Resumo da Semana: BTG compra participação da Caixa no Banco Pan, A caminho do IPO, Modalmais adquire duas novas empresas, IRB ganha dispensa de fiscalização especial da Susep, e CVM acusa ex-CEO e ex-diretor da Vale sobre Brumadinho
O índice Ibovespa encerrou a última semana registrando 117.669,90 pontos, o que representou, na última sexta-feira (09), uma variação negativa de -0,54%. Na semana, o principal índice de ações negociadas na bolsa de valores brasileira teve uma valorização de aproximadamente 2,1%. Em 2021, o índice segue negativo, com uma baixa de -1,12% até o momento.
Já o Ifix – o índice de referência dos Fundos de Investimentos Imobiliários – encerrou a última sexta-feira (09) aos 2.849,29 pontos, o que representou uma alta de +0,24% no dia. Na mesma semana e no acumulado de 2021, o índice performou: -0,02% e -0,72%, respectivamente.
BTG compra participação da Caixa no Banco Pan
O BTG Pactual anunciou que comprou a participação da Caixapar, subsidiária da Caixa Econômica Federal, no Banco Pan. O valor total fechado foi de R$ 3,7 bilhões.
- O contrato de compra e venda se refere a uma fatia de 49,2% do capital votante e 26% do capital social total do Banco Pan. A compra, de acordo com o anúncio, foi realizada através do Banco Sistema, instituição subsidiária do BTG Pactual.
- O BTG se comprometeu a pagar à Caixapar o valor de R$ 11,42 para cada uma das ações ordinárias de posse do banco público.
- “Com a operação, a Caixapar conclui com sucesso o processo de desinvestimento de sua participação no Banco Pan e o BTG Pactual, que participa de seu co-controle há mais de uma década, passará a consolidar o controle acionário da companhia”, disse o fato relevante.
- Em setembro do ano passado, o BTG havia elevado sua participação na instituição e passou a ter 44,85% do capital social total do Banco Pan.
A caminho do IPO, Modalmais adquire duas novas empresas
Em meio a um processo de oferta pública de ações (IPO), o banco digital Modalmais reforçou o portfólio com mais duas novas compras.
- O Modalmais adquiriu a startup Refinaria de Dados, com foco em desenvolvimento de produtos digitais para o mercado financeiro, baseados em processamento de big data, inteligência artificial e machine learning.
- De acordo com o banco, a aquisição “vem para acelerar o uso de inteligência de dados da casa e compartilhados através do open-finance”.
- O objetivo é utilizar a infraestrutura e tecnologia de coleta, pré-processamento, análise e visualização de dados da refinaria para melhorar a compreensão das necessidades de clientes e parceiros.
- A empresa de análise de dados já trabalhou com mais de 20 mil fontes de dados, desenvolvendo 900 algoritmos de machine learning e aprendizado profundo.
- Além disso, o banco digital também comprou a plataforma de gerenciamento e consolidação de carteiras de investimentos Carteira Global. Não obstante, os fundadores Gabriel Cantu, Lucas Bastianik e o sócio Renato Ishihara continuarão à frente da plataforma tocando o negócio no dia a dia.
- A companhia oferece serviços tanto para investidores quanto assessores e consultores financeiros, disponibilizando ferramentas de análise com informações e estatísticas de títulos públicos, debêntures, fundos de investimento etc.
IRB ganha dispensa de fiscalização especial da Susep
O IRB Brasil informou que a Superintendência de Seguros Privados (Susep) encerrou a fiscalização especial que mantinha sobre a empresa, após o reenquadramento necessário do ressegurador.
- Segundo o fato relevante divulgado pela empresa, a Susep reconheceu que a companhia “apresentou ativos exigidos para garantir as provisões técnicas definidas pelo órgão regulador do setor de seguros e resseguros”. A autarquia estava acompanhando de perto o IRB Brasil desde 11 de maio do ano passado.
- Em fevereiro do ano passado, a companhia havia dito que o balanço final de 2020 tinha demonstrado o enquadramento regulatório necessário referente aos índices de liquidez e cobertura de provisões técnicas.
- O reenquadramento foi alcançado após a implementação de um plano de gestão da empresa, entre julho e dezembro. A companhia levantou R$ 4,8 bilhões, com aumento de capital e emissão de debêntures, garantindo recursos financeiros e provisões técnicas para assegurar sua solvência.
CVM acusa ex-CEO e ex-diretor da Vale sobre Brumadinho
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) decidiu iniciar um processo administrativo sancionador contra o ex-presidente da Vale, Fabio Schvartsman, e o ex-diretor de ferrosos da companhia, Peter Poppinga, em relação ao desastre de Brumadinho.
- Em agosto de 2019, a autarquia instaurou um inquérito para aprofundar a investigação sobre a responsabilidade de administradores da Vale pelos fatos relacionados ao rompimento da Barragem 1 da Mina Córrego do Feijão, em 25 de janeiro daquele ano.
- Informações públicas mostram que a CVM abriu prazo para a apresentação de defesas pelos dois executivos. A apuração trata de “eventuais irregularidades relativas à possível inobservância de deveres fiduciários” ligados à tragédia que matou 272 pessoas. Não há maiores detalhes.
- Entre os deveres previstos na Lei das S.A. estão os de lealdade – em relação à empresa e seus acionistas – e de diligência, pelo qual o administrador da companhia deve atuar com o mesmo cuidado que empregaria em seus próprios negócios.
- Ao comunicar a abertura de inquérito, em 2019, a CVM destacou que a apuração não incluía a atuação sobre questões relativas à legislação ambiental. À época, o órgão regulador não mencionava o nome de executivos.