Ações Blue Chips: entenda o que são e como investir nesses ativos
Na busca por investimentos mais seguros na renda variável, investidores costumam se interessar pelas Blue Chips. Isso porque essas empresas são, geralmente, mais consolidadas no mercado.
Nesse sentido, elas se configuram como grandes empresas, normalmente maduras, que podem ser consideradas mais estáveis que a média. Contudo, antes de investir em Blue Chips é preciso entender bem o que elas são e quais suas principais características.
O que são Blue Chips?
As Blue Chips são uma classe de empresas de capital aberto que possuem grande valor de mercado e que são líderes de mercado. Em outras palavras, podemos dizer que “ações blue chips” é um termo utilizado para denominar as ações de companhias de grande porte, que normalmente possuem uma grande representatividade na Bolsa.
Vale destacar que os papéis dessas empresas são caracterizados pela alta liquidez. Ou seja, pela grande facilidade de realizar negócios de compra e de venda de suas ações na Bolsa.
Além disso, normalmente o termo blue chip é muito usado para denominar empresas que muitos acreditam ser seguras como investimento. Isso porque, na maioria das vezes, esses papéis representam companhias líderes incontestes em seus setores.
E por serem líderes, conseguem se impor mais sobre o mercado, já que normalmente possuem as 5 Forças de Porter ao seu favor. Esses fatos, em conjunto, corroboram para que as Blue Chips venham acompanhadas de fartos dividendos e de geração de caixa aos acionistas.
Destaca-se que, curiosamente, o termo blue chips foi originado do pôquer, jogo de cartas do qual as chamadas fichas azuis (ou blue chips) são aquelas mais valiosas. Além disso, esses papéis também podem ser conhecidos como os das ações de primeira linha.
Definição de Blue Chips
É importante ressaltar que oficialmente a bolsa brasileira (B3) não possui nenhuma lista com os nomes de empresas que podem ser consideradas dentro dessa categoria. Isto acontece pelo fato de esse conceito ser muito subjetivo e informal, não havendo, portanto, uma definição de blue chips oficial.
Isso significa que não há um valor de mercado definido que determina se uma empresa listada é, ou não, uma Blue Chip. Para fazer essa determinação, é preciso analisar um conjunto de características da empresa.
Destaca-se que, em tempos passados, as ações que estavam dentro dessa categoria eram as que possuíam os maiores valores de mercado. Hoje, no entanto, o termo é mais utilizado para fazer referência à liquidez e ao poder de mercado que determinada empresa possui.
Contudo, de maneira geral, identificar essas empresas não é uma tarefa muito difícil. Para isso, basta selecionar a lista das ações mais negociadas na B3 e identificar algumas características, as quais veremos logo mais neste artigo.
Outras classificações de empresas
Além das Blue Chips, existem outras classificações de empresas negociadas na Bolsa. Então, é importante que o investidor conheça e saiba quais são as características de cada uma dessas classificações. Assim, será possível avaliar melhor os diversos tipos de ações disponíveis para investimento.
Portanto, algumas outras classificações de empresas, além das Blue Chips, são:
Small Caps
As Small Caps são conhecidas por serem as empresas de menor valor de mercado negociadas na Bolsa. Elas são ações de empresas acima da classificação das nanocaps e microcaps, sendo que:
- Nanocaps: até $50 milhões de valor de mercado;
- Microcaps: de $50 milhões até $300 milhões de valor de mercado.
E apesar de existirem diferentes tipos de classificações, de modo geral, as Small Caps são aquelas companhias que valem menos que 2 bilhões de dólares.
Muitas vezes, investidores buscam esse tipo de companhia para conseguirem maiores retornos financeiros em seus investimentos. Isso porque as ações Small Caps são pouco analisadas pelos diversos agentes do mercado, entre eles bancos, fundos e investidores institucionais.
Essa falta de acompanhamento gera, em alguns casos, uma assimetria entre preço e valor da ação bem maior do que na média. Este fato, por sua vez, se traduz em maior potencial de retorno.
