Análise de investimentos: entenda qual estratégia é a melhor
Uma das principais habilidades que um profissional e um gestor do mercado deve ter é a capacidade de fazer uma boa análise de investimentos. E isso não é à toa, afinal, essa avaliação do investimento que ajudará no entendimento sobre se determinado projeto faz sentido, ou não, para uma alocação de capital.
E se engana quem pensa que a análise de investimentos se resume à avaliação da rentabilidade de um empreendimento. Isso porque, além do retorno, existem outras variáveis fundamentais de serem consideradas, como o custo de capital e o risco do projeto.
O que é análise de investimentos?
A análise de investimentos é o conjunto de técnicas utilizadas por um gestor ou investidor para determinar se alocar recursos em determinado projeto vale a pena. Isto é feito sempre considerando os riscos de cada projeto e também o custo de capital próprio e de terceiros utilizado no financiamento do empreendimento.
No primeiro ponto, com relação ao risco, é preciso que os investidores sejam capazes de medir o quanto estão dispostos a ganhar ou perder ao investirem em projetos com muitas incertezas com relação ao resultado. Por exemplo, não é cabível investir em um empreendimento que tenha um potencial de lucro pequeno, caso os riscos desse projeto sejam altos.
Por outro lado, fazer um investimento com um retorno esperado pequeno pode fazer sentido quando o resultado a ser obtido é muito certo. Em outras palavras, quando o risco é menor, os investidores tendem a esperar um retorno menor.
Por conta dessas situações, chega-se à máxima de risco e retorno:
- Quanto maior o risco, maior o retorno, e;
- Quanto menor o risco, menor o retorno.
E além do risco, outra variável da análise de investimentos é o custo de capital próprio e de terceiros. Isso porque, para financiar um projeto, o investidor pode utilizar seu próprio recurso ou então o capital obtido em um empréstimo com um banco ou com outros investidores.
Com isso, o retorno de um determinado investimento deve ser capaz de pagar o custo de capital desse recurso (próprio ou de terceiros) e ainda o lucro esperado pelo investidor, de acordo o risco tomado.
Obviamente, a tarefa de análise de risco e retorno e de custo de capital não é fácil, sendo algumas vezes, inclusive, subjetiva. No entanto, existem técnicas de viabilidade de investimento que podem auxiliar investidores e gestores na avaliação das mais diferentes oportunidades do mercado.
Técnicas de análise de viabilidade de investimento
Como foi colocado, a análise de risco e retorno de um investimento não é uma tarefa fácil. Por isso, é importante que os investidores conheçam as técnicas de análise de viabilidade de investimento para conseguirem avaliar melhor as opções de projetos disponíveis no mercado.
Portanto, abaixo as principais técnicas de análise de viabilidade:
Payback
A primeira, e talvez mais comum, técnica para se avaliar o retorno de determinado investimento é o payback financeiro. Basicamente, como o próprio nome diz, essa técnica mede o tempo que determinado projeto retorna ao investidor o recurso inicialmente investido.
Por exemplo, um investimento de R$1.000,00 reais em um projeto que gera R$100,00 de retorno por mês possui um payback de 10 meses. Afinal de contas, ao final desse período o investidor terá recebido exatamente o montante inicialmente investido.
Abaixo, alguns exemplos de payback para facilitar o entendimento:
TIR
A TIR (Taxa Interna de Retorno) é outra técnica de análise de investimento muito importante do mercado. Apesar de não ser tão conhecida, talvez essa seja uma das mais simples e mais utilizadas métricas de avaliação de projetos.
Basicamente, a TIR possui o objetivo de retornar ao investidor qual é a taxa de retorno mensal de um investimento, levando em conta um fluxo de caixa estimado. Isso porque, em qualquer investimento, o investidor deve aportar determinados valores para receber, em algum momento, retornos financeiros.
E é justamente isso que a taxa interna de retorno procura avaliar. Isto é, qual a taxa interna de retorno que o capital aplicado está gerando, considerando o seu fluxo de caixa negativo e positivo. Abaixo, alguns exemplos de diferentes projetos e a taxa interna de retorno de cada um deles:
Como pode ser observado, esses são três projetos com características distintas. No primeiro, o investidor aplica inicialmente 1.000 reais para receber, no oitavo ano, 2.250 reais de retorno. Considerando esse fluxo, a TIR do projeto, calculada no Excel pela fórmula =TIR é de 14,3% ao ano.
