investimentos, mas nem sequer fazem o básico. Qual o básico? Economizar todo mês.
Quem não consegue guardar uma parte do dinheiro que ganha, nunca conseguirá ser um investidor. E o motivo é simples.
Se esta pessoa gasta tudo o que ganha, uma hora ou outra entrará em apuros financeiros, pois não terá dinheiro para cobrir eventuais emergências.
Portanto, pessoas que vivem desta maneira nunca poderão ter investimentos de longo prazo, como ações e fundos imobiliários.
Pois na hora em que as contas chegarem, essas pessoas terão que vender estes investimentos.
Isto é uma pena, pois estas aplicações podem render excelentes frutos para quem tem paciência. Para quem não está acostumado a economizar, este pode ser um desafio grande.
Mas é imprescindível para formação de patrimônio, geração de renda, e para alcançar a independência financeira.
2. Formar uma reserva de emergência
Superada a barreira da economia mensal, é hora de formar uma reserva de emergência.
Nenhum investimento de longo prazo pode ser formado se existe a possibilidade de ter de resgatá-los para cobrir alguma despesa extraordinária.
Por isto, é necessário formar uma reserva para esta finalidade.
Esta reserva deverá estar em uma aplicação de renda fixa com boa liquidez, isto é, com a possibilidade de resgatar este dinheiro quando houver alguma despesa inesperada.
São várias as possibilidades onde deixar este dinheiro:
- CDB com liquidez diária;
- Poupança;
- Tesouro Selic;
- Fundo DI com baixa taxa de administração.
Esta reserva também não será ilimitada, mas sim, deverá ter um limite de acordo com as necessidades de cada um.
Podem ser 3 meses de salário, 6 meses de salário. Funcionários públicos com poucos gastos podem se dar ao luxo de ter menos dinheiro na reserva de emergência.
Já funcionários privados, com risco de emprego e despesas elevadas, deveriam ser mais cautelosos.
Uma vez que esta reserva esteja formada, aí sim você poderá começar a direcionar os seus aportes para suas aplicações de longo prazo.
3. Aprender a teoria
Toda ideia por detrás da realização de um investimento de longo prazo, é conseguir acumular riqueza no longo prazo e gerar renda com os investimentos.
E para aprender a investir desta maneira, alguns conceitos devem estar claros. Este processo de acúmulo de riqueza ocorre através dos juros compostos, os chamados juros sobre juros.
Por exemplo, uma aplicação que rende 10% de juros ao ano teria o seguinte efeito sobre uma aplicação de R$ 10.000.
- 1º ano: R$ 10.000 X 10% de juros, ou R$ 1.000. Valor acumulado: R$ 11.000;
- 2º ano: R$ 11.000 X 10% de juros, ou R$ 1.100. Valor acumulado: R$ 12.100.
Perceba que os juros compostos aumentam a cada ano, devido ao reinvestimento do capital. Este efeito no longo prazo possibilita um acúmulo exponencial de patrimônio.
Por outro lado, existe a inflação, que destrói valor do dinheiro no tempo.
Assim, para qualquer investimento criar riqueza de fato, deverá render mais do que a inflação do período.
E para entender as características de cada investimento, suas vantagens e seus riscos, o investidor possui diversas fontes de conhecimento diferentes, como:
- Livros e relatórios;
- Vídeos;
- Cursos.
4. O hábito da leitura
A leitura é um dos hábitos mais admiráveis para uma pessoa que quiser aprender a investir.
Quando esse prazer se mistura com a vontade de aprender sobre investimentos, os resultados podem ser exponenciais.
Isso se da pelo fato de que conhecimento é a única coisa que ninguém pode roubar de outra pessoa, e nos investimentos, esta verdade não poderia ser diferente.
Warren Buffett, o maior investidor de todos os tempos, já disse, em diversas ocasiões, que costuma ler 500 páginas de assuntos relacionados a investimentos por dia.
Se o melhor de todos os tempos mantém até hoje este nobre hábito, por que pessoas comuns não o aproveitam e o replicam?
Neste sentido, existem muitos livros sobre investimentos que podem agregar muito valor sua mentalidade financeira no longo.
Recomendamos veementemente esta prática no seu dia a dia.
Existem muitos livros, desde aqueles mais avançados até os livros mais básicos. Além dos livros de investimento, existe muito material gratuito na internet.
Existem também vários sites na internet que acompanham o mundo dos investimentos, com muito conteúdo de qualidade.
Outra fonte de informações são os grupos de investimentos no Facebook e também as listas no Twitter, onde muitas pessoas qualificadas dão sua opinião.
5. Faça cursos de investimentos
Essa é outra atitude que pode gerar consequências bastante satisfatórias no longo prazo.
Como mencionado anteriormente, conhecimento nunca é demais e, nesta conjuntura, o aprendizado através de cursos pode contribuir bastante para o aprendizado sobre investimentos para uma pessoa.
Com o devido conhecimento, todo investidor deveria ser capaz de conseguir discernir:
- Renda fixa X Renda variável;
- Retorno nominal X Retorno real;
- Investimento X Especulação.
Mas é importante deixar claro o seguinte ponto: O conhecimento de investimentos não é para formar especialistas e profissionais neste assunto.
Este entendimento básico serve para compreender qual é o melhor caminho a seguir de acordo com os objetivos financeiros, tolerância ao risco e necessidades de liquidez de cada investidor.
Por exemplo, quem busca receber rendimentos mensais não pode comprar títulos públicos que não pagam cupons.
