Frequentemente, ouvimos falar de países em má situação econômica que recebem algum tipo de ajuda financeira — tanto de organismos internacionais, como o FMI e o Banco Mundial, quanto de outros países.
A ajuda financeira internacional já foi necessária, por exemplo, durante as décadas de 80 e 90 no Brasil. Na época, o país recorreu a empréstimos feitos pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Central. A iniciativa do FMI visa ajudar os países em crise, visto que hoje a economia se torna cada vez mais globalizada.
O que é ajuda financeira internacional?
A ajuda financeira internacional é um empréstimo concedido por uma outra nação ou entidade para ajudar um país numa crise, seja ela econômica ou humanitária. Esse tipo de prática se tornou necessária porque o comércio e todo o mundo vem se tornando cada vez mais globalizado. Isso faz com que seja essencial ter o maior número de países com uma economia estável. Logo, para manter essa estabilidade econômica mundial, o FMI trabalha de forma a ajudar sempre quem está em extrema necessidade de recursos.
O FMI também concede empréstimos de fundos para países em casos de crises humanitárias. Após o terremoto do Haiti em 2010, por exemplo, o país recebeu uma série de contribuições de entidades internacionais e de outras nações. O valor arrecadado chegou a 11,9 bilhões de dólares ao país caribenho.
Como o FMI ajuda os países em dificuldades financeiras?
Criado em 1944, o Fundo Monetário Internacional tem sede no Estados Unidos. A entidade se descreve como uma organização voltada para contribuir com o desenvolvimento de 188 países.
Logo, para atingir a sua finalidade, o FMI tem uma série de tipos de empréstimos que são concedidos de acordo com as necessidades daqueles que precisam de ajuda financeira. Para liberação do dinheiro é feita uma votação com os países que compõem a diretoria do grupo. A escolha do integrantes da direção é feita a cada dois anos, hoje, ela conta com 16 nações.
Porém, órgão não ajuda financeiramente só com o fornecimento de empréstimos. O FMI também orienta os países sobre a economia interna e externa, como uma espécie de consultor. Algumas das avaliações feitas pelo grupo são seguidas por uma série de investidores e governos, isso porque o grupo avalia e analisa a economia global.
Da mesma forma que há sites especializados em finanças pessoais e que oferecem ajuda financeira online, o FMI também promove orientações financeiras para auxiliar os governos. O princípio é o mesmo: promover o equilíbrio e a prosperidade econômica. Seja através de orientações ou até mesmo com a aplicação de modelos econômicos e políticas monetárias e fiscais.
Principais programas de ajuda financeira internacional do FMI
Ao longo dos anos, foram desenvolvidos uma série de programas para ajuda internacional, por exemplo:
- Acordo Stand-By (SBA);
- Linha de Crédito Ampliado (ECF);
- Linha de Crédito Stand-By (SCF);
- Linha de Crédito Rápido (RCF);
- Linha de Crédito Flexível (FCL);
- Linha de Crédito Preventivo(PCL);
- Programa de Financiamento Ampliado (EFF).
Histórico de ajudas financeiras internacionais para o Brasil
Nas décadas de 80 e 90 o Brasil precisou de empréstimos do Fundo Monetário Internacional, nesta época o país não conseguia colocar as contas em dia. Assim, para não haver maiores danos nas finanças brasileiras foi pedido um empréstimo. Quase 30 anos depois dos pedidos, o país passou a emprestar dinheiro.
Em 2016, pela primeira vez o FMI assinou um acordo em que o Brasil seria o credor. O governo brasileiro assinou um documento prevendo emprestar até 10 bilhões de dólares ao fundo. Valor este que fica disponível enquanto o documento for válido, no caso, a duração é de três anos.
Normalmente, quando a economia do país se estabiliza, ele para de precisar de ajuda financeira internacional e começa a se financiar sozinho. É o caso do Brasil, que toma dinheiro emprestado do mercado através dos seus títulos públicos — principalmente com a ajuda do Tesouro Direto. Com ele, qualquer pessoa pode comprar e investir diretamente em uma série de títulos diferentes. Interessado em conhecer mais sobre esse assunto? Conte com a ajuda da Suno: baixe o nosso minicurso Investindo no Tesouro Direto e aprenda tudo sobre essa forma de investimento. É gratuito!