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    Subscrição: entenda o que é e como funciona esse processo

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    A subscrição de ações é um conceito fundamental no mundo dos investimentos e do mercado financeiro. Trata-se de um processo que permite aos investidores adquirir novas ações emitidas por uma empresa, muitas vezes com condições favoráveis.

    Mas o que exatamente significa esse termo? Como ele funciona na prática? E quais são as vantagens e desvantagens de participar de uma subscrição de ações? Este guia abrangente irá explorar o conceito de subscrição de ações em detalhes, fornecendo uma visão clara e compreensível para investidores novatos e experientes.

    Desde o básico da subscrição até aspectos mais complexos como bônus de subscrição, underwriting e aumento de capital, este guia é uma leitura essencial para quem deseja entender e aproveitar as oportunidades que a subscrição de ações pode oferecer.

    O que é a subscrição de ações?

    O que é a subscrição de ações?

    A subscrição de ações consiste no ato de adentrar em um processo de aumento de capital por parte de empresa. Ou seja, um processo de emissão de novas ações.

    Imagine, por exemplo, que uma empresa irá aumentar o seu capital social em R$ 10 milhões. E que, inicialmente, o seu capital social era de R$ 100 milhões.

    Isto significa que a companhia estará aumentando o seu capital em 10%. Assim, os atuais acionistas terão o direito de subscrever 10% da quantidade de ações que eles possuem.

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    Por exemplo, suponha que você seja sócio desta empresa que está aumentando o seu capital. E que você possui 1 mil ações.

    Você terá direito, portanto, a subscrever 100 ações. Pois 100 representa 10% da sua posição.

    Isto irá garantir que o acionista tenha o direito de manter o mesmo percentual de participação na empresa. Ou seja, isto garante que ele não será diluído em sua participação acionária.

    É importante ressaltar que este é um direito e não uma obrigação do acionista, como o próprio nome “direito de subscrição” indica.

    Subscrição de ações vale a pena?

    Subscrição de ações vale a pena?

    Agora que você já sabe o conceito desta operação, é hora de determinar se a subscrição de ações vale a pena.

    Obviamente que esta decisão depende de cada caso específico. Porém, será ressaltado aqui porque na maioria das vezes a subscrição de ações vale a pena.

    Bem como será explicado também a ocasião em que não vale a pena subscrever as ações.

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    Por que fazer a subscrição de ações?

    Por que fazer a subscrição de ações?

    Existem alguns motivos pelos quais vale a pena subscrever ações. São eles:

    • Evitar uma diluição na participação acionária;
    • Comprar ações com desconto;
    • Aumentar o potencial dos juros compostos.
    1. Evitar uma diluição na participação acionária 1. Evitar uma diluição na participação acionária

    Ao não participar de um processo de subscrição, o acionista terá a sua participação na empresa diluída.

    Imagine, por exemplo, que uma empresa tem um total de 100 ações e que um investidor é dono de 10 delas. Ou seja, ele é dono de 10% da empresa.

    Caso a empresa faça um aumento de capital de 50%, ou seja, passe a ter 150 ações, o investidor poderá subscrever mais 5 ações, ficando com um total de 15 e mantendo a sua participação de 10% na empresa.

    Mas e se o investidor não exercer o seu direito de subscrição?

    Nesse caso ele terá apenas 10 das 150 ações. Ou seja, 6,6% da companhia. Portanto, ele subscrever ações é uma forma de evitar ser diluído.

    2. Comprar ações com desconto 2. Comprar ações com desconto

    Tipicamente as subscrições são oferecidas com desconto em relação ao valor de mercado da cotação.

    Isto ocorre para estimular os acionistas a subscreverem os ativos.

    Este desconto pode proporcionar um pequeno ganho de capital para o investidor. Dessa forma, este é um outro motivo para o investidor exercer o direito de subscrição.

    3. Aumentar o poder dos juros compostos 3. Aumentar o poder dos juros compostos

    Ao adquirir mais ações você está elevando o potencial dos juros compostos e se aproximando cada vez mais da sua independência financeira.

    Com uma maior quantidade de ações, você irá receber mais dividendos e obter maiores retornos.

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    Quando não vale a pena subscrever ações?

