Agregados monetários: Saiba o que são e conheça 4 exemplos diferentes
Agregados monetários é um conceito que está muito presente no mercado de capitais, sendo fundamental compreendê-lo.
De fato: os agregados monetários estão relacionados com diversos tipos de ativo de renda fixa e até mesmo de renda variável.
O que são agregados monetários?
Agregados monetários são classificações de ativos financeiros de acordo com liquidez dada pelo Banco Central. O agregado mais líquido de todas é o papel moeda que está em circulação na economia.
Aém disso, os demais agregados também exercem algumas das funções da moeda, embora em alguns casos em menor medida.
Assim sendo, os agregados monetários funcionam como que uma classificação para todos os ativos financeiros usados em um país.
De fato: seu principal critério é a liquidez dos ativos, de forma que eles possuem classificações diferentes dependendo dessa propriedade.
Por fim, uma vez que a liquidez é o fator predominante nessa classificação, fica claro que o papel moeda é aquele ativo mais importante nesse sistema.
Quais são as principais funções da moeda?
As 3 principais funções da moeda são servir como:
- Meio de troca;
- Unidade de medida;
- Reserva de valor.
Meio de troca
A moeda funciona como meio de troca e deve ser amplamente aceita por todos os estabelecimentos e empresas de uma economia.
Assim, isso traz confiança e gera solidez para a economia de um país. As trocas dos agregados monetários podem ser feitas em papel-moeda ou através de operações em cartão.
A partir do momento que algumas instituições deixam de aceitar uma moeda isso gera um efeito cascata e uma perda de confiança no ativo. Afinal, uma moeda só tem valor de fato se for universalmente aceita.
Unidade de medida
A moeda deve servir também como unidade de medida. Ou seja, através do estabelecimento do valor de um produto em valores monetários as pessoas conseguem saber se o produto está caro ou barato.
Além disso, para servir como unidade de medida é importante que a moeda apresente certa estabilidade nos seus preços, tanto no que diz respeito ao câmbio e à inflação.
Reserva de valor
Por fim, uma moeda deve servir como reserva de valor. Ou seja, os indivíduos devem poder guardar uma moeda com a confiança de que a mesma irá continuar a valer no futuro.
Para isso é importante que a economia do país se desenvolva a inflação se mantenha sobre controle.
É extremamente raro que as pessoas utilizem uma reserva de valor na forma de papel moeda.
Para isso as pessoas tendem a realizar investimentos, tais como a caderneta de poupança ou depósitos bancários.
Por exemplo: o investimento em ouro é uma forma de investir em uma reserva de valor, mas ele não é usado rotineiramente em trocas financeiras. Por isso, não é uma moeda.
Justamente por isso surgiu a necessidade de classificar os agregados monetários com base em sua liquidez.
Os tipos de agregados monetários
Os tipos de agregados monetários são:
- M1;
- M2;
- M3;
- M4.
1. M1
O M1, também conhecido como base monetária, diz respeito à soma de todo o papel moeda da economia mais os depósitos bancários à vista.
Vale notar que essas classificações de agregados monetários estão em ordem de liquidez, sendo o M1 a forma mais líquida de moeda e M4 a menos.
Ainda, essas classificações são inclusivas. Isto é, M2 inclui todas as formas de reserva monetária de M1, M3 inclui todo o M2 e M4 inclui todo o M3.
2. M2
O M2 é o M1 acrescido dos depósitos a prazo no mercado bancários. Tais como os CDBs.
3. M3
O M3 inclui os agregados monetários de M2 mais as aplicações em fundos de renda fixa e os títulos públicos de alta liquidez.
4. M4
Por fim, o M4 inclui o M3 mais os demais títulos presentes no mercado. Tais como alguns títulos privados e os demais títulos públicos, como no caso do tesouro direto.
Qual é a importância dos Agregados Monetários?
Reconhecer os agregados monetários e monitorar a sua quantidade na base monetária é essencial para o exercício da política monetária por parte do Banco Central. E também, portanto, para o desenvolvimento da economia do país.
Por exemplo: o Bacen e os bancos privados são responsáveis pela introdução e retirada de circulação do dinheiro no país.
Assim, a conversão da moeda em outros agregados monetários, como investimentos em renda fixa ou renda variável, ocorre no sentido de manter o equilíbrio econômico da nação.
Por exemplo: se há pouco dinheiro em investimento no país, a economia não é movimentada e não cresce. Se há muito dinheiro em investimentos, os ativos ficam muito caros e pode ocorrer uma bolha.
Portanto, a manutenção da estabilidade dos agregados monetários é fundamental para a macroeconomia.
Você ainda tem dúvidas sobre como funcionam os agregados monetários e sua importância na economia? Comente abaixo para que possamos te ajudar.