Algumas small caps brasileiras são:
- Petrorio – PRIO3 (Petrolífera);
- Log – LOGG3 (Galpões logísticos);
- Smiles – SMLS3 (Programa de fidelidade);
- Schulz – SHUL3 (Fabricante de compressores).
Mid Caps
Logo após as Small Caps estão as Mid Caps. Para se considerada nessa classificação, a companhia deve possuir algo entre $2 e $10 bilhões de dólares em valor de mercado.
Diferente das Small Caps, as Mid Caps costumam ter menos volatilidade e serem mais acompanhadas pelo mercado em geral. Além disso, suas operações normalmente são mais extensas (podendo ser até globais). É por conta disso que as Mid Caps também costumam ser conhecidas pela maioria da população.
Alguns exemplos de Mid Caps brasileiras são:
- MRV – MRVE3 (Construtora);
- Hering – HGTX3 (Vestuário);
- CVC – CVCB3 (Turismo).
Large Cap
Depois da classificação de Mid Caps, existem as Large Caps. Nessa classificação estão as empresas com mais de $10 bilhões de valor de mercado, e são aquelas mais valiosas da Bolsa.
Por conta disso, pode-se dizer que as Large Caps são as companhias que compõem com maior representatividade o índice Bovespa, o Ibovespa. Afinal, esse índice engloba as ações brasileiras negociadas na B3 que possuem os maiores valor de mercado.
Outra importante característica das Large Caps é a alta liquidez das ações e o grande acompanhamento que elas possuem pelos diversos agentes de mercado. Isso significa que as ações dessas empresas estão sendo analisadas com muita intensidade por diversos investidores, inclusive estrangeiros.
Por isso, as ações Large Caps também tendem a ter uma menor volatilidade em sua cotação. Afinal, os resultados apresentados por essas companhias são mais previsíveis, justamente pelo fato de elas serem mais acompanhadas pelo mercado.
Algumas das Large Caps brasileiras são:
- Petrobras – PETR3 (Petrolífera);
- Itaú Unibanco – ITUB3 (Banco);
- Vale – VALE3 (Mineradora).
Mega Cap
Por último, estão as empresas consideradas Mega Caps, sendo que toda Mega Cap é, também, uma Large Cap. Para ser considerada Mega, a companhia deve ter um valor de mercado superior a 200 bilhões de dólares.
Essa classificação foi criada para separar as Large Caps daquelas companhias que são consideradas as maiores do mundo. E por serem tão grandes e importantes, normalmente as Mega Caps possuem ações negociadas em diversas Bolsas, inclusive na B3, por meio dos BDRs (Brazilian Depositary Receipts).
Além disso, dificilmente um investidor de Bolsa não irá conhecer alguma Mega Cap, afinal, elas normalmente possuem atuação em âmbito global.
Nesse sentido, algumas das Mega Caps que existem e seus respectivos ticker na B3 são:
- Microsoft – MSFT34;
- Apple – AAPL34;
- Facebook – FBOK34;
- Google – GOGL34.
Características das Blue Chips
Existem algumas características das Blue Chips que ajudam o investidor a identificar se determinada empresa pode ser enquadrada nessa classificação. Por isso, a seguir iremos explicar melhor um pouco mais sobre cada um desses aspectos.
1. Valor de mercado elevado
Sem dúvida um aspecto primordial para uma companhia ser considerada Blue Chip é o seu valor de mercado. Afinal, esse valor que irá determinar se uma empresa é grande, ou não.
E para encontrar o valor de mercado de uma companhia, é preciso multiplicar o preço de sua ação pelo número de ações totais. Por exemplo:
- Preço da ação: R$10,00;
- Número de ações: 10.000.000;
- Valor de mercado: 10 x 10.000.000 = 100.000.000,00.
Nesse exemplo, a empresa possui um valor de mercado de 100 milhões, o que é bastante alto. Essa é, portanto, uma indicação de que a companhia pode ser uma Blue Chip negociada na Bolsa.
2. Alto nível de governança
Outra importante característica desse tipo de empresa é o seu alto nível de governança corporativa. Nesse sentido, há uma estrutura muito desenvolvida que garante, por exemplo, muita segurança para investidores minoritários.