    Quando não vale a pena subscrever ações?

    Você observou os motivos pelos quais a subscrição de ações vale a pena.

    Mas ela também pode, em alguns casos, não valer a pena. Esses casos são aqueles nos quais a empresa a emitir novas ações tem péssimas perspectivas e não deve se configurar com um bom investimento.

    Neste caso, inclusive, você deve considerar deixar de ser acionista da empresa por completo. E, obviamente, não deve exercer o direito de subscrição de ações.

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    Direito de subscrição: uma proteção do investidor

    Direito de subscrição: uma proteção do investidor

    No mercado financeiro, muitas vezes um grande investidor pode ter vantagem sobre os pequenos aplicadores. Por isso, algumas leis protegem o pequeno investidor, como o direito de subscrição.

    Sendo essencial para o funcionamento do mercado de capitais, o direito de subscrição é uma das garantias aos investidores expressa na Lei das SA.

    O direito de subscrição é uma ação nominativa concedida aos acionistas. Funciona como um direito de preferência na compra de novas ações que venham a ser emitidas pela empresa. Dessa forma, o acionista pode impedir que a sua participação seja diluída quando a companhia efetuar um aumento de capital tendo o direito de comprar novas ações e continuar com o mesmo percentual de participação que possui.

    Isto é, quando uma companhia decide realizar um aumento de capital, ou seja, emitir novas ações no mercado, ela precisa avisar a seus acionistas e dar a eles o direito de subscrição.

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    Caso contrário, os donos da empresa poderiam comprar todas as novas ações da empresa e aumentar a sua participação acionária. Por isso, o direito é uma proteção para o investidor.

    Em outras palavras, as ações que a empresa deseja emitir serão primeiramente oferecidas aos atuais acionistas. Estes por sua vez podem optar por comprá-las para ter o mesmo percentual acionário na empresa ou não.

    Esses direitos são um benefício que a empresa confere aos sócios. Isso porque muitas vezes garantem um preço de venda das novas ações abaixo da cotação do mercado.

    Como exercer ou negociar o direito de subscrição

    Como exercer ou negociar o direito de subscrição
    direito de subscrição

    Ao anunciar o direito de subscrições de ações a empresa precisa passar as seguintes informações aos acionistas:

    • Quando a empresa decidiu emitir novas ações
    • A data de compra limite de ações originais
    • O percentual que o acionista terá o direito de subscrever
    • O preço das novas ações
    • Data em que poderá negociar os direitos com terceiros
    • E a data limite para exercer o direito de subscrição.

    Se o acionista desejar exercer o direito de subscrição ele deve expressar a sua vontade de subscrever as ações e entrar em contato com a corretora.

    Já caso o acionista decida por não comprar novas ações, ele pode vender o seu direito de compra. Isso porque o direito de subscrição pode ser negociado na bolsa dentro do seu período de validade, geralmente de 30 dias.

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    Nesse caso, o detentor do direito pode encontrar compradores diretamente no home broker. Outra opção é pedir para a sua corretora a venda do ativo.

    Quando um investidor compra o direito de subscrição ele está ganhando o direito de adquirir a ação desejada antes de ser ofertada no mercado e muitas vezes por um preço abaixo do mercado.

    Por isso, o ativo de subscrição costuma ser muito procurado. E a negociação é bem interessante para comprador e vendedor do direito.

    Muitas vezes o direito não é exercido e gera o que é conhecido no mercado como sobras de subscrição.

    Assim, a empresa oferece novamente o direito de subscrição no mercado para tentar alcançar o montante de ações subscritas desejado antes de ir ao mercado.

    Underwriting: entenda como funciona o processo de subscrição

    Underwriting: entenda como funciona o processo de subscrição

    No mercado financeiro, o termo underwriting, ou subscrição, é muito utilizado por instituições financeiras.

    Podemos dizer que o underwriting é o processo pelo qual os banqueiros de investimento levantam capital de investimento de investidores em nome de corporações e governos ou emitem ações ou títulos de dívida.

    Essa operação é realizada por uma instituição financeira isoladamente ou organizada em consórcio.