No segundo e no terceiro projeto, o fluxo é diferente. Afinal, no segundo há um fluxo de aporte durante os anos e um retorno ao final. Já no terceiro, o investimento e o retorno se intercalam ao longo dos anos.
Como pode ser observado, apesar de serem fluxos com características distintas, todos eles tiveram uma taxa de retorno próxima. Isso foi feito propositalmente para mostrar como esse tipo de análise é importante, já que apenas observando o fluxo é difícil inferir que os três projetos possuem rentabilidade semelhante.
Também é legal combinar essa métrica com o MOIR (Múltiplo do Capital Investido, em inglês Multiple of Invested Capital), é uma métrica que consegue comparar o valor total que será investido e o valor total no momento do resgate.
VPL
Por fim, o VPL (Valor Presente Líquido) é outra métrica de análise de investimentos que auxilia muitos investidores na hora de analisar um determinado empreendimento. Diferente das outras duas técnicas, que medem o tempo de retorno (payback) e a rentabilidade (TIR), o VPL procura demonstrar o valor, em medidas monetárias, que determinado projeto adiciona aos investidores.
Diferente do lucro, o VPL considera o custo do dinheiro no tempo, que pode ser próprio ou de terceiros. No caso do capital de terceiros, o investidor pode ter obtido um financiamento de 1.000 reais para custear o empreendimento. Então, há o custo desse empréstimo ao longo do tempo precisa ser considerado para avaliar o retorno do projeto.
Além disso, caso tenha sido financiado totalmente ou parcialmente por recursos próprios, o investidor também precisa encontrar uma taxa de desconto para o seu fluxo de caixa. Afinal, ele está sujeito ao:
- Custo do dinheiro no tempo;
- Custo de oportunidade;
- Risco corrido no empreendimento.
Então, para calcular o VPL, os investidores consideram um fluxo de caixa que possui períodos de investimento (valores negativos) e períodos de retornos (valores positivos). Além disso, utilizam uma taxa de desconto para, como o próprio nome diz, descontar o fluxo. Com isso, chega-se ao valor presente líquido do projeto.
Abaixo, o VPL (Valor Presente Líquido) de diferentes projetos, com diferentes taxas de desconto:
Como pode ser observado, quanto maior a taxa de desconto, menor é o VPL de cada um dos projetos. Afinal de contas, o fluxo positivo, de R$2.550,00, é descontado de acordo com essa taxa, resultando em valores, no presente, diferentes para cada taxa percentual.
Análise de investimentos no mercado financeiro
Apesar das técnicas abordadas anteriormente serem de suma importância, elas não são tão utilizadas na análise de investimentos no mercado financeiro. Isso as técnicas já mencionadas são recomendadas para avaliar projetos, empreendimentos e negócios concretos.
Por outro lado, a análise de investimentos no mercado financeiro se relaciona à avaliação do investidor sobre o retorno de uma ação ou de um fundo de investimento imobiliário (FII), por exemplo. Ou seja, neste caso não é tão simples projetar um fluxo de caixa para determinar o payback, a TIR e o VPL da compra de um papel na bolsa de valores.
Apesar disso, alguns investidores e, principalmente, fundos de investimentos, costumam utilizar a TIR (Taxa Interna de Retorno). Nesse sentido, o gestor projeta um fluxo de caixa em que no primeiro período há o investimento em uma ação e, no último, o retorno da venda dessas ações por determinado preço estimado.
Com essa projeção de entrada e saída de determinado papel, um investidor ou um gestor de um fundo consegue projetar uma TIR para o investimento. No entanto, é sabido que essa técnica não é a mais utilizada no mercado.
Isso porque, no mercado financeiro, a maior parte dos negociadores utiliza a análise fundamentalista ou a análise técnica de investimentos, sendo que:
- Análise fundamentalista: avalia determinado investimento acionário com base nos fundamentos qualitativos e quantitativos da empresa;
- Análise técnica: avalia determinado investimento acionário com base em tendências e projeções gráficas.
Análise Fundamentalista
A primeira grande linha de análise de investimentos do mercado é aquela que se baseia na análise fundamentalista. E como seu próprio nome já bem sugere, esse tipo de análise é realizada levando em consideração os fundamentos de uma empresa, sejam eles qualitativos ou quantitativos.