E esse tipo de governança é de fundamental importância não só para garantir a segurança e proteção dos minoritários, mas também para cobrir as decisões da empresa. Por exemplo, é importante para:
- Evitar abusos de poder;
- Vedar eventuais erros estratégicos;
- Evitar a ocorrência de fraudes, por exemplo contábeis.
E para auxiliar o investidor a identificar o tipo de governança de uma empresa de capital aberta, a Bovespa criou alguns níveis. Sendo que para cada nível de governança existem algumas exigências e práticas que devem ser adotadas.
Os níveis de governança, do maior para o menor, são:
- Novo Mercado;
- Nível 2;
- Nível 1;
- Bovespa Mais;
- Tradicional.
Normalmente, as empresas Blue Chips estão posicionadas nos maiores níveis de governança. E, por isso, garantem maior segurança para os investidores minoritários.
3. Elevado payout
Outra importante característica das Blue Chips é o elevado payout que elas costumam ter. Por isso, esse tipo de empresa acaba possuindo, também, uma farta distribuição de dividendos.
Isso ocorre porque essas empresas já são muito grandes e consolidadas no mercado. E, ao mesmo tempo, normalmente possuem um lucro muito grande. Por isso, não conseguem alocar todo esse resultado líquido em novos investimentos para expansão de seus negócios.
A primeira alternativa é deixar o lucro em alguma aplicação financeira de renda fixa. Contudo, a maioria dessas empresas costuma distribuir grande parte desse lucro aos acionistas. Este fato faz com que o payout desse tipo de companhia seja alto e que os proventos sejam também robustos.
4. Alta liquidez
A boa liquidez dos papéis é, sem dúvida, um requisito para a empresa ser considerada Blue Chip. Nesse sentido, é preciso que o volume de negociação da ação seja suficientemente alto para que pequenos, médios e grandes investidores possam comprar e vender suas ações sem dificuldades.
Portanto, o preço das ações dessas empresas não é afetado fortemente pela saída de um investidor em particular, como um fundo de investimento, por exemplo. Em ações de empresas com pouca liquidez, a saída ou entrada de um investidor pode impactar, e muito, o preço da ação.
5. Crescimento consistente dos lucros
Outra característica que as Blue Chips normalmente possuem é o crescimento consistente dos lucros. Afinal, para que a empresa tenha um valor de mercado alto foi preciso acumular lucro ao longo do tempo.
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Vantagens de Blue Chips
Para entender melhor sobre essas empresas, é preciso estar atento sobre quais são as vantagens de Blue Chips. Sendo que algumas delas são:
1. Segurança
Por conta do alto nível de governança que citamos, as Blue Chips acabam sendo ações de empresas mais seguras. Afinal, normalmente as empresas possuem e devem respeitar algumas regras e práticas que protegem os investidores minoritários.
Por isso, muitos consideram esse investimento mais seguro. Afinal, o investidor não será muitas surpresas com alguma atitude de má governança pela companhia.
Além disso, como as Blue Chips são empresas grandes e mais consolidadas, a segurança com relação ao modelo de negócio adotado é maior. Afinal, suas atividades normalmente não são tão novas e revolucionárias, mas sim atividades mais maduras, que passaram pelo teste do tempo.
Por fim, ainda há uma segurança contra eventuais crises financeiras. Afinal, essas empresas normalmente possuem um balanço financeiro muito sólido, dívidas mais baratas e muita disponibilidade de caixa.
Por isso, as Blue Chips conseguem passar por uma eventual crise financeira sistêmica com mais tranquilidade. Isso ao contrário de pequenas companhias, que via de regra são mais alavancadas financeiramente e que possuem menor disponibilidade de capital.
2. Menor volatilidade
Por serem empresas mais maduras e consolidadas, os resultados das Blue Chips acabam não revelando muitas surpresas para os investidores e para o mercado em geral. Além disso, muitos agentes do mercado acompanham as atividades e os eventos que se relacionam com a empresa.
Por conta disso, não existem muitas surpresas ou novidades (positivas e negativas) após uma apresentação de resultados. Afinal, as informações que envolvem as Blue Chips vão sendo compiladas e precificadas todos os dias na Bolsa de Valores.
