Década Perdida: o que aconteceu com a economia brasileira nos anos 80?

Conhecida como década perdida, os anos 80 marcaram diversos acontecimentos no Brasil e em outros países da América Latina. Tais acontecimentos tiveram um profundo impacto não só na economia como também na democracia brasileira.

Foi nos anos 80, conhecido como década perdida, que o país tentou de todo modo aplicar políticas monetárias de estabilização econômica sem sucesso. Estabilização que somente aconteceu em 1994 com a criação do Plano Real.

O que é a década perdida?

Década perdida é uma referência feita à economia brasileira durante os anos 80, por conta da estagnação econômica, do baixo crescimento do PIB e da acentuada inflação no período.

Esses problemas, fizeram parte da história não só do Brasil, mas de diversos países da América Latina durante os anos 80, que foram caracterizados por uma retração agressiva da produção industrial.

A década perdida de 1980 também foi marcada pela alta volatilidade dos mercados e pelo aumento da desigualdade social, visto que a altíssima inflação favorecia as pessoas que tinham mais facilidade de proteger o seu capital.

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Por que a década de 1980 ficou conhecida como década perdida?

Aquela década ficou assim conhecida por conta da crise econômica nos anos 80. Afinal, foram verificadas fortes reduções no PIB brasileiro, sendo que a média nos anos 70 caiu de 7% para 2% nos anos 80.

Além disso, durante a década de 1980, por conta do aumento nas taxas internacionais de juros, a dívida do Brasil com os EUA cresceu vertiginosamente aumentando substancialmente o déficit público.

Não só a dívida externa, mas também a dívida interna seguiu uma trajetória de aumentos contínuos devido à política fiscal expansionista do governo daquela época.

Portanto, é comum encontrar referências dizendo que os anos 80 foram o enterro da expansão vivida nos anos 70 que ficou conhecida como “Milagre Econômico“.

Por outro lado, por conta da crise que se instalou, aumentou a pressão sobre o governo militar, que se viu obrigado a iniciar uma nova república no país com a eleição de um presidente civil pelo voto indireto.

Esse seria o início da retomada da democracia, sendo que no ano de 1988, uma nova constituição foi estabelecida, o que no ponto de vista cívico mostrou um grande avanço no país, mostrando que a década perdida não foi de todo ruim.

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Tentativas de estabilização econômica nos anos 80

Os anos 80 e a década perdida para a economia do Brasil também foram marcados pelas inúmeras tentativas de reformas monetárias para a estabilização econômica.

Foi nessa década que surgiram o Plano Verão, Plano Bresser e Plano Cruzado. No entanto, todas essas tentativas não obtiveram sucesso. Visto que o problema da expansão dos gastos públicos continuou.

Congelamento de preços e outras medidas foram adotadas em uma tentativa fracassada de estabilidade econômica, que só viria anos mais tarde, em 1994.

O final da década de 80 foi marcado também pelo fim da Guerra Fria e pela ampliação do processo de abertura da economia brasileira que se alinhou ao Consenso de Washington.

No último ano daquela década, o Brasil finalmente voltou a votar, e escolheu como presidente da república Fernando Collor de Mello que viria posteriormente sofrer impeachment em 1992.

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Tiago Reis
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17 comentários