    A palavra “subscritor” teve origem na prática de fazer com que cada tomador de risco escrevesse seu nome sob a quantidade total de risco que ele estava disposto a aceitar em um prêmio especificado.

    Além disso, a instituição financeira que realiza as operações de lançamento de ações no mercado primário é chamada de underwriter. A seguir, temos as instituições autorizadas para estas operações:

    • Bancos múltiplos;
    • Bancos de investimento;
    • Sociedades corretoras e distribuidoras.

    Desse modo, as operações de underwriting são ofertas públicas de títulos em geral, e de títulos de crédito representativo de empréstimo cuja pratica é permitida somente por uma instituição financeira autorizada pelo Banco Central do Brasil, para esse tipo de transação.

    O papel do underwriting no mercado

    <strong>O papel do underwriting no mercado</strong>
    underwriting

    Fazer um mercado para títulos é o principal papel de um subscritor.

    Toda apólice de seguro ou instrumento de dívida, tal como uma hipoteca, carrega certo risco de que o mutuário irá ficar inadimplente. Isso, obviamente, representa uma perda para a seguradora ou credor.

    Dessa forma, parte do trabalho do underwriter é avaliar os fatores de risco conhecidos. E também investigar a veracidade do pedido de cobertura do solicitante.

    Desse modo, com todas as informações em mãos, é possível então determinar o preço mínimo da cobertura, ou juros cobrados.

    Dessa maneira, os subscritores contribuem para encontrar o verdadeiro preço de mercado do risco. Decidindo, assim, caso a caso, quais apólices estão dispostas a cobrir e a que taxas precisam cobrar objetivando obterem lucro.

    Outro papel informacional importante dessas empresas é o fato de que é possível rapidamente excluir candidatos inaceitavelmente arriscados. Tais como aqueles com problemas de saúde e que querem um seguro de vida.

    De modo geral existem duas modalidades de underwriting:

    • Underwriting de melhores esforços

      Nesses casos a instituição subscritora se compromete a fazer o melhor para buscar interessados em investir nos papéis da empresa. Mas o intermediário não assume qualquer compromisso caso as ações não encontrem uma boa recepção junto ao público.

    • Underwriting firme

      Nesse caso a instituição subscritora assume o compromisso de subscrever todas as ações antes de revendê-las ao publico. Assumindo, assim, todos os riscos da operação.

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    O risco de um underwriting

    <strong>O risco de um underwriting</strong>
    underwriting

    No mercado, o exemplo mais comum de underwriting é o seguro. Para que um serviço de seguro funcione bem, é preciso uma quantidade suficiente de pessoas seguradas.

    Isso acontece porque a diversificação do risco ajuda a mitigá-lo, pondo assim, a estatística a favor da subscritora.

    O fato de poder espalhar o risco em uma base bastante ampla de vidas torna possível que muitos sinistros venham acontecer sem que prejudique a companhia seguradora.

    Dessa forma, uma vez que um subscritor tenha sido encontrado para uma determinada apólice, o capital que o subscritor apresenta no momento do investimento atua como garantia de que o pedido pode ser pago.

    Desse modo, podemos concluir que o processo de underwriting é essencial para a melhor definição dos riscos a serem assumidos em uma sociedade capitalista.

    O que é o bônus de subscrição e qual a sua importância para os acionistas

    O que é o bônus de subscrição e qual a sua importância para os acionistas

    Normalmente uma empresa de capital aberto oferece vantagens aos seus acionistas quando pretende emitir mais ações. Nesse sentido, uma das principais práticas é a emissão de bônus de subscrição.

    Assim como os direitos de subscrição, os bônus de subscrição funcionam como uma espécie de opção de compra ofertada aos para quem possui ações da empresa. Porém, os dois possuem uma série de características que os diferenciam entre si.

    O que são os bônus de subscrição?

    O que são os bônus de subscrição?

    Bônus de subscrição são títulos negociáveis emitidos por empresa de capital aberto, que conferem aos seus titulares, nas condições constantes do certificado, o direito de subscrever ações do capital social dela, respeitando o limite de capital autorizado no estatuto.