Por isso, é possível afirmar que as ações dessas companhias são menos voláteis. Isto é, não costumam sofrer altas e quedas tão expressivas quanto papéis de empresas menores.
3. Resultados mais previsíveis
Por serem mais acompanhadas pelo mercado em geral, os resultados financeiros das Blue Chips acabam sendo mais previsíveis, como falamos anteriormente. Essa é uma vantagem para investidores que não desejam ter seu capital oscilando tanto após cada apresentação trimestral de resultado.
Desvantagens de Blue Chips
Apesar das vantagens apresentadas, é necessário estar ciente de que existem desvantagens de Blue Chips. Alguns desses pontos negativos são:
1. Menor potencial de retorno
Uma importante questão que deve ser considerada ao investir em Blue Chips é o menor potencial de retorno que ações dessa classificação possuem. Nesse sentido, são empresas que já cresceram muito e que tendem a apresentar um menor retorno depois de se tornarem tão grandes.
Por exemplo, o que é mais fácil de dobrar de tamanho: uma empresa de 1 bilhão de mercado ou uma companhia com 300 bilhões de valor de mercado?
Sem dúvida, os potenciais de retorno e de valorização de cada uma dessas empresas é muito diferente. Assim como o risco de cada investimento é, também, bastante diferente.
Por isso, não é possível afirmar, de início, que um investimento é melhor que o outro. Cada um possui um perfil, um risco e um potencial de ganho ou de perda.
2. Dependência da economia
Outra desvantagem do investimento em Blue Chips é a grande dependência que essas empresas possuem em relação à economia. Nesse sentido, por serem tão grandes, maduras e atuantes no mercado, essas companhias são influenciadas diretamente pelo nível da atividade econômica do país.
Isso significa que dificilmente em um período de crise uma Blue Chip irá deslanchar. Por outro lado, empresas menores podem estar em mercados mais novos e com grande potencial de crescimento. Então, podem passar por grandes retornos mesmo em períodos de crises econômicas, por exemplo.
Como investir em Blue Chips?
Agora que você já sabe quais são as vantagens e desvantagens de uma Blue Chip, pode ser que haja o interesse em, de fato, investir nessas empresas. Por isso, a seguir explicaremos o passo a passo de como investir em Blue Chips.
1. Criar uma conta em uma corretora
O primeiro passo de como investir em Blue Chips é criando uma conta em uma corretora de valores. Será por meio de uma corretora que o investidor poderá acessar o mercado e comprar, de fato, ações de Blue Chips.
E para escolher a melhor corretora, o investidor deve analisar as opções disponíveis em termo de qualidade de serviço oferecido e de custo. Nesse sentido, é preciso procurar um serviço e uma plataforma de qualidade que cobre o menor valor possível por isso.
2. Transferir o dinheiro para a corretora
Depois de ter acesso a corretora que melhor se encaixa o seu perfil, o segundo passo é transferir o dinheiro que irá ser investido. Para isso, é preciso realizar uma transferência da sua conta do banco para a sua conta na corretora. Assim, você terá saldo suficiente para comprar as ações de Blue Chips.
3. Realizar a compra pelo Home Broker
Depois de abrir sua conta em uma corretora e após realizar a transferência do recurso, o próximo passo é comprar, de fato, as ações de uma empresa Blue Chip. Para isso, o investidor deve acessar o seu Home Broker.
Com o Home Broker aberto, basta digitar o ticker (identificação) da ação desejada e, finalmente, comprar a ação.
É preciso ressaltar que, para realizar um bom investimento, é aconselhável que o investidor conheça bem a empresa a qual está se tornando sócio. Isso significa entender o momento que essa companhia está passando, bem como saber quais são seus aspectos financeiros.
Esse tipo de análise é importante para garantir mais segurança ao investimento e para alinhar expectativas de retorno. Assim, o investidor pode ficar mais tranquilo com relação às suas escolhas.
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Exemplos de Blue Chips brasileiras
Agora, daremos alguns exemplos de Blue Chips da Bovespa. Assim será possível entender melhor qual o tipo de empresa que se enquadra nessa classificação.