Nesse sentido, os critérios quantitativos procuram determinar se um investimento faz sentido, ou não, em termos de preço, levando em conta os números apresentados e projetados por determinada empresa. Já os qualitativos fazem a avaliação de aspectos relacionados à qualidade da empresa.
Abaixo, os principais pilares avaliados pela análise fundamentalista:
Perspectivas de crescimento
Um dos principais critérios de uma análise fundamentalista é a avaliação das perspectivas de crescimento da empresa. Afinal de contas, é esse crescimento que fará com que uma companhia fature mais, diluindo seus custos e aumentando o seu lucro.
Destaca-se, ainda, que toda empresa possui três vias de crescimento, que são:
- Aumento do PIB (Produto Interno Bruto);
- Crescimento do setor de atuação;
- Ganho de market share.
Analisando como determinada empresa da Bolsa de Valores está posicionada em cada uma dessas três vias de crescimento é fundamental para que o investidor possa entender quais são suas perspectivas futuras. Com isso, é possível montar uma carteira de investimentos com os ativos com os maiores potenciais, por exemplo.
Situação financeira
Outra base da análise fundamentalista é a avaliação da situação financeira da empresa. Isto é, como ela está posicionada, por exemplo, com relação ao seu montante de dívida, ao custo dessa dívida e com relação à sua disponibilidade de caixa.
Alguns dos indicadores financeiros e de endividamento que auxiliam os investidores na avaliação da situação financeira das empresas são:
- DL / Ebitda: compara a dívida líquida da empresa em relação ao seu Ebitda;
- DL / PL: compara a dívida líquida em empresa em relação ao seu patrimônio líquido;
- Passivo / Ativos: compara a proporção entre os passivos e os ativos da empresa.
A avaliação desses indicadores de endividamento é fundamental em uma análise de investimentos. Afinal de contas, o controle da dívida por uma empresa é um fator determinante para o seu sucesso financeiro.
Vantagens competitivas
O terceiro pilar de uma boa análise de investimentos fundamentalista é o entendimento das vantagens competitivas da empresa. E como o seu próprio nome diz, essas vantagens são destaques que determinadas empresas possuem que as colocam, de alguma maneira, à frente de suas concorrentes.
Para identificar uma vantagem competitiva, um excelente passo é observar como uma empresa se comporta em relação às 5 Forças de Porter, que são:
- Poder de negociação dos fornecedores;
- Ameaça de produtos substitutos;
- Rivalidade entre concorrentes;
- Poder de negociação com clientes;
- Ameaça de entrada de novos concorrentes.
Quando uma companhia está bem posicionada nas Forças de Porter, as chances de sucesso são muito maiores. Afinal, via de regra essas empresas conseguem vender em maior preço e volume e ainda fazer isto com custos menores.
Governança corporativa
Outro ponto, não tão falado assim, é a análise de governança da empresa. Basicamente, isto se relaciona à avaliação sobre como a companhia cumpre com as boas práticas de gestão, garantindo, por exemplo, a:
- Equidade;
- Transparência;
- Prestação de contas;
- Responsabilidade corporativa.
Na maior parte das vezes, empresas com boa governança corporativa tendem a apresentar melhores resultados. Afinal de contas, são companhias que respeitam seus investidores e os demais stakeholders internos e externos, evitando, por exemplo, a ocorrência de práticas ilícitas.
Valuation
Por fim, e talvez mais importante, é análise do valuation da empresa é outro aspecto fundamental para uma análise de investimentos no mercado financeiro. Resumidamente, essa avaliação financeira tenta encontrar assimetrias entre o preço e o valor da companhia, sendo que:
- Preço: é o que se paga para adquirir uma participação acionária;
- Valor: é o que se leva ao adquirir a participação acionária.
Ao encontrar empresas sendo negociadas abaixo do seu valor — isto é, de quanto elas deveriam valer, levando em consideração seus critérios fundamentalistas — o investidor encontra oportunidades de investimento.
Isso porque se espera que, em algum momento, o mercado reconheça o real valor da companhia, fazendo com que o seu preço possa convergir para o seu valor. Com isso, o investidor que pagou pelo menor preço terá um ganho.
E apesar de existirem técnicas sofisticadas de valuation — como aquelas em que se desconta o fluxo de caixa futuro da empresa para valor presente — existem também outros indicadores de preço que auxiliam os investidores na avaliação do quão atrativo está o preço de uma participação acionária na bolsa, como:
- Preço / Lucro: compara o preço da ação na bolsa em relação ao seu lucro;
- Preço / VP: compara o preço da ação em relação ao seu valor patrimonial;
- EV / Ebitda: compara o enterprise value (valor da firma) com seu Ebitda.
