Biografia de Vladimir Vladimirovich Putin
Quem é Vladimir Putin?
O atual presidente da Rússia, Vladimir Putin, está na liderança do país desde 7 de maio de 2012. Contudo, Putin já foi presidente da Rússia, entre 2000 a 2008. Depois, entre 2008 a 2012, Putin trabalhou como primeiro-ministro do país.
Antes de entrar para a vida política, Vladimir trabalhou como agente da KGB (Comitê de Segurança do Estado da URSS) durante o período entre 1975 a 1991.
Formação de Vladimir Putin
Filho de um casal de operários e de origem humilde, Vladimir Vladimirovich Putin, nasceu em 07 de outubro de 1952, em Leningrado, atual São Petersburgo.
Além de Putin, Vladimir Spiridonovich Putin e Maria Ivanovna Shelomova ainda tiveram outros dois filhos, porém, eles morreram quando crianças.
Assim, ainda quando jovem, Putin, conhecido por seu temperamento forte, acabou treinando algumas artes marciais.
Desse modo, em 1973, ele se tornou campeão de Sambo (arte marcial russa) na cidade natal e em 1976, tendo a faixa preta no judô, também se tornou campeão no judô em Leningrado. Sem falar que Vladimir ainda é faixa preta no caratê.
E por fim, no ano de 1975, Vladimir Putin se formou em direito, pela Universidade Estatal de Leningrado.
Carreira na KGB
Logo após se formar em direito, Putin entrou para a KGB. Quando jovem, Vladimir tinha um sonho de se tornar espião, uma vez que ele era fã do espião soviético Max Stierlitz, protagonista de uma série de TV da época.
Com o sonho realizado e trabalhando para a KGB, Putin foi designado a prestar seus serviços na unidade de contrainteligência de Leningrado.
Após conquistar mais experiência, Putin foi designado a trabalhar no setor de inteligência estrangeira. Nesta nova função, o atual presidente aprendeu a falar outros idiomas, como inglês e alemão.
Já no ano de 1985, Putin foi enviado para a Alemanha Oriental, na cidade de Dresden. Lá ele trabalhou supervisionando a lealdade dos diplomatas soviéticos.
Em 1990, Putin volta para Leningrado e se torna vice-reitor da Universidade. Em sua nova função, ainda dentro da KGB, Putin supervisiona a lealdade dos alunos e estrangeiros. Por fim, em 1991, Vladimir encerra sua carreira na KGB e inicia seu caminho na política.
Ascensão meteórica na política russa
Logo no início de sua vida política, Putin conquistou uma vaga de trabalho como presidente do Comitê de Relações Internacionais de Leningrado.
Não demorou muito para que Vladimir fosse promovido. Além de ser o presidente do comitê, Putin também se tornou vice-prefeito de Leningrado em 1992.
Contudo, em 1996, Putin teve seu primeiro revés na política, quando perdeu as eleições para prefeito.
Mesmo com esta derrota, Vladimir não desistiu da sua carreira e foi para a capital, Moscou. Então, em 1997, Putin tornou-se administrador-chefe adjunto do Kremlin. Na época, a Rússia era comandada por Boris Yeltsin.
Já no ano de 1999, Yeltsin nomeia Putin, como primeiro ministro da Rússia. E no fim do mesmo ano, em meio a um escândalo, o presidente Boris Yeltsin renunciou ao cargo, tornando Putin, presidente interino. Desse modo, nas eleições de 2000, Putin se torna o presidente da Rússia.
O seu primeiro governo durou oito anos, terminando em 2008. Neste mesmo ano, Vladimir conseguiu eleger o seu aliado, Dmitri Medvedev.
Mas, Putin não ficou distante da política. Com Medvedev na presidência, Putin foi nomeado como primeiro-ministro, ficando no cargo até 2012.
Assim, depois de 4 anos, Putin disputou as eleições e se tornou novamente presidente. Observando a legislação vigente na época, Putin só poderia concorrer à presidência, mais uma vez. Já que o limite para um presidente, era de 2 mandatos seguidos.
Contudo, em 2021, o então presidente aprovou uma lei que lhe permite disputar as eleições dentro de um período de 24 anos. Ou seja, Putin poderá disputar eleições até 2036. Destacando que na Rússia, o mandato do presidente é de 6 anos, com eleições acontecendo, a cada 6 anos.
Putin e as Guerras
Ao longo de todos os seus anos como presidente e como primeiro-ministro, Putin se envolveu em alguns conflitos armados. O primeiro conflito, foi com a república autônoma da Chechênia.
