Biografia de Xi Jinping
Quem é Xi Jinping?
O presidente da China, Xi Jinping, já está no poder da segunda maior economia do mundo, desde 2013.
Líder do partido comunista chinês, Xi Jinping já está no poder, mais tempo do que os seus antecessores, como Jiang Zemin e Hu Jintao.
Ambos presidentes ficaram no poder por 10 anos, sendo que Xi vai completar 15 anos, quando o seu atual mandato termina, em 2028.
Com Xi como presidente, a China está alcançando novos patamares e fazendo cada vez mais frente aos Estados Unidos.
Formação de Xi Jinping
Em 15 de junho de 1953 nascia Xi Jinping, na região de Fuping, província de Xianxim. Sendo que o seu pai era Xi Zhongxun, companheiro de armas de Mao Tse Tung.
Como o pai de Xi, tinha grande envolvimento com o partido comunista, ele acabou ocupando alguns cargos de prestígio, sendo até vice-primeiro-ministro.
Desse modo, no princípio de sua infância, Xi tinha certo conforto, proporcionado pela elite política da época. Contudo, com a revolução cultural que aconteceu durante os anos de 1966 a 1976, o pai de Xi acabou enfrentando sérios problemas, fato que culminou com o envio de Xi para a região de Yanchuan, em Xianxim, no ano de 1969.
Lá, Xi acabou trabalhando na área agrícola. Nesse período, ele construiu boas relações com os camponeses.
No ano de 1974, Xi Jinping entrou para o Partido Comunista Chinês e em 1975, ele começou a sua formação em Engenharia Química, pela Universidade Tsinghua, em Pequim.
O curso foi concluído com sucesso em 1979. Depois, Xi ainda conquistou um Doutorado em Direito, pela mesma Universidade.
Com o fim da revolução cultural, o pai de Xi se recuperou e assim, o seu filho, começou a trabalhar como secretário pessoal do ministro da defesa da época, Geng Biao.
Carreira no partido comunista chinês
Após um período trabalhando como secretário pessoal do ministério da defesa, Xi passou a trabalhar como sub-secretário do partido.
Em seguida, Xi conseguiu um posto como secretário da região de Zhengding, província de Hebei.
Aos poucos, Xi Jinping, foi construindo uma carreira muito interessante no partido comunista chinês.
Nesta caminhada, Xi ainda foi vice-prefeito de Xiamen, na província de Fujian e posteriormente, governador de Zhejiang.
Mas foi em 2007, que o seu caminho dentro do partido se tornou mais claro. Foi em 2007 que Xi se tornou secretário do partido em Xangai.
E em questão de meses, Xi conseguiu um assento no Comitê Permanente do Politburo, em Pequim. Sendo que tal posição no comitê permanece com ele até hoje.
Se preparando para ser presidente
Dentro da cúpula do partido, Xi se aproximou do cargo de presidente da China. Em 2008, Xi acabou se tornando vice-presidente do então presidente, Hu Jintao.
Como vice-presidente, Xi foi responsável por organizar as Olimpíadas de 2008 em Pequim. Além das comemorações da fundação da República Popular da China, que estava fazendo 60 anos em 2009.
Já em 2010, o seu caminho para a presidência da China ficou ainda mais claro, quando ele se tornou vice-presidente da Comissão Militar Central. Aqueles que conquistaram tal cargo, costumavam estar na linha de sucessão da presidência do país.
E, portanto, em 2012, Xi Jinping, encerrou sua evolução dentro do partido comunista, alcançando a presidência da China. Cargo no qual, ele mantém até hoje.
Crises e disputas
Ao longo dos anos à frente da China, Xi teve que lidar com o acirramento de disputas e até com uma grande crise, a pandemia da COVID-19. Veja a seguir mais detalhes sobre tais eventos que marcaram e vem influenciando o governo de Xi.
Repressão de minorias
Em 2022, a ONU (Organização das Nações Unidas) divulgou um relatório, expondo a repressão chinesa contra as minorias étnicas na província de Xinjiang.
Em resposta, o governo chinês negou qualquer tipo de repressão contra as minorias. Contudo, os investigadores apontam que há indícios críveis de abuso e violência na região de Xinjiang.
Manifestações em Hong Kong
Entre os anos de 2019 e 2020, a ilha de Hong Kong presenciou grandes manifestações contra um projeto de extradição da ilha.
Observando que tal lei, poderia ser um passo importante, para que Hong Kong se alinhasse às leis chinesas, as manifestações começaram a fim de evitar que tal passo fosse dado.
Querendo ou não, indiretamente, a lei de extradição, botaria a população de Hong Kong, próxima das leis aplicadas na China, que são mais rigorosas.
Nesse sentido as manifestações cresceram pela ilha e se tornaram relevantes, forçando ao governo da ilha a interromper a tentativa de efetivar a lei.
COVID-19
No final de 2019, um novo vírus, altamente transmissível foi detectado na cidade de Wuhan, na China.