Análise Técnica
Além da análise fundamentalsita, existe uma outra vertente do mercado que não se preocupa, em nada, com a avaliação dos critérios qualitativos e quantitativos de um investimento acionário. Esta é a análise técnica, utilizada pelos famosos traders da bolsa.
Em poucas palavras, a análise técnica de investimentos se preocupa com a análise de gráficos de cotações de ativos negociados na bolsa. Com isso, os traders esperam encontrar tendências de alta ou de baixa nos preços.
E encontrando essas supostas tendências, os traders podem estruturar operações de compra ou de venda dos ativos, incluindo aquelas que utilizam derivativos financeiros. Nessas operações,os traders procuram lucrar montando posições e encerrando-as no curto prazo, após obterem determinado ganho.
Infelizmente, esse é o caso em que a teoria é muito mais difícil do que a prática. Isso porque o mercado no curto prazo é volátil, influenciado por inúmeras variáveis e, algumas vezes, até irracional. Com isso, as tentativas de lucrar especulando são mínimas.
Vale destacar que na maior parte das vezes os investidores iniciantes são atraídos pela análise técnica devido às promessas de dinheiro fácil e de ganhos extraordinários no curto prazo. Não é à toa que as propagandas de cursos de trade apelam mostrando traders ganhando dinheiro do sofá de casa e usufruindo de itens de luxo.
No entanto, estudos da FGV (Fundação Getúlio) realizados com dados oficiais de negociações da B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) já comprovaram que quase a totalidade daqueles que fizeram algum tipo de trade na bolsa perderam dinheiro com isso.
Por fim, quanto à duração das operações realizadas com base na análise técnica, temos no mercado a vertente do day trade, do swing trade e do position trade. Abaixo, um pouco mais sobre cada uma dessas estratégias especulativas da bolsa:
Day trade
A primeira, e talvez mais conhecida vertente da análise técnica é o day trade. E como seu próprio nome já diz, essa estratégia é realizada com operações diárias, que se iniciam e finalizam dentro de um mesmo pregão da bolsa de valores.
Por isso, os day traders precisam ficar ligados e conectados durante todo o dia em suas operações. Afinal de contas, movimentos de poucos segundos ou minutos na cotação dos ativos podem ser, teoricamente, fundamentais para entrar ou para encerrar uma posição.
Swing trade
Ao contrário do day trade, a estratégia de swing trade não é realizada dentro de um mesmo pregão da bolsa. Na verdade, essa vertente especulativa da análise técnica procura encontrar tendências mais longas nas cotações, utilizando gráficos diários, por exemplo.
Assim, o swing traders normalmente inicia e encerra suas operações em questões de dias ou de poucas semanas. E, com isso, esse especulador pode conciliar a atividade de trader com alguma outra profissão, afinal não há a necessidade de acompanhar tão de perto as cotações.
Position trade
Por fim, há também a vertente da análise técnica do position trade. Em poucas palavras, essa técnica costuma estruturar operações especulativas com prazos mais longos, na casa das semanas, meses e até anos.
Quanto mais longa a operação, menos especulativa ela costuma ser. Isso porque, em alguns casos, o position trader pode mesclar sua estratégia de trade com alguns aspectos da análise fundamentalista.
Por exemplo, um position trader que especula sobre a possibilidade de privatização de uma empresa estatal, como o Branco do Brasil (BBAS3), pode montar uma posição de médio prazo nessa ação. Afinal, caso concretizada, a privatização do banco tende a fazer com que o preço de suas ações suba.
Qual o melhor método de análise de investimentos?
Depois de conhecer algumas das métricas a vertentes de avaliação de empresas e de ativos, muitos investidores podem se questionar sobre qual o melhor método de análise de investimentos. Afinal, todos desejam utilizar dos melhores recursos para determinar se um investimento vale, ou não, a pena.
Nesse sentido, é preciso dividir essa questão em duas partes. Isto é, qual seria a melhor técnica de análise de viabilidade de investimento (TIR, VPL ou payback) e a melhor estratégia no mercado financeiro (fundamentalista ou técnica).
Qual a melhor técnica de análise de viabilidade de investimentos?
