O futuro dos investimentos no Brasil tende a se inspirar em muita coisa que já é normal em mercados maduros, como o norte-americano.
Existem diversas fintechs, que buscam explorar lacunas que as instituições financeiras tradicionais criaram em seus modelos de negócios.
E quais tendências eu acredito que vão vir para ficar no mercado de investimentos do Brasil nos próximos anos?
Algumas destaco a seguir:
A) Transparência
Cada vez mais as instituições financeiras vão ser cobradas pela transparência das taxas embutidas em seus produtos.
No Brasil, temos o sistema financeiro mais rentável do planeta. E grande parte desta rentabilidade vem da área de investimentos que pratica a venda de produtos ineficientes, porém rentáveis, para a instituição.
Os clientes vão cobrar mais transparência. A instituição que não for transparente vai perder clientes e ficar para trás.
B) Ascensão da renda variável
Com a queda das taxas de juros, aqueles investidores que buscam rentabilidade vão ter que buscar alternativas como a renda variável.
O número de investidores tem crescido fortemente no Brasil, mas ainda representa uma parcela muito pequena da população quando comparamos com países de renda parecida com a brasileira.
C) Alinhamento de interesses
Os investidores cada vez mais vão buscar investir através de estruturas mais alinhadas com seus interesses.
A ascensão da Internet possibilitou que os investidores se educassem, se tornassem menos dependentes do gerente e começassem a questionar práticas pouco alinhadas com seus interesses.
Cada vez mais vão surgir modelos que buscam este alinhamento.
D) Queda nas taxas e spreads
Como consequência disso tudo, as taxas e spreads cobrados dos investidores tendem a cair ao longo do tempo.
A instituição que cobrar 4% de taxa de administração em um fundo de renda fixa, vai perder clientes.
As que oferecerem produtos bons e rentáveis tem chance de ganhar.
Portanto, eu sou extremamente otimista com o futuro dos investimentos do Brasil.
O que era uma indústria cara e ineficiente vai caminhar para modelos mais eficientes e alinhados aos interesses dos investidores.