Porém, a identificação desse novo vírus só foi efetuada no início de 2020, quando pesquisadores, reconheceram que era uma nova variante do “coronavírus”.
Somente quatro dias após a identificação, a China reconheceu a primeira morte, oriunda do vírus.
Ao final de janeiro de 2020, a cidade de Wuhan é colocada em Lockdown, ou, quarentena. Ninguém mais poderia entrar ou sair da região, sem que houvesse alguma autorização.
Já a primeira morte fora da China, ocorreu na França. Uma turista chinesa acabou contraindo o vírus e morrendo na Europa.
O vírus se espalhou rapidamente pelo mundo e no dia 11 de março, a OMS (Organização Mundial de Saúde) declara que a COVID-19 se tornou uma pandemia.
Ao longo da pandemia, diversos boatos e informações foram compartilhadas na internet, trazendo ainda mais dúvidas e teorias conspiratórias. A China chegou a ser acusada de espalhar o vírus de forma proposital, algo que não foi comprovado. Além disso, diversos tipos de tratamentos foram experimentados, a fim de inibir as mortes e salvar vidas. Porém, nem todos os tratamentos foram declarados eficientes. Sendo que a vacina ao final, foi o que alcançou certo nível de sucesso ao controlar as infecções e consequentemente as mortes.
Ao todo, quando a OMS encerrou a crise pandêmica, em 5 de março de 2023, o mundo tinha perdido milhões de pessoas.
A busca por uma só China
Um dos principais objetivos de Xi, à frente do governo chinês, é de unificar a China, transformando a China em um só país. Essa ideia se estende às ilhas de Hong Kong e Taiwan. Tendo certa influência sobre Hong Kong, o grande problema está em Taiwan.
Taiwan não é reconhecido como um país, sendo que muitos países, nem possuem relações diplomáticas com a ilha. Contudo, o governo de Taiwan, busca este reconhecimento enquanto a China vem trabalhando para unificar a ilha ao continente.
Inclusive, já se foi mencionado a utilização de força, por parte do continente, para conseguir tal unificação.
Nesse sentido, os Estados Unidos, surgem para contrabalancear esse ímpeto chinês, defendendo seus interesses na ilha.
Atualmente, Taiwan cumpre um importante papel na fabricação de chips, fundamentais para muitos eletrônicos. Sendo uma região essencial para o desenvolvimento dos Estados Unidos, China e consequentemente, do mundo.
Disputa territorial do mar do Sul da China
O mar do Sul da China, que banha diversos países no pacifico, está em grande disputa. Nas últimas 2 décadas, a China vem construindo ilhas artificiais e ocupando outras pequenas ilhas na região.
Dessa forma, a China vem reivindicando tais territórios para si, sendo que outros países, como a Filipinas, contestam o ímpeto chinês.
Inclusive, os Estados Unidos vêm atuando na região, a fim de garantir que os demais países possam trafegar pelo mar com segurança. Em resposta, a China está instalando bases militares nas ilhas da região, aumentando a sua presença militar. Fato que acende o medo de um conflito entre as duas potências.
De qualquer forma, o mar do Sul da China é rico em reservas minerais, como gás natural e petróleo. Assim, para a China e demais países, a região é muito importante.
Acirramento das disputas econômicas e militares com os Estados Unidos
Com Xi no poder, a China está ganhando mais força. Consolidada como a segunda maior economia do mundo, a China de Xi, está se preparando para superar os Estados Unidos, tanto na economia, quanto na área militar.
Segundo o ranking de gastos militares de 2023, a China investiu mais de US$ 200 bilhões no segmento, enquanto os Estados Unidos investiram pouco mais de US$ 900 bilhões.
Ou seja, aos poucos, a China está alcançando os Estados Unidos, algo que preocupa os norte-americanos. Nesse sentido, uma disputa econômica entre as duas nações, cresce.
Já no mandato de Barack Obama, os Estados Unidos, davam sinais de que começaram a tratar a China de forma diferente. Porém, foi no mandato de Donald Trump, que os atritos e as disputas se intensificaram.
Vida Pessoal
Xi Jinping é um líder bem discreto, mas algumas histórias de sua vida são conhecidas. Com por exemplo…
Casamento com uma pop star
Em 1987, Xi Jinping se casou com Peng Liyuan, uma cantora muito famosa na China. Ela ganhou relevância, devido às suas apresentações no programa de televisão, relacionado ao ano novo chinês. Além disso, Peng ganhou diversas competições de canto nacionais.
Filha estudou em Harvard
No ano de 1992, nasce Xi Mingze, filha de Xi e Peng. Em 2010, Xi matriculou sua filha na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
Ao matricular a filha, Xi e demais autoridades, tomaram cuidado em utilizar um pseudônimo para evitar que ela fosse identificada.
Dessa maneira, em 2014, Xi Mingze se formou em Bacharel em Artes em psicologia. Então, após a concisão de seus estudos, havia a percepção de que ela teria voltado a Pequim.
Porém, especula-se que em 2019, ela teria se matriculado em curso de pós-graduação e continuaria vivendo nos Estados Unidos.