Apesar de muitos desejarem saber qual a melhor técnica de análise de viabilidade de investimentos, infelizmente não há uma resposta simples e universal. Isso porque cada umas das técnicas abordadas procura entender um diferente aspecto de um empreendimento.
O payback, por exemplo, analisa o tempo de retorno em relação ao investimento inicial. Por outro lado, a TIR demonstra a rentabilidade do projeto, enquanto o VPL calcula o valor presente do retorno do projeto.
Em outras palavras, cada uma dessas técnicas apresenta ao gestor e ao investidor uma informação diferente. Por isso, não é possível definir qual seria exatamente a melhor entre essas técnicas.
Em alguns casos, a TIR pode ser mais interessante, enquanto em outros o payback seja mais relevante para a tomada de decisão. Portanto, é preciso avaliar todas as técnicas em conjunto para determinar se um empreendimento vale, ou não, a pena.
Qual é melhor entre análise técnica e fundamentalista?
Outra questão que muitos debatida entre os investidores e especuladores no mercado é sobre qual é melhor entre análise técnica e fundamentalista. No entanto, esta discussão não precisa se delongar, afinal, já existem resultados empíricos que demonstram o fracasso da análise técnica e o sucesso da análise fundamentalista.
Isso porque, como já foi colocado, estudos realizados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) com dados de negociação de traders na bolsa brasileira já demonstrou que quase 99% daqueles que realizam algum trade perdem dinheiro com isso. E dentre aqueles que ganham alguma coisa, poucos conseguem obter um retorno satisfatório, acima, por exemplo, de 5 mil reais por mês.
Não é à toa que, ao observar os grandes investidores da bolsa brasileira e dos Estados Unidos, por exemplo, não se encontram traders. Afinal, esse tipo de especulador no mercado não consegue sustentar, no longo prazo, um retorno consistente em suas operações de curto prazo.
Por outro lado, verifica-se, aos montes, investidores que enriqueceram na bolsa utilizando a estratégia de análise de investimentos fundamentalista. Entre alguns desses investidores estão:
Ao observar esses investidores de sucesso, existem duas principais características entre eles: o cabelo branco ou a cabeça careca. E isto não é à toa, afinal, o sucesso conquistado nos investimentos veio ao longo das décadas e com o efeito dos juros compostos sobre os investimentos realizados com base em estratégias fundamentalistas.
E então, conseguiu entender mais sobre como funciona a análise de investimentos? Deixe abaixo suas dúvidas e comentários sobre o assunto.
O que é análise de investimentos?
A análise de investimentos é o conjunto de técnicas de avaliação de empresas e de projetos que procura determinar se determinado empreendimento possui, ou não, uma viabilidade financeira. Isto considerando sempre os riscos e as expectativas de retorno de cada investimento.
Como analisar um investimento?
Para saber como analisar um investimento, o investidor deve se preocupar em avaliar, principalmente, a relação entre o risco e o potencial de retorno do seu capital. Para isso, recomenda-se utilizar a análise fundamentalista para os ativos do mercado de capitais e as técnicas de viabilidade para os projetos empresariais.
Como fazer análise fundamentalista?
Para fazer uma análise fundamentalista, os investidores devem se atentar aos critérios qualitativos e quantitativos das empresas. Por isso, aconselha-se a avaliação das perspectivas de crescimento, da situação financeira, das vantagens competitivas, da governança e do valuation da companhia.
Como descrever o resultado da VPL?
O resultado do VPL pode ser descrito como o valor adicionado pelo empreendimento, levando em conta o montante aplicado e o retorno obtido, descontado de uma taxa. Neste sentido, resultados negativos do VPL demonstram projetos inviáveis financeiramente. Por outro lado, um resultado positivo aponta para empreendimentos viáveis do ponto de vista financeiro.
Usar VPL ou TIR?
Apesar de alguns procurarem saber qual o melhor de usar VPL ou TIR, ressalta-se que uma técnica não anula a outra. Por isso, recomenda-se utilizar essas duas técnicas para conseguir avaliar melhor a viabilidade financeira de um projeto.
Bibliografia para análise de investimentos
https://www.investidor.gov.br/publicacao/Livro/livro_TOP_analise_investimentos.pdf
https://www.ufjf.br/engenhariadeproducao/files/2014/09/2010_1_Rodrigo.pdf
https://people.exeter.ac.uk/gdmyles/Books/IA.pdf
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/45003/mod_resource/content/1/analise_investimentos.pdf