Guerra na Chechênia
Durante os anos de 1994 a 1996, a Rússia já tinha tentado intervir militarmente, na pequena república da Chechênia. Porém, tal intervenção não obteve sucesso e em 1996, os russos saíram da região.
Mas, com a chegada de Putin ao poder, em 1999, a Rússia invadiu a Chechênia novamente. Sobre o pretexto de ser uma operação “antiterrorista”, a intervenção durou anos, terminado em 2009. Neste ano, as tropas russas saíram do país, deixando um rastro de destruição. Assim, outro país que sofreu com o poderio militar russo, foi a Georgia.
Guerra na Geórgia
Em meados de 2008, a Rússia invadiu a Geórgia, depois que forças militares da própria Geórgia iniciaram uma operação sobre territórios separatistas pró-Rússia.
O conflito foi rápido, durando apenas cinco dias. Contudo, apesar de rápido, este conflito durou tempo suficiente para gerar grande destruição no país, milhares de feridos e 800 mortos.
A guerra foi encerrada, com a intermediação do então presidente francês, Nicolas Sarkozy. Com o fim do conflito, a Rússia reconheceu a independência dos territórios separatistas da Ossétia do Sul e Abkházia, além de instalar um grande contingente militar na região.
Ajuda militar na Síria
Desde 2011, a Síria vem convivendo com a guerra civil em seu país. De um lado, existem as forças leais ao presidente Bashar al-Assad, e do outro, as forças de oposição, denominadas de Conselho Nacional Sírio. Além desses dois lados, o Estado Islâmico, aproveitou o conflito, para conquistar territórios dentro da Síria.
Nesse sentido, em 2015, a Rússia começou sua intervenção no país, com objetivo de ajudar o governo de Bashar al-Assad. Atualmente, os russos possuem 2 bases militares na Síria. Uma dessas bases é o aeródromo de Hmeimim, e a outra é o porto de Tartus.
Anexação da Crimeia
Após o presidente e aliado, Viktor Ianukovytch, ser deposto na Ucrânia, Putin começou a se movimentar, com a intenção de anexar a região da Crimeia em 2014.
Sem um aliado frente ao governo da Ucrânia, Putin perdeu influência na região e com isso, a Ucrânia poderia acabar aumentando seus laços com o ocidente,
Porém, o motivo levantado pelo presidente russo para anexar a Crimeia, está associado aos laços russos com a população local. Já que muitos de lá se identificam como russos.
A comunidade internacional não reconheceu a anexação da região pela Rússia. E com isso, a Rússia foi excluída do G8 (O grupo dos 8 países mais industrializados do mundo). Desse modo, a organização voltou a ser denominada de G7.
Destacando que a anexação da Crimeia não envolveu guerra de grandes proporções, mas serviu como incentivo.
Guerra na Ucrânia
Com a anexação da Crimeia, duas regiões no extremo leste da Ucrânia, que fazem fronteira com a Rússia, se rebelaram. Assim, ativistas pró-Rússia proclamaram a independência das regiões de Donetsk e Lugansk.
Desse modo, começou um conflito entre as forças ucranianas e os ativistas pró-Rússia. Contudo, em 2014, foi assinado o Protocolo de Minsk, reduzindo os atritos na região.
Porém, os conflitos na região não cessaram e no ano de 2022, Putin ordenou a invasão da Ucrânia.
Neste conflito, a Rússia praticamente foi “excluída” do cenário internacional, deixando de participar de eventos importantes, como as Olimpíadas. Diversas marcas, empresas e indústrias ocidentais deixaram a Rússia também. Já a Ucrânia, vem recebendo grande volume de ajuda financeira e militar do ocidente. Mas ainda assim, a guerra aparenta estar longe do fim.
Vida privada
O presidente Vladimir Putin sempre foi muito cuidadoso e sigiloso com relação a sua vida privada. Até hoje não há muitos detalhes sobre a vida participar do presidente.
No entanto, existem algumas informações disponíveis. Por exemplo, Putin se casou em 1983, com Lyudmila Shkrebneva.
Fruto deste matrimônio, Putin teve duas filhas, Maria e Katerina. Em 2013, Lyudmila e Putin se divorciaram, encerrando um casamento de aproximadamente 30 anos.
Sobre eventuais netos, não existem muitas informações. Ao que tudo indica, Maria, a filha mais velha de Putin, possui um filho com Jorrit Faassen, empresário holandês. O filho do casal nasceu em 2002.