Itaú Unibanco
O Itaú Unibanco (ITUB4) é o maior banco da América Latina, além de também ser considerado o banco mais rentável do mundo, levando em consideração seu ROE (Return on Equity). Essa enorme companhia foi criada em 2008 a partir da fusão do Itaú e do Unibanco.
Atualmente, o Itaú é dono de agências bancárias espalhadas por todo o território nacional. E, mais recentemente, o banco tem intensificado o seu processo de digitalização para competir com os novos bancos digitais.
Vale
A Vale (VALE3) se configura como a maior mineradora de ferro do mundo. Essa companhia, que foi fundada em 1942, é um das maiores mineradoras do planeta também em outros segmentos, como níquel, cobre, carvão entre outros. Essa companhia é, sem dúvida, uma das Blue Chips mais conhecidas da Bolsa de Valores brasileira.
Ambev
A Ambev (ABEV3) é a maior cervejaria das américas. Essa empresa pode ser considerada um exemplo de gestão eficaz, e foi uma das ações com melhor desempenho nos últimos 20 anos dentro da bolsa brasileira. É fabricante de marcas de bebidas consagradas, tais como: Skol, Antartica, Brahma, etc.
Cielo
A Cielo (CIEL3) é uma empresa brasileira que atua no ramo de adquirência. Sendo que ela é responsável pela captura da maior parte das transações com cartão do Brasil. Sua rede de máquinas e atendimento está presente em todo território nacional, contribuindo por uma melhor eficiência de gestão e facilidades de pagamento.
Vale destacar que nos últimos anos, com a entrada de novas empresas no ramo de maquininhas, a Cielo vem perdendo market share. Este fato fez com que suas ações caíssem muito, acompanhando o lucro da nova realidade de mercado.
Bradesco
O Bradesco (BBDC4) é um dos maiores bancos brasileiros e é considerada uma das marcas mais valiosas do país. Foi fundada em 1943, por Amador Aguiar. É uma companhia que historicamente entregou resultados muito consistentes e crescentes.
Exemplos de Blue Chips americanas
Além de conhecer as Blue Chips brasileiras, é importante para o investidor conhecer também alguns exemplos de Blue Chips americanas. Normalmente, essas Blue Chips dos Estados Unidos são, também, consideradas Mega Caps.
Ou seja, são companhias que na maioria das vezes possuem mais de 200 bilhões de dólares em valor de mercado, e que por isso são consideradas Mega. Além disso, as mesmas características citadas para Blue Chips brasileiras valem para as companhias de fora.
Por fim, alguns exemplos de Blue Chips americanas são:
Microsoft
Considerada uma das maiores empresas do mundo, a Microsoft se configura como uma das principais Blue Chips americanas. A companhia, criada em 1975 pelo bilionário Bill Gates, é uma das mais tradicionais para investidores que buscam realizar investimentos para o longo prazo.
Suas ações, que já valeram 0,10 cents, hoje negociam por quase 200 dólares, o que representa uma valorização de mais de 150.000%. Não é à toa que a empresa possui um valor de mercado superior a 1 trilhão de dólares.
Apple
Concorrente da Microsoft em diversos mercados, a Apple também se impõe como uma das Blue Chips americanas e também como uma das maiores companhias do mundo. Criada pelo americano Steve Jobs, a Apple também compete com a Microsoft no que se refere ao valor de mercado.
Nesse sentido, as duas empresas ficam no páreo para disputar a primeira colocação em capitalização na Nasdaq, uma das Bolsas dos EUA. Assim como a Microsoft, a Apple também está avaliada em mais de 1 trilhão de dólares.
Disney
Outra companhia extremamente tradicional e também considerada uma Blue Chip americana é a The Walt Disney Company. Criada em 1923, na Califórnia, as ações da Disney são negociadas há muitas décadas na bolsa de Nova York, a NYSE.
Atualmente, a Disney possui pouco mais de 200 bilhões de valor de mercado e suas ações são negociadas por quase 150 dólares. Sendo que esses valores podem variar conforme as oscilações de preço na Bolsa.
