Radar do Mercado: Petrobras (PETR4) sobre desinvestimento e contratação de FPSO
A companhia informou que iniciou a fase vinculante referente à alienação do total de sua participação em porção exploratória de bloco localizado na Bacia de Guajira, na Colômbia. O Bloco Tayrona está situado em águas profundas, e a Petrobras detém 44% de participação por meio de sua subsidiária Braspetro. O restante do capital pertence à Ecopetrol.
Os potenciais compradores do Bloco Tayrona receberão carta-convite contendo as devidas instruções acerca do processo de desinvestimento do campo. A venda faz parte de uma série de vendas de ativos com o intuito de reduzir a alavancagem e concentrar-se em seu core business, a exploração de petróleo no pré-sal, que tem um lifting cost mais baixo que ativos de águas rasas.
O portfólio de Exploração & Perfuração (E&P) está sob revisão. Os ativos com breakeven de até US$ 35 por barril estão sendo priorizados. O Capex para E&P estimado para 2021-2025 é de cerca de US$ 40 a 50 bilhões. A companhia também almeja alcançar uma dívida bruta de US$ 60 bilhões em 2022.
A empresa também divulgou que iniciou negociações com a SBM Offshore N.V. objetivando a contratação do afretamento do FPSO Almirante Tamandaré.
FPSO é um tipo de embarcação utilizada para a exploração de petróleo. Ela armazena petróleo e gás natural e auxilia o escoamento das commodities.
O FPSO Almirante Tamandaré deve entrar em operação no segundo semestre de 2024 no Campo de Búzios. Ele será o sexto sistema de produção do campo, com capacidade de processamento diário de 12 milhões de m3 de gás natural e de 225 mil barris de óleo.
De acordo com a companhia, o mercado mundial de FPSOs tem sido constantemente monitorado pelo Petrobras, e somente a SBM, no presente momento, é capaz de atender aos critérios técnicos, operacionais e de disponibilidade necessários.