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  • Santos 31 de julho de 2020
    "governo militar", é DITADURA, DITADURA. É tão difícil usar o nome correto?Responder
    • gabriel 9 de janeiro de 2021
      Governo cívico-militar, ditadura cívica-militar. Chame como quiser, cada lado defende o seu mas existe o lado da história de fato.Responder
  • carol kramer 10 de setembro de 2020
    quem era o presidente da epoca?Responder
    • Suno Research 10 de setembro de 2020
      Olá, Carol! Tudo bem? Na década de 80, os presidentes que lideraram o Brasil foram João Figueiredo e José Sarney. Atenciosamente, Equipe Suno.Responder
  • Ricardo Danés 20 de outubro de 2020
    Como se comportaram as ações nesses anos de hiperinflação?Responder
    • Suno Research 21 de outubro de 2020
      Olá, Ricardo! Tudo bem? Em primeiro lugar, as ações possuíam uma volatilidade altíssima. Os preços continuavam subindo, porém de maneira ilusória, já que tudo deveria ser convertido em reais. Atenciosamente, Equipe Suno.Responder
  • Janio 21 de outubro de 2020
    Entendo que as pessoas com menos patrimônio eram justamente as que mais sofriam com a economia. Mas e quem possuía ações nessa época? Continuou a receber dividendos? Caso positivo, esses dividendos eram reajustados pela inflação?Responder
    • Suno Research 22 de outubro de 2020
      Olá, Janio! Tudo bem? Os dividendos continuaram, mas não eram necessariamente ajustados pela inflação. Atenciosamente, Equipe Suno.Responder
  • Silvio marinho Valadão 9 de janeiro de 2021
    e pelo jeito ta querendo voltar aos anos 80 atualmenteResponder
  • Guilherme Franzoni 8 de fevereiro de 2021
    Por que demoraram uma decada pra encontrar o real problema a ser resolvido? sendo que foram criados planos os quais não mudaram em nada a situação, até 94?Responder
  • Sílvio w 21 de março de 2021
    E em pleno 2021 tá pior que a década de 80 tá sendo a década da calestiaResponder
    • Lauro Patzer 13 de julho de 2022
      Apesar de toda a crise da pandemia, da guerra entre Rússia e Ucrânia, da inflação mundial, da oposição histérica que o presidente vem sofrendo a cada dia, dos bloqueios do STF e das calúnias da velha imprensa, neste ano, houve bons resultados: “- Brasil registra mais de 1,3 milhão de novas empresas em quatro meses. – As micro e pequenas empresas (MPEs) representam 99% do total das empresas brasileiras, são responsáveis por 62% dos empregos e por 27% do Produto Interno Bruto (PIB). – Além disso, mais de 40% dos microempreendedores individuais (MEI) são mulheres empreendedoras. – Isso, graças a resiliência do trabalhador brasileiro e ações do Governo Federal; como, desburocratizações recordes, digitalizações de serviços e a lei da liberdade econômica”. Sem esquecer a infraestrutura, uma das melhores desde o início da República, as ferrovias no Nordeste, término de rodovias com a Engenharia do Exército em tempo recorde e sem propinas, recordes no agronegócio constituindo o Brasil com o celeiro do mundo, etc. etc. Na Amazônia o cultivo de cacau recuperando áreas degradas no bioma publicado no fim de junho no periódico científico Journal of Geographic Information System. MAS A VELHA IMPRENSA NÃO NOTICIA. POR QUÊ?Responder
  • Silvio 26 de julho de 2021
    Bolsonaro está querendo ressuscitar tudo isso de novo e quem sofre somos nós trabalhadoresResponder
    • Lauro Patzer 13 de julho de 2022
      Apesar de toda a crise da pandemia, do guerra Rússia e Ucrania, da inflação mundial, da oposição histérica que o presidente vem sofrendo a cada dia, dos bloqueios do STF e das calúnias da velha imprensa, neste ano, houve bons resultados: "- Brasil registra mais de 1,3 milhão de novas empresas em quatro meses. - As micro e pequenas empresas (MPEs) representam 99% do total das empresas brasileiras, são responsáveis por 62% dos empregos e por 27% do Produto Interno Bruto (PIB). - Além disso, mais de 40% dos microempreendedores individuais (MEI) são mulheres empreendedoras. - Isso, graças a resiliência do trabalhador brasileiro e ações do Governo Federal; como, desburocratizações recordes, digitalizações de serviços e a lei da liberdade econômica". Sem esquecer a infraestrutura, uma das melhores desde o início da República, as ferrovias no Nordeste, término de rodovias com a Engenharia do Exército em tempo recorde e sem propinas, recordes no agro-negócio com celeiro do mundo, etc. etc.Responder
    • Lauro Patzer 13 de julho de 2022
      Apesar de toda a crise da pandemia, da guerra entre Rússia e Ucrânia, da inflação mundial, da oposição histérica que o presidente vem sofrendo a cada dia, dos bloqueios do STF e das calúnias da velha imprensa, neste ano, houve bons resultados: "- Brasil registra mais de 1,3 milhão de novas empresas em quatro meses. - As micro e pequenas empresas (MPEs) representam 99% do total das empresas brasileiras, são responsáveis por 62% dos empregos e por 27% do Produto Interno Bruto (PIB). - Além disso, mais de 40% dos microempreendedores individuais (MEI) são mulheres empreendedoras. - Isso, graças a resiliência do trabalhador brasileiro e ações do Governo Federal; como, desburocratizações recordes, digitalizações de serviços e a lei da liberdade econômica". Sem esquecer a infraestrutura, uma das melhores desde o início da República, as ferrovias no Nordeste, término de rodovias com a Engenharia do Exército em tempo recorde e sem propinas, recordes no agronegócio constituindo o Brasil com o celeiro do mundo, etc. etc. Na Amazônia o cultivo de cacau recuperando áreas degradas no bioma publicado no fim de junho no periódico científico Journal of Geographic Information System. MAS A VELHA IMPRENSA NÃO NOTICIA. POR QUÊ?Responder
  • […] IFIX performou melhor que o CDI, Ibovespa e todos os outros índices de bolsa. Numa década perdida, ainda assim FIIs ganharam do CDI, o benchmark de investimento brasileiro”, […]Responder
  • […] IFIX.“O IFIX performou melhor que o CDI, Ibovespa e todos os outros índices de bolsa. Numa década perdida, ainda assim FIIs ganharam do CDI, o benchmark de investimento brasileiro”, disse.E já que […]Responder