    Ou seja, ao receber um bônus de subscrição, o acionista ganha a opção de subscrever (ou seja, adquirir em primeira mão) as ações adicionais colocadas à venda por essa mesma empresa. Nesse caso, as condições da compra são pré-definidas, com um prazo e preços já determinados previamente.

    Como é definida e organizada a emissão de bônus de subscrição?

    Como é definida e organizada a emissão de bônus de subscrição?

    Ao contrário dos direitos de subscrição, a decisão de emitir de bônus de subscrição fica a cargo da própria empresa.

    Por regra, quem decide se haverá a oferta desses títulos é da assembleia geral de acionistas. Porém, o estatuto da companhia pode estabelecer o conselho de administração como o responsável pelo tema. Nesse caso, a exigência é que o limite do capital seja respeitado.

    Após definida a emissão dos bônus, o fato deverá ser informado ao mercado. Dentre as informações que precisam ser divulgadas, estão:

    • Data de vigência do títulos

      Período em que o direito pode ser exercido o direito

    • Preço de exercício

      Preço de compra das ações. O valor definido na data da emissão e não pode ser modificado.

    • Último dia para negociação

      Prazo limite para negociar o título no mercado. Após essa data, o bônus perde seu valor e “vira pó” na bolsa.

    Mesmo após iniciado, a empresa poderá cancelar o validade dos bônus de subscrição a qualquer momento.

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    O que acontece após a emissão do bônus de subscrição?

    O que acontece após a emissão do bônus de subscrição?

    Após receber o bônus de subscrição, o acionista pode fazer três coisas:

      Vender os títulos no mercado secundário

      Como se trata de um título negociável, é possível comprá-los ou vendê-los na bolsa, assim como acontece com uma ação normal. Por ser um título ao portador, o investidor que adquire um bônus de subscrição recebe para si o direitos de subscrever as novas ações.

      Exercer o direito de subscrição.

      Dessa forma, pelo preço sugerido e dentro do prazo de compra, o acionista adquire as ações da empresa.

      Não fazer nada

      Se o detentor do título optar por exercer o direito dentro do prazo, o direito deixa de existir e o papel perde seu valor. Ou seja, o bônus de subscrição “vira pó”. Se o título tiver sido comprado no mercado, o investidor não será restituído pelo valor pago.

      Qual o objetivo do bônus de subscrição?

      Qual o objetivo do bônus de subscrição?

      O bônus de subscrição é uma forma da empresa privilegiar seus acionistas, já que eles ganham a preferência de compra em novas ações em uma oferta subsequente.

      Ou seja, quando a companhia quiser abrir mais o seu capital na bolsa, aqueles que já possuem ações da empresa terão o direito de comprar os papéis antes de todo o mercado.

      No final das contas, essa política acaba tendo um efeito indireto sobre o valor da própria ação. Como o bônus de subscrição é considerada uma vantagem futura para os potenciais acionistas, essa prática melhora a avaliação do mercado sobre a ação.

      FAQ
      Como funciona subscrição ações?

      Quando uma empresa listada na bolsa resolve aumentar o seu capital social, ela deve oferecer o direito aos acionistas em manter a posição. Desse modo, os acionistas podem participar do evento de subscrição.

      É possível vender direito de subscrição?

      Caso o investidor não tenha o interesse de exercer o direito de subscrever as ações, é possível negociar os direitos no mercado secundário.

      Como comprar ações de subscrição?

      Para executar o direito de subscrever as ações e adquiri-las é muito simples. Basta o investidor manifestar sua vontade junto à corretora. Só fique atento aos prazos e os valores que deverão ser utilizados para fazer a aquisição das ações.

      Quem tem direito à subscrição?

      Os acionistas da empresa têm o direito de participar da subscrição de ações. Dessa maneira, os acionistas podem evitar a diluição da participação na empresa. Destacando que este é um direito fundamental dos acionistas, segundo as regras que regem as empresas qualificadas como S.A (Sociedade Anônima).

      Qual a vantagem de fazer subscrição?

      Existem algumas vantagens em participar da subscrição de ações, sendo que uma delas está vinculada à possibilidade de manter a mesma participação na companhia. Outra vantagem está relacionado à possibilidade de adquirir as ações a um preço menor, em comparação aos investidores que não são acionistas.

      Tiago Reis
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