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02 Fundos Imobiliários com baixa volatilidade e retorno acima do CDI

fundos imobiliários no longo prazo

Muitos investidores que desejam começar a investir no mercado de Fundos Imobiliários possuem alguns receios e aversões, especialmente pela volatilidade encontrada em ativos de Renda Variável e a possibilidade de retornos abaixo das aplicações tradicionais presentes nas prateleiras dos principais Bancos.

De fato, os FIIs são ativos negociados livremente na Bolsa (B3) e estão sujeitos a toda variação diária de suas cotações.

O objetivo deste artigo não é realizar indicações, e sim mostrar a todos que o fator de volatilidade está presente em ativos que possuem certo grau de risco, mas que tenham como alvo um retorno acima da média para o investidor.

Antes de mais nada, vale destacar e ponderar pontos relevantes até pela necessidade de uma reflexão mais sensata para que possamos evoluir no sentido de melhor entendimento quanto a importância dos FIIs em uma carteira previdenciária:

Perceba, portanto, que a volatilidade é natural quando se busca maiores retornos com mais consistência no longo prazo.

No gráfico logo abaixo, fizemos uma comparação entre IBOV (laranja), IFIX (azul) e o título do Tesouro Direto IPCA+ com vencimento em 2024 (verde), que é um dos mais adequados em pesquisas para efeitos comparativos. Perceba que o IFIX é o que tem a menor volatilidade entre eles:

A bem da verdade, investidores ancorados em uma estratégia de longo prazo deveria enxergar a volatilidade como uma real possibilidade de aumentar a velocidade de seu enriquecimento (patrimônio).

Um dos pontos que me deixa confortável com os Fundos Imobiliários é o fato de pertencerem a uma classe de ativos onde a relação de risco/retorno “joga” a favor do investidor, e claro, com uma volatilidade média abaixo de muitos outros instrumentos usados para acumulação de capital.

É o mesmo que “comprar mais com menos”.

Boa parte dos investidores usa o CDI como principal Benchmark (referência de comparação), e o grande desafio dos Gestores é justamente entregar resultado ao investidor que sejam superiores a este indicador de forma recorrente.

Claro que não podemos deixar de observar a qualidade intrínseca dos Fundos e como isso irá refletir na consistência da distribuição mensal (renda).

Ao realizar uma ampla pesquisa nos últimos 12 meses, pude constatar que os Fundos de Recebíveis (“Papel”) são os que possuem os “menores” índices de Volatilidade além de pagarem acima do CDI (Base 100), com destaque para 02 deles:

CPTS11B

KNCR11

CPTS11B e KNCR11 são Fundos de CRIs, sendo que o ativo sob Gestão da Capitânia possui maior risco implícito através de CRIs “High Yield”.

Já KNCR11 é o maior ativo listado na B3 e possui CRIs “High Grade” em seu portfólio, portanto, com altíssima qualidade de crédito.

KNIP11

KNIP11 possui também uma volatilidade baixa (4,49), mas pelo fato de ter finalizado uma emissão volumosa recentemente, optamos por não inseri-lo como destaque neste artigo.

Observe no gráfico que as últimas semanas distorceram um pouco a realidade do Fundo, mas o seu resultado histórico é excelente frente ao CDI:

É importante destacar ainda que outros FIIs de “Papéis” possuem índice de volatilidade abaixo de 10, dentre eles: BCRI11 (8,53), VRTA11 (8,82), RNDP11 (9,03) e FEXC11 (9,90).

Em tempo: excluindo PLRI11 (26,09) que está em processo de amortização, o FII de CRI com “maior” índice de volatilidade é OUJP11 (13,12), o que ainda é baixo em termos proporcionais (e relativos).

Outra questão a se observar é que buscamos listar ativos que tiveram liquidez ao longo do último ano até para que a pesquisa fique mais adequada.

Apenas como referência, os Fundos com maiores índices de volatilidade são: DOMC11 (61,14) e PABY11 (54,36), o que já era de se esperar até pelo fato de serem FIIs com problemas específicos (sem renda), além obviamente do alto spread no Livro de Ofertas.

Apenas por curiosidade, fizemos uma lista com alguns FIIs que possuem “alta” volatilidade e que sejam conhecidos pelos investidores:

Agora, observe esta outra lista de FIIs com “baixa” volatilidade:

Mais uma vez, reforçamos que o objetivo deste Artigo não é realizar indicações e sim mostrar a todos que nos acompanham que volatilidade faz parte do dia a dia do mercado e deveria ser enxergada com mais naturalidade por todos aqueles que buscam alternativas mais sofisticadas de investimentos.

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