5 Forças de Porter: Veja os cinco segredos das empresas de sucesso
Você já escutou algo a respeito das 5 Forças de Porter?
O modelo das 5 Forças de Porter foi desenvolvido por Michael E.Porter para avaliar as vantagens competitivas de um negócio. Portanto, é algo de extrema relevância para o investidor que espera receber dividendos e ver seu patrimônio valorizar.
Esse modelo é composto pelas 5 forças, que são:
- Competição na indústria
- Potencial de novos entrantes
- Poder de barganha dos fornecedores
- Poder de barganha dos clientes
- Ameaça de produtos substitutos
Então vamos ver cada uma delas.
1ª Força: Competição na indústria
A primeira força se refere à presença e intensidade da competição em uma determinada indústria.
Obviamente que, quanto menos competição, melhor para o investidor, pois a companhia poderá praticar preços maiores e conseguir margens elevadas e rentabilidades.
Em um extremo estão as indústrias altamente fragmentadas, muitas delas vendendo produtos parecidos (“commoditizados”).
Já no outro extremo estão aquelas empresas monopolísticas, ou seja, que não tem competição.
Pensando em Brasil, o segmento de varejo de alimentos (supermercados) é uma indústria muito fragmentada. Geralmente em cada estado existe uma rede dominantes. Além disso, os produtos são praticamente os mesmos em todos eles.
Por outro lado, só temos uma bolsa de valores no Brasil, que se chama B³.
E entre esses dois extremos ainda temos o oligopólio dos grandes bancos brasileiros, que dominam a indústria bancária.
2ª Força: Potencial de novos entrantes
A segunda força se refere aos potenciais novos competidores. Ou seja, estamos tratando aqui das barreiras de entrada do negócio.
Por exemplo, se custar muito caro ou for muito demorado entrar em um determinado nicho de mercado, dizemos que essa é uma indústria com grandes barreiras de entrada.
No mercado mundial, podemos citar o Google, que é lider absoluto nos mecanismos de pesquisas online.
Para um novo competidor entrar, teria que investir centenas de bilhões de reais só para equiparar a mesma infraestrutura tecnológica do Google. Isso sem falar da fidelização dos clientes, que veremos mais adiante.
Aqui no Brasil podemos citar a Ambev ou Petrobrás, companhias com um tamanho e escala muito difícil de replicar.
3ª Força: Poder de barganha dos fornecedores
A terceira força se refere ao poder de barganha, que significa o poder de troca ou permuta. Barganhar é a força de uma empresa ou pessoa ao discutir preços, colocando pressão e fazendo exigências, como maior qualidade em menor preço.
Quando várias empresas dependem de um mesmo fornecedor, por exemplo, este fornecedor possui grande poder de barganha junto aos seus clientes.
Dessa forma, consegue cobrar preços maiores pelos insumos e capturar grande valor na cadeia de produção.
Por outro lado, quando uma empresa pode trabalhar com vários fornecedores, então cada um deles não possui muita margem de negociação com a companhia.
Como exemplo podemos citar grandes redes varejistas, como Wallmart, por exemplo, que lidam com milhares de fornecedores diferentes, comprando em larga escala os produtos.
4ª Força: Poder de barganha dos clientes
A quarta força se refere ao poder de barganha dos clientes. Quando uma companhia depende somente de poucos clientes, então cada um deles pode negociar preços menores, derrubando as margens da empresa.
Um outro aspecto importante é avaliar o custo de substituição do produto vendido. Se for muito caro para o cliente trocar de produtos, então o poder de barganha é menor.
Por exemplo, na Apple. É muito difícil um usuário de Iphone trocar para outro smartphone. O motivo disso é que o sistema operacional da Apple é único, e o cliente já confia.
Se o cliente trocasse para outro sistema, então haveria toda uma nova curva de aprendizado no novo sistema e ainda esse mesmo cliente poderia se desapontar.
Um outro exemplo é a empresa Senior Solutions, que fornece softwares e serviços para empresas do setor financeiro. É muito difícil essas empresas trocarem de provedor, pois teriam que adaptar todos os sistemas e treinar o pessoal para usar a nova plataforma.
5ª Força: Ameaça de substitutos
Por fim, a última força se refere à ameaça de produtos substitutos.
Por exemplo, quando surgiu a fotografia digital, a Kodak quebrou, pois não soube lidar com essa nova ameaça, persistindo na ultrapassada revelação de filmes.
Um outro exemplo é a Blockbuster. A empresa era uma locadora de filmes, mas quando surgiu a internet e a pirataria, o negócio de locação foi por água a baixo.
Conclusão sobre as 5 Forças de Porter
As 5 Forças de Porter são um modelo muito útil para avaliar as vantagens competitivas de uma companhia. Uma empresa somente é capaz de gerar muito valor aos seus acionistas quando possui vantagens competitivas que durem no longo prazo.