Resumo da Semana: Banco Central corta Selic, Hertz decide de oferta de ações, CVC quer retomar 100% das operações e Argentina estende prazo de negociação de dívida.
O índice Ibovespa encerrou a última semana registrando 96.572 pontos, o que representou, na última sexta-feira (19), uma variação positiva de 0,46%. Na semana, o principal índice de ações negociadas na bolsa de valores brasileira teve uma valorização de 4,07%. Em 2020, o índice segue negativo, com uma baixa expressiva de -16,48% até o momento.
Já o Ifix – o índice de referência dos Fundos de Investimentos Imobiliários – encerrou a última sexta-feira (19) aos 2.804 pontos, o que representou uma alta de 0,33% no dia. Na mesma semana e no acumulado de 2020, o índice performou: 0,79% e -12,30%, respectivamente.
Banco Central corta taxa de juros em 0,75%.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu, de forma unanime, cortar a taxa básica de juros (Selic) em 0,75%, atingindo 2,25% ao ano, uma nova mínima histórica.
- O corte era esperado pelo mercado, visto que na última segunda-feira, os economistas responsáveis pela elaboração do Boletim Focus confirmaram a previsão de 2,25%;
- A decisão foi tomada em um momento de forte contração do nível de atividade da economia, provocada pela pandemia do covid-19;
- O corte da taxa de juros aumenta a liquidez nos mercados para tentar sustentar a demanda e limitar a queda no PIB;
- Segundo o Ministério da Economia, o PIB brasileiro de 2020 deverá cair 4,7%. No entanto, principais economistas indicam uma queda de 6,5%.
Hertz, após desistir oferta de ações, procura empréstimo de até US$ 1 bilhão.
A Hertz, em recuperação judicial desde maio, está à procura de um empréstimo de até US$ 1 bilhão para financiar suas operações, após ter desistido de uma polêmica oferta de ações.
- A companhia cancelou sua oferta de ações até que a SEC, órgão regulador do mercado de capitais norte-americano, revise a situação da empresa. A Hertz contava com o apetite especulativo sobre seus papéis para captar cerca de US$ 500 milhões;
- Segundo a Hertz, “os preços recentes de mercado e os volumes de negociação das ações ordinárias da Hertz potencialmente apresentam uma oportunidade única” para a companhia levantar capital em termos mais favoráveis do que os empréstimos comuns para empresas em falência;
- Quando apresentou seu pedido de recuperação judicial, em 22 de maio, a Hertz viu seus papéis caírem a US$ 0,22. No início da última semana, no entanto, as ações chegaram a serem negociadas a US$ 5,53, uma alta sem precedentes de mais de 2.400%.
CVC quer retomar 100% das operações em julho.
A maior companhia de turismo do Brasil pretende retomar a totalidade de suas operações a partir do dia 1 de julho.
- Em entrevista ao jornal Valor, o CEO da CVC, Leonel Andrade, afirmou que a companhia aproveitou o tempo de paralisação para acelerar seu processo de transformação digital;
- As lojas da companhia começaram a reabrir durante este mês. Grande parte dos empreendimentos estão sendo reabertos em shoppings e, segundo a CVC, 928 de 1.400 lojas já estão abertas;
- Como se sabe, o setor de turismo está sendo um dos mais impactados durante esta crise. Em junho do ano passado, a CVC tinha um valor de mercado de R$ 7,55 bilhões. Atualmente, tem um valor de mercado de cerca de R$ 3 bilhões, com uma queda acumulada de 60% nos últimos doze meses;
- Na última quinta-feira, a CVC informou que o fundo de investimento Equitas elevou sua participação na empresa para 5,16%.
Argentina estende pela quinta vez o prazo para negociação de dívida.
O Ministério da Economia da Argentina estendeu pela quinta vez o prazo de negociação com credores internacionais para a reestruturação de sua dívida externa.
- O ministro da Economia argentina, Martín Guzmán, declarou que o país tenta obter um acordo de reestruturação da dívida que seja capaz de pagar;
- No mês passado, a Argentina marcou o nono default soberano após descumprir o pagamento de US$ 500 milhões em juros de dívida;
- O governo argentino informou que não poderia “se comprometer de forma responsável” com os termos oferecidos pelos credores. Também acrescentou que alguns eram “amplamente inconsistentes com a estrutura de sustentabilidade da dívida para a Argentina restaurar a estabilidade macroeconômica e avançar em direção a um programa com o FMI”.