10 dicas para investir melhor em fundos imobiliários (Parte 2)

Na semana passada, trouxemos as cinco primeiras dicas para investir melhor em fundos imobiliários. Caso não tenha lido ainda, você pode conferir o último FIIkipedia aqui. Hoje, vamos aprender mais cinco dicas para melhorarmos nossos investimentos em FIIs.

Caro e barato são relativos

O que seria um FII barato? E um caro? Tudo depende. A maioria dos investidores enxerga o retorno mensal em rendimentos de um fundo imobiliário (dividend yield) como se esse fosse o retorno total e perpétuo do investimento e, consequentemente, precifica o ativo com essas informações. Porém, o fundo imobiliário é um ecossistema vivo. Ele está em constante mudança e você deve acompanhar esse movimento.

Pode ser que um fundo esteja pagando pouco hoje, mas há grandes chances de aumentar seus rendimentos. Isso poderia indicar que ele está “caro” de acordo com os parâmetros de hoje.

Entretanto, para o investidor de longo prazo, pode ser um momento muito “barato” de comprar cotas desse fundo e aproveitar o aumento de renda e um possível aumento na cotação. Assim, definir se está barato ou caro depende bastante do momento atual, das perspectivas futuras do ativo e dos seus objetivos. Tudo isso entrará na conta e para cada investidor o resultado pode ser diferente.

Lembre-se que o mercado está sempre se antecedendo e não espera as coisas acontecerem para começar a se movimentar. Ele sempre está se adiantando.

O mercado muda a todo instante e você deve mudar junto

Assim como o que mencionamos na dica acima, o mercado está sempre em evolução. Não podemos e nem devemos acreditar que os fundos imobiliários e suas áreas de atuação permanecerão iguais durante décadas. Eles mudarão.

Nesse sentido, é necessário que você acompanhe essas mudanças, que podem ser para melhor ou pior, para assim poder entender se deve ajustar sua carteira de investimentos ou seguir com sua estratégia.

Por exemplo, em 2010, o setor de agências bancárias nos fundos imobiliários apresentava uma grande oportunidade aos olhos do mercado com contratos longos e uma previsibilidade maior na renda.

No entanto, atualmente, esse setor já não é bem-visto, pois o mercado mudou e os investidores entendem que o número de agências bancárias no Brasil deve diminuir e o interesse por esse tipo de imóvel poderá cair.

Fundos imobiliários não são investimentos para especulação

Especular com fundos imobiliários seria o ato de tentar comprar e vender cotas no curto prazo para ganhar com a valorização delas. Porém, os FIIs são ativos que oscilam menos do que outros ativos de bolsa e são um investimento focado em renda passiva e longo prazo. Além disso, quando um fundo tem problemas e começa a desvalorizar, pode ser difícil ele recuperar seu valor, o que geraria um prejuízo para esses especuladores. 

Ocasionalmente, podem existir oportunidades para especulação, mas esse não é o foco dos FIIs. É mais interessante deixar o gestor dos FIIs trabalhar esses trades com os ativos em que ele investe. Hoje, podemos ver vários fundos de papel e de tijolo que têm vendido seus ativos gerando lucro para seus cotistas.

Reinvista com sabedoria para potencializar seus resultados

Todo mês, seus fundos imobiliários pagarão rendimentos diretamente na sua conta na corretora e caberá a você decidir o que fará com esse investimento.

Quanto mais você puder investir e reinvestir, mais rápido será o seu crescimento patrimonial, seus resultados e, consequentemente, o tempo para atingir os seus objetivos. Gastar os seus rendimentos pode atrasar sua jornada, já que será menos dinheiro trabalhando para você. Isso só não seria um problema, caso você já estivesse no período de usufruto dos seus investimentos.

Além disso, todo mês, você terá que avaliar onde investirá o dinheiro recebido. O ideal é que você avalie qual a melhor oportunidade do momento, em vez de reinvestir no mesmo fundo que lhe pagou. Esse é um conceito importante, pois, como mencionamos, o mercado está sempre em mudança e você pode mudar o foco dos seus aportes todos os meses. Pode ser que o ideal seja o FII A em um mês, depois o FII C, em outro momento pode ser Renda Fixa e depois o melhor pode ser investir em ações.

Essa renda mensal permitirá que você aloque seu dinheiro mensalmente nas melhores oportunidades, desde que você esteja estudando e acompanhando seus investimentos.

Prefira fundos imobiliários atemporais

Por fim, como nossa última dica, tenha preferência por fundos com teses e gestores que possam atravessar crises, cenários bons e ruins, mudanças do mercado, entre outros.

Como estamos investindo para o longo prazo, que pode durar décadas, escolher os fundos imobiliários mais resilientes poderá trazer o melhor retorno e menos dificuldades.

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Marcos Correa
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