Coca Cola Company
Nosso último exemplo de Blue Chips americanas é a Coca Cola, outra empresa muito tradicional entre os investidores. Essa companhia, assim como a Disney, passou por um importante teste: o do tempo. Nesse sentido, atua no mercado desde 1892.
É por isso que a Coca é vista como um investimento muito tradicional. Afinal, ela se provou uma companhia extremamente perene, que conseguiu se provar como um excelente investimento ao longo dos anos.
Vale a pena investir em Blue Chips?
Depois de conhecer e entender melhor o que são as Blue Chips, investidores podem se perguntar: afinal, vale a pena investir em Blue Chips?
Infelizmente, não há uma resposta definida sobre isso. Afinal, existem diversos aspectos que devem ser analisados antes de fazer o investimento em uma ação. Além disso, pode ser que determinada ação de empresa faça sentido para alguns investidores, e para outros não.
Por exemplo, investidores mais velhos e que precisam de mais estabilidade patrimonial podem preferir o investimento em empresas como a Ambev. Afinal, esta é uma empresa extremamente eficiente, estável e que está inserida em um mercado bastante perene.
Por outro lado, investidores mais novos podem preferir se afastar desse tipo de ação. Isso porque eles possuem maior espaço de tempo para investir, podendo aceitar, também, mais volatilidade patrimonial e mais risco. Isto como forma de buscar maiores retornos financeiros.
Por isso, para saber quais são as melhores blue chips, é preciso que o investidor analise, em primeiro lugar, seus objetivos. Assim, será possível determinar qual o nível de risco ele deseja tomar e qual o tipo de empresa faz sentido para sua estratégia de investimento.
Depois dessa avaliação, é necessário partir para a análise das empresas individualmente. Sendo que existem alguns fatores primordiais que devem ser levados em consideração.
Quais aspectos analisar em uma ação?
Depois de definir seu perfil de investidor e de saber quais seus objetivos, o investidor deve partir para uma análise individual das empresas. Assim, será possível definir quais ações fazem sentido ter em uma carteira de investimento.
De maneira geral, alguns dos aspectos que devem ser levados em consideração na hora de analisar uma ação da bolsa são:
- Valuation;
- Riscos específicos;
- Nível de governança;
- Nível de endividamento;
- Vantagens competitivas;
- Perspectiva de crescimento.
O Valuation, primeiro ponto citado, é um dos aspectos mais importantes nessa análise. Afinal, ele irá ajudar a determinar se a ação de uma empresa está atrativa em termos de preço. Em outras palavras, irá mostrar se uma ação está “barata”.
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Depois de avaliar o Valuation e os outros aspectos citados, o investidor poderá conseguir avaliar melhor se determinada ação é – ou não – um bom investimento para incluir em sua carteira.
E então, conseguiu entender melhor sobre o que são as Blue Chips? Deixe abaixo os seus comentários ou eventuais dúvidas sobre esse tipo de empresa da Bolsa.
O que são as Blue Chips?
As Blue Chips são ações de grandes empresas, que possuem alta liquidez de negociação na Bolsa de Valores. As empresas com essa classificação são líderes em seus segmentos. Por isso, as ações de Blue Chips costumam ser mais estáveis, isto é, menos voláteis.
Quais são as maiores ações Blue Chips do mercado brasileiro?
Algumas das ações de Blue Chips negociadas na Bolsa são: Itaú Unibanco, Vale, Petrobrás, Bradesco e Banco do Brasil.
Quais são as ações de primeira linha?
As ações de empresas Blue Chips costumam ser consideradas como ações de primeira linha pelo alto nível de governança, pela estabilidade e pela liquidez na Bolsa. Algumas das companhias nessa classificação são: Itaú Unibanco, Vale, Petrobrás, Bradesco e Banco do Brasil.
Quais são as melhores Blue Chips?
Para escolher a melhor Blue Chip para investimento é preciso que o investidor faça uma análise fundamentalista de cada uma das opções disponíveis na Bolsa. Além disso, é preciso avaliar também o valuation da companhia para saber se o investimento se configura como uma boa oportunidade.