Ou então, ações que retém grande parte do caixa para reinvestir no seu próprio negócio.
Quem espera uma grande valorização no seu patrimônio, também não pode carregar posições em ouro e dólar por anos.
6. Praticar, praticar, praticar
Investir é uma atividade essencialmente prática.
Ainda que o investidor leia dezenas de livros e conheça toda a teoria do mercado, de nada isso adiantará se os resultados desse investidor não forem bons.
Um grande erro cometido por diversos investidores é a falta de iniciativa para começar a investir.
Este primeiro passo é muito importante.
Após ter um entendimento básico dos investimentos, é necessário começar a investir de fato.
E cada investidor tem um nível de experiência diferente de outro.
Existem aqueles que nunca tiraram seu dinheiro do banco, nunca abriram conta em uma corretora.
Outros investidores já investem no Tesouro Direto, mas nunca aplicaram um centavo em fundos imobiliários ou ações.
Começando na renda variável
Neste caso, a recomendação para quem quiser aprender a investir em renda variável é começar por fundos imobiliários. Por quê? 3 motivos:
- São menos voláteis do que ações;
- Pagam rendimentos mensais;
- São mais simples de entender.
Os fundos imobiliários (FIIs) possuem uma fração da volatilidade das ações. Assim, quem nunca esteve em contato com o sobe e desce da bolsa, terá um conforto maior ao ver o seu patrimônio oscilar menos.
E assim, o risco de abandonar a estratégia de longo prazo de acúmulo de patrimônio se torna muito menor.
Além disso, os fundos imobiliários costumam pagar rendimentos mensais aos cotistas.
Com ações, você pode ter de esperar até 1 ano para receber os seus primeiros dividendos.
Este “pinga-pinga” na conta do investidor serve como um incentivo para que ele também não se desfaça de suas cotas no pânico.
Outra vantagem dos FIIs é que, salvo raras exceções, eles não possuem dívidas.
Assim, é muito difícil que o investidor sofra grandes desvalorizações no seu patrimônio ao longo dos anos.
Com ações, isto costuma ocorrer com mais frequência. Não são raros os casos de empresas muito endividadas entrando em recuperação judicial e nunca mais retomam seus negócios lucrativos.
Por fim, é muito mais simples entender os fundos imobiliários do que entender o mercado de ações.
Todo mundo vive em imóvel, trabalha em imóvel, e enxerga dezenas de prédios todos os dias.
Desta forma, é muito mais palpável para os iniciantes investirem neste tipo de ativo.
Não tenha medo das quedas do mercado
Para aqueles que estão em busca de maiores retornos no longo prazo, aprender a investir em ações pode fazer mais sentido.
Afinal, os negócios mais prósperos costumam render muito mais do que os melhores FIIs do mercado brasileiro.
Entretanto, o investidor deve estar preparado para a volatilidade maior deste mercado. O mercado é cíclico, e é preciso que um investidor tenha essa consciência de maneira antecipada.
Hoje, o preço das ações pode estar em alta. Entretanto, independentemente do motivo, essas mesmas ações podem sofrer quedas bruscas em curtos espaços de tempo.
Pessoas desorientadas, neste cenário, se desesperam e tendem a vender essas ações a preços mais baixos do que as compraram, perdendo dinheiro na operação.
Na verdade, o comportamento deve ser o oposto.
Em momentos de queda nos preços dos ativos, o que deve ser feito é comprar mais ações, haja vista que, em tempos de baixas, o preço pode estar abaixo do valor intrínseco daquele negócio, gerando, com isso, uma excelente oportunidade de compra de um ativo em preço de “promoção”.
Lembre-se: momentos de baixas são momentos de oportunidades.
Além disso, também é preciso estar atento ao desempenho dos negócios e a situação financeira.
O ambiente de negócios pode mudar rapidamente, reduzindo as vantagens competitivas daquele negócio.
Em outros casos, as empresas realizam más alocações de capital, efetivamente destruindo valor aos seus acionistas.
É comum algumas empresas também se endividarem além do razoável, pondo em risco a perenidade do negócio no longo prazo.
Dependendo do tipo de dívida, a empresa pode entrar em recuperação judicial e os credores retomarem grande parte dos ativos.
Aprender a investir para se tornar livre financeiramente
O mercado financeiro no Brasil, principalmente o de renda variável, caracteriza-se por ser um mercado de oportunidades.
Não há como negar que a nossa conjuntura financeira apresenta suas características peculiares, assim como qualquer outra classe de investimentos.
Entretanto, não conhecemos nenhuma outra forma de aplicação, que seja legal e honesta, que se faça tão vitoriosa no longo prazo quanto o investimento em ativos desse âmbito.
Como começar a investir?
Para começar a investir, o ideal é ter uma conta em alguma corretora para poder acessar aplicações na renda fixa e/ou na renda variável. Com a tecnologia disponível atualmente, pelo celular é possível investir tanto em títulos de renda fixa quanto em ações ou fundos imobiliários.
O ideal é separar uma determinada quantia mensal para poder aplicar o dinheiro e se acostumar a poupar, afinal, além do tempo, um dos principais fatores relacionados a rentabilidade está ligada a quantidade de dinheiro guardada.
Ações e fundos imobiliários são algumas alternativas para criação de riqueza e renda passiva no decorrer dos anos, por isso estimulamos e recomendamos o interesse das pessoas em aprender a investir, haja vista que nosso mercado, atualmente, é muito pouco aproveitado pelos brasileiros como um todo.